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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

“GET ME OUT OF IT” – ME TIRA DESTE MERCADO

Ativos de risco caíram durante a semana, com ingredientes negativos como as novas sanções à Rússia; resultados aquém do esperado de empresas listadas nos Estados Unidos e Europa; a suspensão de negociação dos papéis do Banco Espírito Santo – após suas ações desvalorizarem 73% –; e pelo segundo calote da argentina desde 2001 – que ativou o pagamento de US$ 1 bilhão em seguros sobre os títulos do país (os chamados CDSs, ou credit default swap).

Os investidores nos mercados acionários também resolveram colocar algum lucro no bolso, mesmo com o crescimento do PIB americano de 4% no segundo trimestre de 2014. A leitura fina do número não sugere tanta robustez dada a grande contribuição que veio do incremento de estoques. O aumento modesto do desemprego no país para 6.2%, juntamente com uma menor criação de postos de trabalho, diminuiu a resiliência no mercado, zerando os ganhos do Dow Jones no ano. Apenas para registrar: os principais índices acionários caíram entre 1% e 4% nos últimos cinco dias, sendo que os indicadores asiáticos foram exceções.

Os três principais índices de commodities tomaram um tombo de 2%, e dentre as matérias-primas que compõe o CRB o café foi o único que subiu respeitáveis 7.37%, já que o cacau, o gás natural e a soja todos tiveram alta menor que 0.5%.

O contrato do arábica da ICE fechou o mês de julho com ganhos acumulados no ano de 12.7%, e de sexta passada para esta teve uma alta de US$ 17.46 por saca. Londres subiu menos, US$ 4.80 a saca, reflexo da proximidade da safra e dos diferenciais barateados do Vietnã.

Nova Iorque teve uma correria logo cedo no pregão de quinta-feira, respondendo ao relatório da Terra Forte que apontou uma safra 2014/2015 em 45,78 milhões de sacas, 1.62 milhões de sacas a menos do que sua última previsão. A empresa deu ainda mais credibilidade à sua análise ao não mencionar o tamanho da próxima safra, mas sim em alertar para a situação das lavouras que pode resultar em uma produção ainda menor. Na sequência um diretor da OIC deu uma entrevista dizendo que o déficit mundial deste ciclo pode chegar à 10 milhões de sacas. O resultado foi uma enxurrada de cobertura de posições vendidas, tanto em futuros, como em opções de compra (calls), sendo muitas que vencem dia 8 de agosto.

Traders que estavam vendidos nas calls dos strikes de 195, 200, 205, e 210, sofreram com a conhecida exposição ao gamma, sendo forçados a recomprar suas posições, ou os futuros, para diminuírem suas perdas, pois muitos não acreditavam que em sete sessões o mercado fosse subir tanto.

A natureza do rally foi em grande parte de liquidação de posições, e menos de novos comprados, comprovada no pequeno incremento do número de contratos em abertos. A queda forte na sexta-feira também demonstra a atitude do “get me out of it” (me tira deste mercado), pois tão logo acabaram as recompras dos shorts que levou o contrato de setembro a US$ 207.40 centavos no dia, a cotações desmoronaram e encerraram a apenas 0,75 centavos da mínima, a US$ 192.35.

O fluxo de café físico no Brasil serviu para mostrar ao mercado que os produtores não querem perder a oportunidade de vender café próximo a R$ 500.00 a saca. A desvalorização da moeda brasileira (impacto do default da Argentina) fez Nova Iorque negociar a R$ 470 centavos por libra, nível visto no começo de maio último.

Vale mencionar que o volume de contratos que trocaram de mão na bolsa foi relativamente pequeno se comparado ao dilatado intervalo de preços, mostrando leveza e continuação da volatilidade. O relatório de posicionamento dos traders (COT) apontou que os comerciais tem interesse em comprar futuro próximo de US$ 170 centavos, pouco mais de 20 centavos abaixo do fechamento. Vendedores, ainda segundo o COT, apareceram na venda acima de US$ 180 centavos, e certamente venderam ainda mais entre 190 e 200 centavos – como deve aparecer no relatório da semana seguinte.

Tecnicamente o gráfico sugere uma rejeição da alta (jargão do candlestick que se chama: “shooting star”) e pode trazer mais vendas na segunda-feira, para testar o suporte à 185.50 centavos – média-móvel de 100 dias.

