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domingo, 21 de fevereiro de 2010

COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA DE CAFÉ 2009/10 NO BRASIL ATINGE 76%

ANALISE SAFRAS - COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA DE CAFÉ 2009/10 NO BRASIL ATINGE 76%





A comercialização da safra de café do Brasil 2009/10 (julho/junho) está em 76% do total. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 31 de janeiro. O ritmo dos negócios é o mesmo de igual período de 2008, quando janeiro também fechou marcando 76%. As vendas evoluíram cinco pontos percentuais na comparação com dezembro, quando 71% da safra estava negociada.

Com isso, já foram comercializadas pelos produtores brasileiros 32,47 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2009/10 de café brasileira de 42,45 milhões de sacas.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o fluxo comercial seguiu compassado, contrariando as expectativas de um avanço no ritmo dos negócios. A justificativa é o preço abaixo do esperado e a dificuldade com qualidade. A qualidade segue valorizada. Se comparado a dezembro, o fluxo de negócios seguiu praticamente estável, o que soa frustrante, haja vista que o final do ano normalmente é um período onde o produtor é mais resistente à venda, deixando latente um grande potencial de movimentação para o primeiro mês do ano, observa Barabach.

O analista indica que o preço de exercício de opção de venda ao governo segue como referência para os vendedores, especialmente para a venda de bebida dura, cujo preço alvo continua acima de R$ 300 a saca. Mas como a janela comercial está diminuindo e o mercado teima em não reagir é natural esperar um pouco mais de interesse de venda nesse restante de fevereiro e, principalmente, ao longo de março, aponta Barabach.

Também deve crescer o interesse por posições antecipadas com safra nova, especialmente via CPR, aponta o analista de café de SAFRAS. A fixação para setembro na BM&F estava na última quinta-feira acima de US$ 160 a saca, o que considerando um dólar em R$ 1,82 representaria preço de R$ 291 a saca. Valor aquém do que o produtor almeja, comenta Barabach. "Mas não dá para esquecer que se trata de um ano de safra grande, o que deve resultar em larga pressão vendedora, particularmente nos primeiros meses do novo ciclo comercial", analisa. "Por isso, é perigoso ao produtor ficar vulnerável à necessidade de venda na entrada de safra, período de maior concentração de venda. Assim, capitalizar-se antecipadamente tende a ser uma boa estratégia, não só para segurar preço co mo também para garantir caixa para o início da próxima temporada", conclui Barabach

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