terça-feira, 16 de abril de 2013
Em dia negativo para commodities, café tem retração na ICE Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com quedas, em mais um pregão com várias ações de rolagens. As perdas, ao longo do dia, chegaram a ser pronunciadas, num claro direcionamento do maio em busca dos 130,00 centavos. Na segunda metade do dia, porém, algumas recompras foram observadas e as perdas desaceleraram. A primeira posição chegou, ao longo da manhã, a registrar queda de 350 pontos. As perdas do dia estiveram em linha com o mau humor dos mercados externos. As bolsas de valores nos Estados Unidos tiveram uma segunda-feira de baixas pronunciadas, ao passo que o dólar subiu em relação a uma cesta de moedas internacionais. Esse quadro pressionou consideravelmente os segmentos de maior risco, como o de commodities. O petróleo caiu mais de 3,5% ao longo do dia e o ouro despencou impressionantes 6,2%, com vários softs também registrando perdas. Tecnicamente, o mercado de café continua a demonstrar uma tendência baixista de curto, médio e longo prazo, sendo que os gráficos não demonstram alterações significativas em relação àqueles observados, por exemplo, na baixa recente, quando os futuros tocaram os menores níveis de preço em 33 meses. No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 80 pontos, com 134,45 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 131,75 centavos e a mínima de 135,35 centavos, com o julho tendo desvalorização de 105 pontos, com 136,10 centavos por libra, com a máxima em 137,15 centavos e a mínima em 133,55 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o maio teve queda de 6 dólares, com 2.024 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 11 dólares, no nível de 2.058 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi amparado em especulações acerca da safra brasileira, que poderá fazer com que o volume de grãos disponíveis nas mesas internacionais de comercialização se torno ainda mais forte. Alguns players se mostram temerosos quanto a liquidações mais efetivas por parte do Brasil. O país inicia no próximo mês a colheita de sua safra de 2013 e, mesmo sendo um ano de baixa dentro da escala da bianualidade da cultura, a expectativa é que um volume considerável de café seja obtido nas lavouras locais, refletindo as variedades mais produtivas e resistentes, os investimentos dos produtores locais em fertilização e adubação e também a forte produtividade do país. Os players avaliam que os produtores deverão aumentar suas vendas, já prevendo a chegada dos novos grãos. "Diante de um quadro de oferta mais efetiva, evidentemente que temos esses reflexos nos preços. Entretanto, outros itens importantes para o mercado, como a quebra de produção na América Central, devido à ferrugem do colmo, não ganham tanto 'destaque' para impulsionar as cotações", disse um trader. Os estoques de café verde dos Estados Unidos, no final de março tiveram queda de 114.765 sacas, indo para 4.776.918 sacas, de acordo com estatísticas emitidas pela CGA (Green Coffee Association). No final de fevereiro, os armazéns do país ostentavam um total de 4.891.683 sacas. "A volatilidade da arbitragem é o que de mais interessante tem ocorrido ultimamente, já que o 'C' está chato de se seguir, e em minha opinião com pouca atratividade de se operar. A operação robusta no Brasil, que dizem ter gerado prejuízo aos cofres públicos em mais de R$ 200 milhões de reais, e a firmeza dos diferenciais vietnamitas fazem do 'flat-price' (Liffe) a cobertura menos dolorosa (por ora) para a indústria. Já a demanda retraída ao arábica deixam poucas alternativas para as origens, que em qualquer subida de Nova Iorque (ICE) acabam batendo no mercado", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting. As exportações brasileiras no mês de abril, até o dia 11, totalizaram 504.181 sacas de café, contra 740.075 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.402 sacas, indo para 2.757.023 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 60.276 lotes, com as opções tendo 2.850 calls e 4.088 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 135,35, 135,50, 136,00, 136,50, 137,00, 137,50 137,80, 138,00, 138,50, 139,00, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 140,90-141,00, 141,35, 141,50, 141,65, 142,00, 142,50 e 143,00 com o suporte em 131,75, 131,00, 130,50, 13,10-130,00, 129,50, 129,00, 128,50, 128,00, 127,50, 127,00, 126,50 e 126,00 centavos. Londres recua, mas consegue manter importantes parâmetros Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com quedas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, marcada por algumas realizações. A posição julho chegou a flutuar abaixo do nível psicológico de 2.050 dólares, no entanto, algumas recompras ao final do dia garantiram o fechamento acima do referencial. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela continuidade das rolagens de posições, com o julho chegando a tocar a mínima de 2.046 dólares. No decorrer do dia, no entanto, as perdas foram desacelerando. Parte das retrações esteve relacionada com o comportamento de Nova Iorque que, mais uma vez, experimentou retrações consideráveis durante parte do dia. "Continuamos a sofrer com a pressão dos vendedores, ainda que em Londres essa ação seja um tanto quanto mais contida. Algumas notícias, como a safra alta do Brasil que se aproxima do mercado e a retomada das chuvas em algumas regiões do Vietnã, colaboram para que esse clima vendedor predomine. Entretanto, os robustas ainda conseguem manter importantes suportes", disse um trader. O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 3,12 mil contratos, contra 6,29 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 34 dólares. No encerramento do dia, o maio teve queda de 6 dólares, com 2.024 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 11 dólares, no nível de 2.058 dólares por tonelada. Inicia a colheita do café conilon em Rondônia Iniciou agora em abril a colheita do café conilon em Rondônia. A retirada dos grãos segue até o mês de maio, quando então deve começar a comercialização do produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tem expectativa mais otimista da safra 2013 em relação a safra 2012. Com expectativa de crescimento esperado a média está entre 1,6% e 6,8% na produção dos grãos, segundo dados repassados pela companhia. Isso corresponde a uma quantidade de café estimada entre 1.388,9 e 1.460,1 mil sacas no estado. O aumento se deve principalmente, a condição climática desfavorável em 2012 – devido ao volume de chuvas pequeno no período da floração do café. Cacoal ainda é o município com maior produção do grão no estado, no entanto a qualidade da produção ainda não é considerada tão satisfatória – tanto em qualidade quanto em quantidade – devido a necessidade de recuperação de cafezais, plantio de novas lavouras, baixa qualidade do solo e condições climáticas pouco favoráveis. Enquanto a produção média de café por hectare varia, historicamente, este ano a expectativa é de colheita de pouco mais de 11 sacas por hectare, contra 10,88 sacas na safra de 2012. Na contramão da baixa produtividade alguns cafeicultores estimam aumento da produção de até 50%. É o caso do cafeicultor Orly Gama, dono de propriedade na linha 10, espera colher 50% mais café em relação a 2012. Produtividade em alta é realidade também na propriedade de Valentim Barroso, cafeicultor da linha 12, espera colher de 80 a 100 sacas do grão, até o final da colheita. “Dessa vez surpreendeu mesmo porque eu não esperava esta produção não, e eu acredito que nós temos que melhorar mais ainda, nós somos aprendizes”, analisou. O engenheiro agrônomo Adson Ribeiro, que esteve na propriedade e avalia que apesar das dificuldades o aumento da produção revela fatores positivos para a produtividade de café no estado. “O fator talvez que seria mais determinante é o aumento da tecnologia que o produtor tem empregado no cultivo”, segundo analisou. Os maiores compradores do café produzido em Rondônia são os estados de São Paulo e Paraná. Russos e chineses consomem cada vez mais café Em 2012, os habitantes dos países em desenvolvimento beberam 10% a mais de café do que no ano anterior. Este aumento no consumo é um dos mais significativos na história dessas regiões, informou a Organização Internacional do Café. Os russos e os chineses estão consumindo cada vez mais a bebida, o que até agora não compensou o declínio na popularidade da bebida na Europa e nos Estados Unidos. Segundo os cálculos da OIC, as entregas de café em grãos para os países em desenvolvimento cresceram de 25,4 milhões, em 2011, para 27,9 milhões no ano passado. A organização considera que o crescimento da popularidade da bebida na China e na Rússia é consequência da urbanização e do aumento de renda. No entanto, a maioria dos países em desenvolvimento não compra a variedade arábica, que alcança os maiores preços no mercado, mas a robusta, mais barata e usada para o preparo do café instantâneo. "A Rússia é o mais importante consumidor de café do mundo em desenvolvimento", destacou a OIC. Entre os anos de 1997 a 2011, a Rússia importou uma média de 3 milhões de sacas de café por ano. No entanto, é extremamente elevada a porcentagem de café solúvel consumido no país, que responde por mais de 80% do total do mercado. O consumo do café em grãos, no entanto, também está crescendo de 5,9%, em 1997, para 19,4%, em 2011. Em grande parte, a Rússia importa matéria-prima para a bebida da Índia (23%), do Brasil (16,8%), do Vietnã (6,9%) e da Indonésia (3,1%). Os europeus, americanos e habitantes de outros países desenvolvidos, onde uma xícara de café pela manhã faz parte do estilo de vida, vêm perdendo o interesse pela bebida ultimamente –no ano passado, o fornecimento do produto para essas regiões caiu de 71,2 milhões para 60,6 milhões de sacas. A OIC destaca que, em consequência disso, está acontecendo uma significativa transformação no mercado. Atualmente, os países em desenvolvimento são responsáveis por 46% de todo café consumido no mundo. No final desta década, de acordo com a ICO, é possível que a proporção de café consumida por esses países supere os 50%. Quanto a este ano, a organização prevê que a produção de café cresça em 6,4%, alcançando o recorde de 144,6 milhões sacas, apesar de um fungo ter destruído as plantações na América Central. “O prejuízo causado pela ferrugem na América Central foi compensado pelo aumento da safra em outros países, como Brasil, Indonésia e Etiópia”, destacou a OIC. A expectativa de uma safra recorde de café neste ano trouxe para baixo os preços dos grãos na bolsa de valores, chegando, em fevereiro, ao menor valor dos últimos três anos. Agora, o café recuperou uma parte da perda, com a libra da variedade arábica custando cerca de US$ 1,14. GCA: estoques de café nos EUA têm queda de 114.765 sacas Os estoques de café verde dos Estados Unidos, no final de março tiveram queda de 114.765 sacas, indo para 4.776.918 sacas, de acordo com estatísticas emitidas pela CGA (Green Coffee Association). No final de fevereiro, os armazéns do país ostentavam um total de 4.891.683 sacas. Nos últimos 12 meses, café cai 25,56% na bolsa de NY e 28,46% na BM&F Nos últimos 12 meses, os contratos futuros de café tiveram desvalorização de 25,56% na bolsa de NY e 28,46% na BM&FBovespa em São Paulo e valorização de 3,19% em Londres. Dentro das commodities, além das fortes perdas do café, a borracha caiu 28,23% em Londres, o açúcar cai 24,15% em NY, 19,57% em Londres. A soja teve queda de 15,55% em São Paulo e 4,52% em Chicago. Cafeicultores apresentam reivindicações ao Ministro da Agricultura Lideranças cafeeiras de Minas Gerais se reuniram na semana passada com o novo Ministro da Agricultura, Antônio Andrade. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões, e o diretor da entidade e presidente das comissões de Café da FAEMG e da Confederação da Agricultura do Brasil (CNA), Breno Mesquita, apresentaram algumas das principais reivindicações do setor produtivo. As informações partem da Faemg. A primeira e mais urgente delas é a revisão, ainda este mês, do preço mínimo da saca, de R$ 261 para R$ 340. A segunda solicitação foi a alteração da lei 12.788, com modificação da data limite de inscrição das operações de crédito na dívida ativa da União, para que um número maior de produtores possa regularizar a situação e sair da inadimplência. O terceiro e último ponto discutido foi a falta de competitividade da cafeicultura de montanha, que responde por mais de 70% da produção mineira e é fortemente impactada pelos custos da mão de obra. O grupo entregou ao Ministro o documento produzido por um grupo de trabalho formado no Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC/MAPA) para tratar a questão. Ex-presidente da Ceasa-Minas será secretário de Produção e Agroenergia A nomeação do advogado e ex-presidente da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages, para o cargo de secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura foi publicada, nesta segunda-feira, 15, no Diário Oficial da União (DOU). A secretaria cuida das políticas públicas direcionadas à área agrícola do setor sucroalcooleiro e cafeicultura. O nome de Paixão Lages foi antecipado à Agência Estado pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, em recente entrevista. Ele disse tratar-se de um técnico competente e uma liderança da ala jovem do PMDB mineiro. A ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a quem cabe fazer as nomeações, confirmou Paixão Lages para o cargo e a exoneração de José Gerardo Fontelles, que há duas semanas foi nomeado para a secretaria-executiva do Ministério da Agricultura. A edição desta segunda-feira, 15, do DOU também trouxe a exoneração do médico veterinário Francisco Sérgio Ferreira Jardim do cargo de assessor especial do Ministro da Agricultura. Jardim era assessor especial desde que foi exonerado do cargo de secretário de Defesa Agropecuária. Mercado rejeita café da Indonésia devido a presença de Carbaril Os produtores de café em Lampung pediram ao governo central para mediar as conversas com compradores de café no exterior após a rejeição de Lampung exportações de café pelo mercado internacional. Os Estados Unidos e o Japão recusou o café de Lampung alegando que os cafés robusta contêm altos níveis de carbaril além de seus limites toleráveis. Carbaril é um componente de inseticidas e ainda é encontrado em Lampung café devido ao seu processamento pobres. Nos EUA, o limite legal para carbaril no café é de 0,01 partes por milhão (ppm). Café da Indonésia tem um conteúdo carbaril de 0,1 ppm, 10 vezes o limite legal. Grandes consumidores na Europa, os EUA eo Japão estão equipados com alta tecnologia para medir as quantidades de substâncias químicas no café. Os agricultores e processadores na Indonésia são geralmente familiarizados com os métodos para a produção de grãos sem exceder o limite de carbaril. Em março de 2013, Lampung exportado pouco mais de 14 mil toneladas de grãos de robusta no valor de US$ 28 milhões, uma queda substancial em relação ao mês anterior, quando quase 24 mil toneladas no valor de 47 milhões dólares foi ao mercado. As exportações de café robusta de centros de produção e outros Lampung vai cair drasticamente mais provável que os efeitos da rejeição por parte do mercado internacional chute dentro Agricultor Paryoto de Gunungterang vila em West Lampung disse que a recusa de exportação de café teria um impacto fortemente negativo sobre os produtores de café que o governo deveria deixar de interferir. "Temos vindo a cultivar nossas fazendas de café de uma maneira eco-friendly por vários anos. Nós usamos adubo orgânico, mas ainda reivindicar o nosso produto contém carbaril, por isso estamos em uma perda para o que mais podemos fazer ", disse Paryoto. Agricultores em Lampung tomou a iniciativa em 2008 para obter a certificação para exportações de café, mas muitas vezes enfrentam desafios como as normas para a certificação pode variar de país para país e as instituições que emitem definir padrões diferentes. "O governo deve facilitar o diálogo. Nós não queremos ser vítimas do comércio internacional de café. Estamos prontos para provar que o café que nós produzimos é ambientalmente amigável ", disse Paryoto, que foi convidado para Londres no final de abril para falar sobre eco-friendly cultivo de café na Indonésia. A visita de Paryoto Londres é parte dos esforços do governo para convencer os compradores internacionais de café que o café de Lampung é eco-friendly. De acordo com West Plantation Lampung Sede Agustanto, a regência está trabalhando duro para ajudar a todos os agricultores de café orgânico obter quaisquer que sejam certificados que necessitam para assegurar aos consumidores que o produto que eles estão rejeitando o café orgânico é genuíno. Ele reconheceu que um pequeno número de agricultores usam métodos desonestos ao secar seus grãos de café, como o uso de produtos químicos para secar seus grãos de café rapidamente, quando na verdade eles devem ser secas em locais limpos em luz solar direta. "Esses métodos são antiéticos e do número de agricultores que recorrem a tais medidas é muito pequeno. Os agricultores irresponsáveis podem ser repreendido por outros membros das comunidades agrícolas quando são apanhados ", disse Agustanto. Lampung capítulo do café da Indonésia Associação de Exportadores (AEKI) 's Arbitragem e Assuntos Jurídicos cabeça Azischan Satib reconheceu que era difícil de controlar café Lampung porque as fazendas eram operação mais pequena.
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