Claro que o movimento trouxe ao noticiário aqueles que dizem que o mercado vai a US$ 400.00 centavos, uma possibilidade que para se tornar provável precisa de uma deterioração muito grande do quadro fundamental.

A performance das últimas duas semanas corroboram para o argumento que usei neste espaço, de que era prematuro devolver o prêmio de incerteza como o mercado vinha fazendo.

As cotações devem encontrar um piso acima de US$ 170 centavos até que se possa avaliar a florada e o estado do cafezal em Novembro e Dezembro.

Boa semana e muito bons negócios a todos.
Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

domingo, 3 de agosto de 2014

Café recua após máxima de 3 meses em NY

sexta-feira, 1 de agosto de 2014 18:29 BRT
 
[-Texto [+]
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica saíram das máximas de 3 meses na bolsa de Nova York (ICE), registradas mais cedo, e fecharam com queda nesta sexta-feira, com vendas de produtores e realização lucro no final da sessão.
O contrato referência base setembro do café arábica subiu até a máxima de 2,074 dólares por libra-peso, antes de devolver os ganhos, em meio a menos coberturas de vendidos e a desaceleração de novas compras.
Os produtores também aproveitaram para vender quando os preços atingiram os maiores patamares desde o final de abril. A alta inicial foi puxada por expectativas de que os estragos à safra do Brasil, maior produtor global, podem ser maiores que o inicialmente previsto.
O contrato setembro fechou com queda de 1,4 por cento, a 1,9235 dólar por libra-peso, depois de oscilar em amplo intervalo de quase 16 centavos em pesadas negociações.
Mesmo com as perdas de sexta-feira, o vencimento teve o terceiro ganho semanal seguido, encerrando com alta de 7,4 por cento.
O contrato setembro do café robusta da bolsa de Londres (Liffe) recuou 0,3 por cento, a 2.097 dólares por tonelada.
O açúcar bruto afundo para mínimas de 5 meses e meio, de 16,20 centavos, pressionados por ampla oferta no curto prazo em meio ao pico da colheita no Brasil.
O vencimento para outubro do açúcar bruto da ICE fechou com queda de 0,7 por cento, a 16,35 centavos por libra-peso.
O açúcar branco da Liffe, para entrega em outubro, caiu 2 dólares e fechou a 435,70 dólares a tonelada.
(Por Chris Prentice e David Brough)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ROBUSTA: LONDRES ATINGE MELHORES NIVEIS DESDE MAIO
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres
(Liffe) para o café robusta opera com boas altas nesta sexta-feira. O mercado
atingiu os melhores níveis desde 16 de maio, ajudado pelo bom desempenho do
arábica em Nova York.
    A preocupação com a safra brasileira segue dando suporte aos preços.
Além de novas estimativas indicarem que a atual safra do Brasil será inferior,
há preocupações com a próxima temporada, já que o clima pode comprometer a
nova florada.
    Os contratos com entrega em setembro/2014 operam a US$ 2.126,00 por
tonelada, elevação de US$ 22,00 em relação ao fechamento anterior (+1.04%).
A posição novembro/2014 é negociada a US$ 2.115,00 por tonelada, alta de US$
26 ante o fechamento anterior (+1,24%).



CAFÉ: GANHOS EM NY JÁ CHEGAM A 4% E SETEMBRO ROMPE 200 CTS/LB
O café arábica registra cotações em forte alta neste
momento na sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE). Os
contratos com vencimento em setembro/2014 operam a 203,40 centavos de dólar por
libra-peso, ganho de 8,35 centavos em relação ao fechamento anterior.
Dezembro/2014 opera a 206,75 centavos de dólar por libra-peso, valorização de
8,00 centavos ante o fechamento anterior.
    As preocupações com a atual safra do Brasil e com os prejuízos à
floração da próxima continuam dando sustentação ao mercado. Uma série de
estimativas está sendo divulgada e todas indicam oferta brasileira abaixo do
esperado inicialmente.

Coffee to see 'protracted' bull run, record prices

The arabica coffee market is on course for a "protracted bull market" that could drive futures to record highs, Citigroup said, at the close of a day when further talk of Brazilian crop damage sent futures soaring 7%.

Citigroup cut to 41.75m bags, from 44.25m bags, its forecast for this year's coffee output in Brazil, the top producing country, citing drought which, according to its sources, has caused crop losses of typically some 20-30%.

