Páginas

sábado, 14 de setembro de 2013

GRANDES PRODUTORES DE ARÁBICA DIZEM QUE FERRUGEM ESTÁ SOB CONTROLE
A ferrugem, doença fúngica que recentemente eliminou até
30% de algumas lavouras de café de países andinos e da América Central, deve
prejudicar menos a produção do arábica suave nesta temporada, disseram
autoridades e especialistas durante uma conferência, na semana internacional do
café da Organização Internacional do Café (OIC), que ocorreu em Belo
Horizonte de 09 a 12 de setembro. A notícia parte da Reuters Brasil.
    Colômbia e México, dois grandes produtores da região, não devem sofrer
perdas significativas para a doença, capaz de destruir lavouras inteiras se
não for devidamente controlada por pulverização, fazendo com que os frutos
verdes caiam das árvores.
    "A nossa produção deve ficar parecida com a do ano passado, cerca de 10
milhões de sacas, sem muitas perdas por conta da ferrugem", disse Juan Esteban
Orduz, presidentes da Federação Colombiana de Café, durante uma conferência
no Brasil.
    Ele disse que a produção de arábica lavado da Colômbia, importante
fornecedor para norte-americanos, deve crescer de forma constante ao longo dos
próximos anos, à medida que novas variedades de plantas resistentes à
ferrugem atingem idade produtiva.
    O produtor andino tem lutado para voltar às suas safras anuais típicas de
10 milhões ou 11 milhões de sacas, com um agressivo programa de
substituição de árvore com variedades mais resistentes à ferrugem.
    "A assistência técnica do governo para as nossas 563 mil fazendas de
café tem limitado o impacto da roya (ferrugem)", explicou, acrescentando que o
maior desafio para os produtores foi a queda do preço do café.
    Os preços do café de referência caíram 30% em relação ao ano passado.
Orduz lembrou que os produtores ganharam metade do que eles fizeram com café
em 2011. Cristobal Pozos, representante mexicano na conferência da OIC em Minas
Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, também disse que ferrugem
teria pouco impacto sobre a produção do país na temporada, prevista em 6
milhões de sacas.
    Outros produtores menores, no entanto, não foram tão afortunados. A
vice-ministra da Agricultura da Costa Rica, Xinia Chaves Quiros, estima que o
potencial de 1,87 milhão de sacas será reduzido em 200 mil a 400 mil de sacas,
em função da ferrugem. O pequeno país da América Central produz algumas das
variedades mais caras do arábica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário