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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SEMANA: CAFÉ TEM PIOR PREÇO DESDE JULHO DE 2009 EM NY
Nem o começo dos leilões de contratos de opção de venda
do café do governo brasileiro - na sexta-feira passada (13/09), com nova
operação nesta sexta-feira agora (20/09) - evitou que os preços continuassem
caindo no mercado internacional. A semana voltou a ser de perdas, com as
cotações recuando aos patamares mais baixos desde julho de 2009 na Bolsa de
Mercadorias de Nova York (ICE Futures), que baliza a comercialização
internacional do arábica.
    O sentimento é de tranquilidade para os compradores globais, e isso impede
uma reação nos preços. O Brasil finaliza a colheita de uma boa safra,
recorde para um ciclo baixo produtivo na bienalidade cafeeira, o clima é
favorável para as floradas que vão levar à safra 2014, e agora no final do
ano ainda entram as safras da Colômbia e da América Central de arábicas de
alta qualidade. É um prato cheio para a demanda, com as grandes torrefações
pelo mundo mantendo compras da mão-para-boca, com estoques curtos, sabendo que
existe boa oferta com as origens. O Vietnã começa a colheita do robusta
também agora em outubro, o que completa o cenário de tranquilidade para os
consumidores.
    Na Bolsa de Nova York, o contrato dezembro do arábica fechou esta
quinta-feira a 115,80 centavos de dólar por libra-peso. Depois de testar a
linha de US$ 1,20 e rompê-la, o mercado busca um novo fundo, e tem as
cotações mais baixas dos últimos quatro anos. Em relação ao fechamento da
semana passada, NY já acumula queda de 3,5% (até a quinta-feira 19/09), e
recua também nesta sexta-feira (20/09), aprofundando o buraco da semana. Na
Bolsa de Londres, perdas de 3,4% na semana até a quinta-feira, no contrato
novembro.
    O dólar também vem jogando contra, mantendo trajetória de recuo depois
das recentes altas. E isso completa o cenário negativo para a formação de
preços do café no Brasil. No comercial, a moeda americana acumula queda de
3,5% na semana até a quinta-feira (19).
    Desta forma, o mercado físico brasileiro, em que pese a determinação dos
produtores em evitar a venda, segue com quedas nas cotações. No sul de Minas
Gerais, na semana o café arábica bebida boa acumula baixa de 5,3%, recuando de
R$ 285,00 para R$ 270,00 a saca. Já o conillon tipo 7 em Vitória/Espírito
Santo caiu de R$ 235,00 para R$ 229,00, baixa de 2,5%.

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