"Some smaller producers are seeing only 10% losses, but other are seeing 35-40%," Citigroup futures specialist Sterling Smith told Agrimoney.com.

The figure compares with the 57.3m-tonne crop Brazil had been set for, before drought set in late in 2013, a period typically marked by rains in the country's central coffee and sugar belt.

Next year to prove worse still

And the hangover from drought looks set to leave Brazil with a smaller harvest next year.

Besides being an "off" year in Brazil's cycle of higher and lower production years, 2015's output potential is being hampered by the lack of vegetative growth needed to bear coffee flowers, and cherries, for the crop.

Furthermore, "we are now seeing premature flowering on a large area," he said.

"Flowering at this time of year is not going to work," with dry weather ahead causing flowers to drop and "taking reproductive energy away.

"Next year's crop should inherently be smaller than the current crop. A sub 40m-bag crop for the 2015-16 year seems unavoidable at this point."

'Record prices'

The impact on prices will be to "a protracted bull market that can readily test the 300 cents-a-pound level eventually and quite possibly the 400 cents-a-pound level over the next 24 months".

New York arabica coffee futures last stood above 300 cents a pound in May 2011, but have never come close to 400 cents a pound.

"It is hard to make up production." Coffee, as a crop grown on trees requiring many years to mature, "is not like corn or soybeans".

"If we see a sub-standard Brazilian crop next year, I think it is unavoidable" that prices will head significantly higher.

Futures soar

The comments came at the close of a day when New York arabica coffee futures for September closed up 6.8% at 195.05 cents a pound, a two-month closing high for a spot contract.

The contract also closed above its 75-day, and 100-day, moving averages for the first time in two months.

The gains followed the downgrade by coffee exporter Terra Forte last night of its estimate for Brazil's coffee production by 1.6m bags to 45.8m bags.

"Terra Forest is pretty well respected in Brazil," Price Futures analyst Jack Scoville told Agrimoney.com.

However, he added that "what really triggered the whole start of the latest price rise" was the INTL FCStone report last week which, at a time of mixed reports on Brazil's output, tilted the market squarely towards the idea of a disappointing crop.

Speculators vs trade

The higher prices were attracting some "pretty good selling by Brazilian producers", Mr Scoville said.

However, Central American producers appeared less keen to price their crop, while roasters were buying.

"It is not just speculators driving the market up," he said.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

GANHOS EM NY JÁ SUPERAM 3% POR PREOCUPAÇÃO COM OFERTA DO BRASIL
O café arábica registra cotações em alta neste momento na
sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE). Os contratos
com vencimento em setembro/2014 operam a 189,15 centavos de dólar por
libra-peso, ganho de 6,85 centavos em relação ao fechamento anterior.
Dezembro/2014 opera a 193,00 centavos de dólar por libra-peso, valorização de
6,65 centavos ante o fechamento anterior.
    O mercado acentuou nesta manhã o movimento de recuperação técnica
deflagrado ontem. As preocupações com a safra brasileira também estão
contribuindo para os bons ganhos registrados neste momento.
    Tanto a safra de café brasileira 2014 quanto a de 2015 deverão ser pelo
menos 20% menores do que o estimado inicialmente, depois que uma severa estiagem
e altas temperaturas atingiram o cinturão cafeeiro do Brasil nos primeiros
meses deste ano. A avaliação é do presidente do Conselho Nacional do Café
(CNC), Silas Brasil, em entrevista ao Wall Street Journal, informou a Dow Jones.
    O CNC prevê uma safra brasileira de 2014 entre 40 e 43 milhões de sacas,
mas Silas Brasileiro acredita numa produção bem mais próxima das 40 milhões
de sacas.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Os estoques de passagem para o café brasileiro na safra 2013 estão em 2.876.198 sacas de 60 quilos, segundo apurou o produtor e consultor de café Marco Antonio Jacob. Para chegar a esse resultado, ele recorreu ao relatório divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que apontou um número de 15.217.572 sacas referentes ao produto remanescente do ano cafeeiro (jul/2013 a jun/2014), datados de 31 de março de 2014 e subtraiu o volume utilizado para consumo interno relatado pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) e de exportação anotados pela Cecafé (Conselho dos Exportadores de café do Brasil) dos meses de abril, maio e junho. 
Acompanhe o cálculo na tabela:
O resultado desse material é muito menor em relação ao estimado por empresas exportadoras e alguns órgãos ligados ao setor, que variavam entre 6 a 12 milhões de sacas. A exportadora Comexim, por exemplo, divulgou em abril material prevendo que o estoque giraria em torno de 11,5 milhões de sacas.
Em contraponto às previsões otimistas do mercado, o analista do Escritório Carvalhaes em Santos-SP , Eduardo Carvalhaes, já havia publicado em seu relatório do dia 11 de julhoque: “Nosso estoque de passagem (estoques remanescentes no final de junho último) deveria ser o menor das últimas décadas”.

Exportações para 2015 podem ser menores em 9 milhões 
O estudo de Jacob revela ainda outra matemática importante. Se o volume estimado para a safra 2014 for confirmada em 44,6 milhões, de acordo com a previsão da Conab, subtraindo o volume interno para o ano, que gira em torno de 20 milhões de sacas, teremos 24,6 milhões de sacas restantes. Concluindo, o volume para exportação seria de 24,6 milhões de sacas, mais os estoques de 2,87 milhões de sacas, para um total de 27,47 milhões de sacas. 
“Esse volume de 27,47 milhões de sacas já é bem menor do que exportamos esse ano (quase 34 milhões de sacas). Além disso, os estoques nunca são zerados e o produtor também pode não vender, caso não seja de interesse. No meu ponto de vista, no ano que vem teremos algo em torno de 25 milhões de sacas apenas para exportação”, concluiu Marco Antonio Jacob.


CHUVAS NO BRASIL AGITAM O MERCADO

A reunião entre líderes europeus não teve consenso para a implementação de novas sanções à Rússia, e contribuiu para uma recuperação dos mercados acionários.

Um indicador de produção de manufaturados da China voltou ao maior patamar em 18 meses e animou os investidores que puxaram o MSCI Asian Pacific index para níveis que não víamos desde junho de 2008.

Os três principais índices de ações americanas tiveram comportamentos mistos com a queda de 9.7% do papel da Amazon, e altas da Apple e Facebook – reflexos dos resultados apresentados do 2º trimestre do ano.

Entre as commodities o café em Nova Iorque foi o grande ganhador da semana, subindo 4.37% (ou US$ 8.93 por saca), seguido pelo mercado de gado (+4.02%), soja grão (+3.10%) e cacau (+2.11%).

A continuação da alta do café se deu em função das chuvas que caem neste momento no “cinturão brasileiro”, e que deixam os agentes preocupados com uma abertura prematura da florada.

O assunto tem opinião para todos os gostos – como não poderia ser diferente – com alguns dizendo que apenas a chuva não estimulará uma florada dado o clima frio e a árvore não estar preparada para florar. Por outro lado outros dão como certo o abotoamento dos cafezais.

A verdade é que o mercado vinha (aí sim prematuramente) devolvendo o prêmio de incertezas sobre o potencial de produção de 2015/2016, pressionado por um apetite reduzido de compras de torradores que estão de férias (mas que mesmo assim aproveitaram para comprar o terminal nas baixas recentes), e que acabou se assustando com novidades inesperadas.

A certeza é que caso haja de fato uma florada, e caso eventualmente o período das águas se antecipe, teremos uma nova lição para aprender, pois imagine que o ciclo pode ficar tão maluco que acabe, por exemplo, trazendo o início da colheita do arábica para março / abril de 2015 – já pensou?!

A participação de vendas de origens no terminal, tímida pelo tamanho do movimento, contribui para uma maior sequência de ganhos, anulando o efeito negativo do encarecimento dos preços em euros, com a desvalorização da moeda comum negociando nas mínimas de 8 meses atrás. Ao mesmo tempo os produtores brasileiros voltam a receber pelo seu café preços praticados no começo de junho, ou R$ 4.07 centavos por libra peso, pior, é claro, do que os quase R$ 5.00 centavos por libra do meio de março último, mas melhor do que os R$ 3.55 centavos de duas semanas atrás.

Outras novidades altistas – a semana foi cheio delas – foi a divulgação de estoques baixos brasileiros pela CONAB, que apontou um inventário de 15,217,572 sacas em 31 de março, e da expectativa de menor produção pelo CNC, que disse haver a possibilidade da próxima safra ser 10% menor do que a atual.

