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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PETRÓLEO: Excesso de oferta volta a pressionar e cotações aprofundam perdas
 Os contratos futuros do petróleo
aceleraram as perdas observadas ontem, com o WTI abaixo de US$ 48 o barril e o
Brent em US$ 51, diante da persistente preocupação em torno do excesso de
oferta da commodity no mercado internacional.
   Depois que Rússia e Iraque anunciaram aumento no fornecimento em dezembro,
agora é a produção norte-americana que chama atenção dos investidores. O
Departamento de Energia divulga amanhã os estoques de petróleo da semana
encerrada em 2 de janeiro.

   "A qualquer momento esperamos mais sinais de que a queda dos preços do
petróleo vai começar a impactar a produção dos Estados Unidos, que foi a
maior razão para que a Arábia Saudita declarasse guerra contra os
norte-americanos", disse o analista-sênior de mercado do The Price Futures
Group, Phil Flynn.
   De acordo com especialistas consultados, a decisão tomada
em novembro do ano passado pela Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep) de manter a produção diária inalterada em 30 milhões de
barris está relacionada com os Estados Unidos, cujo avanço de produção de
petróleo não-convencional tomou participação de mercado do cartel.

   "Se existe alguma dúvida de que os sauditas estão tentando atingir os
Estados Unidos, basta ver que, na segunda-feira, eles reduziram o preço cobrado
pelo petróleo para os norte-americanos, mas elevaram para a Ásia", afirmou.
   Segundo Flynn, a queda dos preços do petróleo afeta significativamente a
economia mundial e as empresas de energia já sentem o impacto direto dessa
desvalorização.

   "Estamos vendo as ações das empresas perderem valor e muitas delas serem
rebaixadas. Demissões e falta de investimentos estão se transformando em dor
econômica", acrescentou.
   O contrato futuro do WTI, negociado na plataforma Nymex e com vencimento em
fevereiro de 2015, caiu 4,22%, para US$ 47,93 o barril, enquanto o contrato do
petróleo Brent, negociado na plataforma ICE e com vencimento no mesmo mês,
teve queda de 3,78%, a US$ 51,10 o barril.

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