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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Café tem mais uma vez um início de semana estável na ICE
   
  A semana começou extremamente morna para o café na ICE Futures US. Em uma sessão das mais tranquilas, os preços se mantiveram presos dentro de um range estreito de apenas 145 pontos e não demonstraram um direcionamento para cima ou para baixo. Desde a abertura dos terminais, o que se verificou foram ações apenas pontuais de compra e venda, com alguns ganhos mínimos sendo aferidos. No entanto, nenhuma resistência efetiva conseguiu ser testada e, diante disso, também não se observou o acionamento de stops de compra.

O mercado letárgico vem sendo uma constante nas últimas semanas em Nova Iorque. A bolsa norte-americana parece já ter precificado mais que suficientemente vários aspectos fundamentais do segmento café e, diante da falta de outras novidades, as cotações vão sendo movimentadas apenas por "espasmos técnicos", com o dezembro não conseguindo testar resistências básicas, como o nível de 119,20 centavos, ao passo que, por outro lado, tem alguma força para se manter acima das mínimas de quase 50 meses, registradas recentemente na casa de comercialização. O viés do mercado, no entanto, é claro, se mantendo baixista no curto, médio e longo prazos, apesar do cenário notadamente sobrevendido atual.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve alta de 30 pontos, com 117,00 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 117,50 centavos e a mínima de 116,15 centavos, com o março registrando valorização de 25 pontos, com 120,10 centavos por libra, com a máxima em 120,55 centavos e a mínima em 119,30 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve alta de 1 dólar, com 1.734 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 5 dólares, para o nível de 1.721 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por um volume modesto de negócios e pela preservação dos intervalos operados na sexta-feira. O mercado externo atua baseado no temor com as consequências da paralisação parcial da economia dos Estados Unidos, que se arrasta há vários dias e que pode redundar até mesmo num calote do país, o que poderia abrir espaço para uma pressão muito maior sobre vários segmentos. Depois de uma manhã de pressão para vários setores, uma inversão foi observada na tarde e as bolsas de valores conseguiram fechar com ganhos, o que contribuiu também para a valorização de vários segmentos de commodities, incluindo petróleo, café, açúcar, milho e soja.

"Tivemos uma sessão técnica e de poucas emoções. O cenário está precificada e não vemos players com 'apetites' mais significativos, o que faz com que passemos a assistir a esse filme sem roteiro atual. Com tão pouca efetividade, os preços se mantém presos num intervalo fraco, sem, contudo, termos um direcionamento concreto de que algo pudesse mudar. A tendência é de continuarmos nesse cenário de poucas oscilações", disse um trader.

O Conselho do Café da Índia divulgou que consumo do grão no país deve ficar em torno de 125 mil toneladas em 2013, crescimento a uma taxa de 5% a 6%. Atualmente o consumo interno representa 36% da produção desse país. Esse número é quase o dobro do estimado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que recentemente apresentou um relatório no qual avalia o consumo indiano em 66 mil toneladas, enquanto a Organização Internacional do Café estima a demanda local em 100 mil toneladas. Segundo o presidente do Conselho, Jawaid Akhtar, a entidade encomendou um estudo para avaliar o consumo exato de café na Índia e os resultados do estudo estarão disponíveis até o final de dezembro deste ano.

"A bolsa londrina vai ter dias interessantes na semana que se inicia, dado o elevado número de calls (opções de compras) em aberto ao redor de 1.750 dólares, que é um dos motivos pelo qual o terminal não tem caído. Depois de um eventual foguetório, tudo indica que o destino será os 1.500 dólares por tonelada. A paralisação parcial do governo americano deixa inseguros os fundos que operam com informações como o COT (commitments of traders), e no caso do café como estes participantes estão vendidos, alguns têm diminuído suas exposições. Mais uma vez parece prudente aos que precisam vender café aproveitarem estes movimentos de cobertura de vendas dos especuladores. Principalmente em se tratando de mais um ano de superávit da produção, com os prognósticos de safras boas para o próximo ciclo, e estoques mundiais que 'teimam' em não cair", sustentou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

As exportações brasileiras no mês de outubro, até o dia 10, totalizaram 609.155 sacas de café, alta de 55,25% em relação às 392.348 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.250 sacas, indo para 2.757.690 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 8.465 lotes, com as opções tendo 1.407 calls e 1.115 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 117,50, 117,95-118,00, 118,50, 119,00, 119,20, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 120,75, 121,00-121,05, 121,10, 121,50, 122,00, 122,50, 122,20 e 122,50 centavos de dólar, com o suporte em 116,15, 116,00, 115,50, 115,10-115,00, 114,50, 114,25, 114,15, 114,00, 113,85, 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50, 111,00, 110,50, 110,10-110,00 e 109,50 centavos.




Londres tem pouca oscilação e mantém range para preço do café
   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com altas mínimas, em uma sessão marcada por um volume apenas razoável de negócios e pela manutenção dos preços dentro de um intervalo acima dos 1.700 dólares e abaixo dos 1.750 dólares. As rolagens de posição continuam efetivas e os dois primeiros contratos já contam com um volume parelho de posições em aberto.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras e vendas bastante conservadoras, o que não permitiu que baixas mais efetivas ou ganhos mais consistentes pudessem ser presenciados. As ações novamente tiveram um viés técnico, com o campo fundamental continuando a apresentar poucas novidades.

"O mercado ainda continua a especular muito sobre a safra do Vietnã, mas isso não reflete diretamente nos terminais. O dia foi marcado por ações bastante controladas de ambos os lados e, ao final, o que se verificou foi uma composição de preços dentro do range e com a manutenção do quadro estabelecido ao final da semana passada", disse um trader.

O novembro teve uma movimentação ao longo do dia de 5,74 mil contratos, contra 2,96 mil do janeiro. O spread entre as posições novembro e janeiro ficou em 13 dólares. No encerramento do dia, o novembro teve alta de 1 dólar, com 1.734 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 5 dólares, para o nível de 1.721 dólares por tonelada.

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