Sobre os estoques, o volume gera uma polêmica danada, pois diz-se que os armazéns estavam abarrotados de café depois do rally de fevereiro e março. Sem contar que contabilizando as exportações e o consumo interno, o resultado seria um carry-over de menos de 3 milhões de sacas – metade do que os 6 milhões da mínima do intervalo entre 6 e 14 milhões que o mercado trabalha.

Já o número do CNC não custa lembrar que o conselho trabalha com uma safra atual entre 40.1 e 43.3 milhões de sacas, o número mais baixo entre o intervalo de previsões que vai de 40.1 à 56.5 milhões de sacas – motivo que mencionei o percentual de uma potencial redução, e não os “menos de 40 milhões de sacas” divulgado.

No físico os diferenciais abriram (como de costume) chegando mais próximo de níveis que despertam os interesses dos compradores que estão revezando as férias nos escritórios da Europa e dos Estados Unidos.

Tecnicamente o contrato “C” fechou abaixo de uma resistência importante, não conseguindo romper os 184,90, aonde atrairia mais compras de fundos, participantes que precisam permanecer na compra para que o mercado não volte a cair.

O desdobramento dos efeitos das chuvas e novas previsões climáticas serão o combustível que a alta precisa para ganhar mais folego, entretanto caso não haja uma floração que tanto se falou, haverá sim uma liquidação por parte daqueles que compraram esta notícia.

Boa semana e muito bons negócios a todos.

Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

sábado, 26 de julho de 2014

Café tem dia calmo e consolida cenário positivo na ICE Futures US
25/07/2014

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerram esta sexta-feira com altas modestas, em uma sessão em relativamente calma, consolidativa do cenário construído ao longo da semana. Durante a primeira parte do pregão, os preços se mostraram consistentes e o primeiro contrato chegou a tocar no maior patamar desde 24 de junho passado. Entretanto, algumas realizações passaram a ser executadas e os ganhos foram desacelerando gradativamente. Ainda assim, as cotações gravitaram com tranquilidade nas proximidades do nível de 180,00 centavos de dólar por libra peso. A semana foi caracterizada pela retomada das ações de compras protetivas e fechou aferindo uma alta da ordem de 3,91%. O mercado se mostrou sustentado diante de novas avaliações sobre a safra brasileira do grão. Relatórios de tradings que circularam pelas mãos dos participantes ao longo desta semana mostraram que a produção do país deverá realmente ter uma quebra neste ano, além de registrar problemas na qualidade. Por sua vez, aumentam as avaliações de que a próxima temporada do país também tenha um comprometimento significativo, por conta do estresse gerado pelas altas temperaturas e pelas secas registradas recentemente nas zonas produtoras do país. O Brasil, nesta semana, voltou a ter chuvas no centro-sul, com as temperaturas caindo. Essas mudanças, no entanto, não afetam as plantas e podem prejudicar, em pequena escala, o desenvolvimento da colheita que, no entanto, está bem adiantada.


No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição setembro teve alta de 85 pontos, com 179,15 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 181,20 centavos e a mínima de 176,60 centavos, com o dezembro registrando oscilação positiva de 85 pontos, com 182,80 centavos por libra, com a máxima em 184,80 centavos e a mínima em 180,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o setembro teve queda de 16 dólares, indo para 2.016 dólares por tonelada, com o novembro registrando desvalorização de 15 dólares, com 2.013 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi de ligeira ampliação dos ganhos na casa de comercialização norte-americana. A abertura do dia se deu no lado negativo e o setembro chegou a tocar os 176,60 centavos. Os vendedores, contudo, perderam rapidamente o fôlego, abrindo espaço para novas aquisições. O setembro chegou a bater nos 181,20 centavos, mas nesse patamar foram observadas realizações, o que permitiu uma significativa desaceleração dos ganhos. No segmento externo, o dia foi de baixas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, ao passo que o dólar conseguiu registrar uma ligeira alta ante uma cesta de moedas internacionais. Já nas commodities softs, ganhos para café e açúcar e queda para algodão e suco de laranja.

"O mercado se mostra sustentado e continuamos atentos às várias projeções sobre a safra brasileira. Nesta semana, uma agência de notícias fez um levantamento com vários players e a maior parte deles concordou que a tendência de preços para o café, principalmente o arábica, é de alta, diante, principalmente, do déficit de oferta, o que levará efetivamente a diminuir os estoques globais. Enfim, o cenário mudou bruscamente daquele que vínhamos trabalhando até o final do ano passado. Essa inversão se verificou nos primeiros dias de 2014 e, entre muita volatilidade, permanecemos com esse novo viés", disse um trader.

