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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Café tem retração na ICE, mas mantém se próximo à referencial

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com quedas. As perdas chegaram a ser relativamente pronunciadas ao longo do dia, entretanto, no encerramento do pregão as quedas foram apenas relativas, com o março continuando a flutuar próximo do nível de 140,00 centavos. O dia foi caracterizado por uma volatilidade mais efetiva, com o primeiro contrato tendo uma oscilação de 640 pontos. Os players continuam bastante focados na questão climática do Brasil. A possibilidade de o quadro de calor excessivo e seca no país ser cessado a partir da sexta-feira levou alguns participantes, que entraram comprando mais fortemente nos últimos dias, a realizar algumas vendas. Segundo algumas empresas de meteorologia, uma massa vinda do sul do continente deve atingir o cinturão cafeeiro nesta sexta, o que deverá garantir algumas chuvas e tornar as temperaturas ligeiramente mais amenas. Entretanto, muitos operadores já dão como certa uma quebra mais efetiva na safra brasileira e também um comprometimento da qualidade do grão. Agora, a tendência é o mercado iniciar uma nova etapa, na qual será feita uma avaliação desses possíveis prejuízos para a safra também se verificar se os preços têm consistência para "segurar" alguns parâmetros conquistados recentemente.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve baixa de 135 pontos, com 139,70 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 142,75 centavos e a mínima de 136,35 centavos, com o maio registrando queda de 120 pontos, com 141,95 centavos por libra, com a máxima em 144,75 centavos e a mínima em 138,40 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 2 dólares, com 1.824 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 4 dólares, para o nível de 1.822 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia iniciou com consistência em Nova Iorque, com o março chegando a tocar no nível de 142,75centavos. Entretanto, as liquidações foram iniciadas logo na sequência, abrindo espaço para retrações mais fortes. Na segunda metade do dia, porém, algumas recompras foram identificadas e o fechamento se deu ainda com quedas, porém mais leves, com o março continuando próximo do referencial psicológico de140,00 cents. No segmento externo, dia de boas altas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, queda do dólar ante uma cesta de moedas internacionais e poucas oscilações para as commodities softs.

"Com a possível interrupção do quadro de calor e seca no Brasil, os players agora se voltam para mais um ajuste das planilhas. No entanto, ninguém realmente sabe o que ocorreu com as lavouras do país. Ninguém tem um dimensionamento dos prejuízos. Desse modo, as contas desses participantes são ainda pouco efetivas e novos cálculos deverão ser realizados nas próximas semanas. Diante disso, o mercado parece temeroso em liquidar mais fortemente e a tendência é que alguns parâmetros sejam preservados", disse um trader.

Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta para uma safra brasileira 2014 de 2.968.989 toneladas, ou 49,5 milhões de sacas, acréscimo de 1,7% em relação à safra colhida de 2013.Mas segundo o Instituto, tudo indica que a safra 2014 será diferente dos últimos 21 anos, se confirmadas as atuais estimativas negativas para o café arábica. Em 2014, o Brasil deverá produzir 2.228.408 toneladas de café arábica, o que equivale a 37,1 milhões de sacas. Em 2013, que foi um ano de baixa produção, o país produziu 2.270.916 toneladas (37,8 milhões de sacas). Ou seja, o perfil de bienalidade mudou e em ano de safra cheia serão 800 mil sacas a menos ou 1,9 % abaixo da safra anterior.

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia12, totalizaram 657.941 sacas de café, alta de 13,99% em relação às 577.178s acas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 5.045 sacas, indo para 2.629.025 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência142,75, 143,00, 143,50, 144,00, 144,15, 144,50-144,55, 145,00, 145,50, 145,80,146,00, 146,50, 147,00, 147,50, 148,00, 148,50 e 149,00 centavos de dólar, como suporte em 136,35, 136,00, 135,50, 135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00,132,90, 132,50, 132,05-132,00, 131,60-131,50, 131,00, 130,50, 130,10-130,00,129,50 e 129,00 centavos.




Londres mantém tranquilidade e fecha dia com pouca oscilação

Data: 13/02/2014
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira próximos da estabilidade, em uma sessão caracterizada pela predomínio das rolagens de posições. O março flutuou, ao longo de todo o dia, dentro de um range estreito, acima dos 1.800 dólares, mas sem conseguir testar a marca de 1.850 dólares.

De acordo com analistas internacionais, a sessão desta quinta-feira foi técnica, sem maiores novidades, seguindo o comportamento já expresso ao longo da terça e quarta-feira. As rolagens continuam a ser desenvolvidas, principalmente no intervalo de março para maio, com a segunda posição já contando com 39,6 mil contratos em aberto na casa de comercialização britânica.

"O que vemos é um movimento consolidativo. Os vendedores parecem não estar muito animados para negociar abaixo de 1.850 dólares, ao passo que encontramos um movimento que impede um avanço mais efetivo. De toda forma, o mercado se mostra consistente, principalmente se levarmos em conta que as origens asiáticas já voltaram aos negócios e, mesmo tendo vendido menos antes do ano novo lunar, no caso do Vietnã, essas liquidações não foram retomadas agora, com a clara expectativa de que o mercado pode ganhar ainda mais corpo", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 3,63 mil contratos, contra 7,72 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 2 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 2 dólares, com1.824 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 4 dólares, para o nível de 1.822 dólares por tonelada.

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