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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Crise fomenta "disputa" no mercado de café entre qualidade e preço
(20/11/2009 09:24)

O que estimula mais o consumo de café? Um grão de boa qualidade ou um produto mais barato? As duas respostas estão corretas, embora caminhem em lados opostos.

A demanda por café de qualidade superior no mercado internacional tem crescido a passos largos, com índices que ultrapassam a casa dos 10%, enquanto para o café convencional a taxa é de 2% ao ano. O consumo internacional está estimado em torno de 10 milhões de sacas, comparado com uma produção global de 130 milhões de sacas.

Mas a recente crise financeira global tem levado muitas torrefadoras a reduzir o seu "blend" de arábica para baixar os preços.

O avanço da mescla de café robusta no mundo tem avançado significativamente. De acordo com Néstor Osorio, diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), a proporção de café robusta e arábica há 10 anos era de 30% e 70%. Hoje está em torno de 40% e 60%. A maior mistura de café robusta, que é largamente utilizado para a produção de cafés solúveis, tem crescido também como reflexo do aumento da produção no Vietnã, que gira em torno de 17,5 milhões de sacas e também da Indonésia, de 9,3 milhões de sacas.

A quebra da safra da Colômbia, país que é conhecido por produzir grãos de alta qualidade, colocou os preços internacionais do arábica nas alturas entre o fim do ano passado e início de 2009. Muitas torrefadoras elevaram a mescla dos grãos robusta para ganhar em preço e os resultados foram lucrativos para essas indústrias, afirmam analistas.

As informações partem do Valor Econômico.

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