O Vietnã deve exportar em julho 85 mil toneladas de café, o que representa cerca de 1,42 milhão de sacas, queda de 6,3% em relação a julho do ano passado, informou o governo do país asiático em comunicado à imprensa. As remessas do grão referentes ao mês de junho foram revistas para baixo, para 108,1 mil toneladas, ante as 110 mil toneladas estimadas anteriormente. O volume estimado de remessas deste mês eleva os embarques da safra — de outubro de 2013 a julho de 2014 — para 1,4 milhão de toneladas, queda de 0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As exportações brasileiras no mês de julho, até o dia 24, totalizaram 1.766.636 sacas de café, queda de 1,85% em relação às 1.799.918 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 539 sacas, indo para 2.476.175 sacas.

Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 181,20, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 186,00, e 186,50 centavos de dólar, com o suporte em 176,60-176,50, 176,00, 175,70, 175,50, 175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50 e 170,10-170,00 centavos.




Londres tem dia vendedor, mas se mantém acima dos 2.000 dólares
25/07/2014

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe não tiveram o mesmo fôlego dos arábicas em Nova Iorque. Depois de uma recuperação interessante na quinta-feira, nesta sexta o quadro foi diverso, com algumas realizações e vendas especulativas. Ao longo do dia, o suporte de 2.000 dólares chegou a ser buscado, mas a mínima ficou em 2.001 dólares, o que permitiu algumas recompras, ainda que o fechamento tenha se dado no lado negativo da escala.


De acordo com analistas internacionais, a sessão foi tranquila, com um volume negociado relativamente baixo. As ações se basearam em aspectos técnicos, sem, contudo, ser verificada uma atividade mais eloquente no que se refere às arbitragens.

"O mercado para os robustas se mostra relativamente menos incisivo que aquele verificado no segmento arábica. Há a percepção de que os estoques são mais contemplativos para esse tipo de café, além de termos a expectativa de uma safra das mais profícuas para o Vietnã nesta nova temporada", disse um trader, que identificou um suporte em 2.000, 1.970 e 1.960 dólares para o setembro, com a resistência em 2.030, 2.040 e 2.060 dólares.

O setembro teve uma movimentação ao longo do dia de 4,08 mil contratos, contra 2,59 mil do novembro. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o setembro teve queda de 16 dólares, indo para 2.016 dólares por tonelada, com o novembro registrando desvalorização de 15 dólares, com 2.013 dólares por tonelada.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

ICE Coffee Bulls Regain Control Of Trend -- Technical Analysis
Kira Brecht

  ICE September coffee futures are posting a second day of gains on Thursday, following Wednesday's
strong thrust higher. The market has shrugged off the July 10-17 dip below a major multi-month
support floor, which marks that sell-off as a "bear trap." The bulls have regained control of the
near term trend and the coffee market has bounced back above the old multi-month support floor.
ICE September coffee recently traded up 175 points at $1.7835 a pound.
  Looking back at market action since early March, ICE September coffee had traded in a large
multi-month sideways range bordered by strong support on the downside in the $1.6965-$1.6655 region.
On July 10, ICE coffee spiked lower breaking that support floor. The market traded as low as $1.5925
on July 15, but failed to attract follow-through selling.
  The bulls regained control with a sharp rally move on July 18 and propelled the coffee contract
back above the $1.6965-$1.6655 zone. The lack of follow-through selling and subsequent recovery
higher labels the brief dip under $1.6655 a "bear trap" and suggests that coffee is now back within
the larger multi-month neutral range.
  In the near term, the bulls have the edge. ICE September coffee is trading above its 20-day moving
average, which is a positive chart signal. A near-term target and resistance for the bulls lies at
the June 27 peak at $1.8490. That zone could represent a stiff ceiling for the bulls and minor
consolidation or even light profit-taking could emerge as coffee approaches that high.
  However, a strong and sustained rally move through $1.8490 would be a bullish signal if that were
to unfold, with the next major bullish target at $1.9975, the May 15 peak.
  Conversely, if $1.8490 holds firm, look for near-term consolidative trade to emerge between that
ceiling as resistance and the $1.6655 zone as support.