Café volta a se mostrar consistente e tem dia de bons ganhos na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com bons ganhos, anulando a pressão baixista que havia sido observada ao longo da sessão passada. O dia foi caracterizado pela boa atuação dos compradores. Apesar dos ganhos expressivos, o maio não conseguiu testar o nível psicológico de 140,00 centavos. No patamar de 139,65 centavos foram observadas algumas vendas ligeiras.
Tecnicamente, o mercado ainda vive um momento de busca de direcionamento. As correções recentes foram pontuais e não demonstraram efetividade para que níveis mais expressivos pudessem ser buscados, no entanto, a expectativa de que a disponibilidade de arábica pode ser extremamente limitada na atual temporada dá alguma força para que o cenário possa ser invertido e alguns níveis mais altos possam ser testados, ainda que paira a "nuvem" de uma grande safra do Brasil neste ano.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 330 pontos, com 139,45 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 139,65 centavos e a mínima de 135,50 centavos, com o julho tendo valorização de 325 pontos, com 142,05 centavos por libra, com a máxima em 142,20 centavos e a mínima em 138,10 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o maio teve alta de 27 dólares, com 2.047 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 24 dólares, no nível de 2.082 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, os ganhos do dia na ICE vieram na esteira de fatores técnicos, com algumas boas correções ainda sendo efetivadas. O café se dissociou efetivamente de outras commodities, que tiveram uma quarta-feira amplamente negativa. Apenas o petróleo teve retração de quase 3% ao longo da sessão.
"Vivemos um dilema entre compradores e vendedores. Os baixistas se mostram ainda consideravelmente efetivos, mas não parecem querer buscar com tanto ímpeto as mínimas de 33 meses, alcançadas recentemente. Por outro lado, os altistas ainda são reticentes e resistências mais consistentes ainda parecem distantes", disse um trader.
Os preços de café podem buscar novos ganhos. A avaliação é do Commerzbank, importante instituição financeira da Alemanha. Para ela, a oferta menor de café vai refletir nos preços de Nova Iorque. Segundo o banco, a ferrugem do colmo deverá afetar fortemente a produção da América Central e apenas nessa região a produção pode ter uma quebra de 2 milhões de sacas.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.044 sacas, indo para 2.743.944 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 49.705 lotes, com as opções tendo 9.424 calls e 3.702 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 139,65, 139,90-140,00, 140,50, 141,00, 141,35, 141,50, 141,65, 142,00, 142,50, 143,00, 143,30, 143,50, 144,00 e 144,45-144,50 com o suporte em 135,50, 135,10-135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50 e 131,00 centavos.
Londres rompe 2 mil dólares, inverte e fecha com altas
Os contratos futuros de café robusta negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em um movimento de recuperação. No entanto, ao longo do dia, o maio chegou a romper o nível de 2.000 dólares, batendo na mínima de 1.995 dólares. Nas mínimas, no entanto, foram verificadas recompras, o que permitiu a mudança de direcionamento e o fechamento próximo das máximas do pregão.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por dois momentos distintos, com vendas na parte inicial e com a retomada da força por parte dos compradores na parte final do dia. Os ganhos em Londres também seguiram o bom desempenho dos arábicas em Nova Iorque.
"Foi uma sessão movimentada, com um volume expressivo de negócios e com boas alternativas. Estamos notando um aumento das rolagens, principalmente entre maio e julho", disse um trader.
O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 35,2 mil contratos, contra 13,8 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 35 dólares. No encerramento do dia, o maio teve alta de 27 dólares, com 2.047 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 24 dólares, no nível de 2.082 dólares por tonelada.
Londres : volume de contratos negociados de café sobe para 299.335 em março
Os produtos diários negociação na NYSE Euronext (NYX) na Europa aumentaram 8,9% em março sobre a compra e venda de aumento café robusta e de futuros de açúcar em Londres. Investidores comprados e vendidos 89.387 contratos de commodities, em média, em cada sessão na NYSE Liffe na Europa no mês passado, de acordo com dados on-line de troca. Negociação de futuros de café robusta subiram 48,29% em volume para 299.335 contratos ante a 201.854 em março 2012. O número de café robusta futuros de circulação no final do mês passado, ou juros aberto, subiram para 96.135 contratos ante a 85.519 no mês anterior. Café robusta negociação de futuros de Londres saltou para 4,94 bilhões de euros em março ante 3,09 bilhões de euros no ano anterior.
Mesmo com a desonerações, café em pó( 750 grs) sobe de R$ 10,92 para 11,25 em SP
Depois de uma redução imediata logo na semana seguinte à determinação do governo que zerou impostos de alguns alimentos e produtos de higiene da cesta básica, os preços do conjunto voltaram a subir e encerraram a última semana de março apenas 1,44% mais baratos que o verificado antes das desonerações, anunciadas no dia 8 de março. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (Fipe) e dizem respeito aos preços em supermercados da cidade de São Paulo. Na quarta semana de março, a cesta de 11 produtos considerada pela Fipe custava R$ 87,49, 1,44% menos que os R$ 88,58 registrados na medição anterior. O valor, entretanto, é superior ao da segunda semana do mês, quando as desonerações passaram a valer e o preço total caiu para R$ 86,77. Dos 11 produtos, seis ficaram mais baratos desde o pacote de desonerações: coxão mole (-4,0%), frango (-2,47%), café em pó (-0,78%), óleo de soja (-3,89%), margarina (-1,90%), o pacote de quatro unidades do papel higiênico (-2,21%) e creme dental (-0,82%). Três destes no entanto, chegaram a ficar mais baratos, mas depois voltaram a aumentar o preços, sendo eles o café em pó, que saiu de R$ 10,92 na segunda semana de março, logo depois das desonerações, para R$ 11,25 na última semana (considerado um pacote e meio, equivalente a 750 gramas), o óleo de soja (de R$ R$ 6,53 para R$ 6,64) e o papel higiênico (de R$ 5,36 para R$ 5,49). Os demais quatro produtos pesquisados apenas encareceram semana a semana desde as desonerações. É o caso do acém (1,32%), o açúcar (1,63%), a margarina (1,34%) e o pacote de oito unidades do papel higiênico. Apesar dos descompassos, a cesta compostas apenas por produtos desonerados ficou mais barata que a cesta completa, que inclui estes outros cerca de 40 produtos entre pães, frutas, arroz, feijão e outros: esta cesta ficou 1,09% mais cara da primeira para a última semana de março, saindo de R$ 336,54 para R$ 342,24. No dia 8 de março foi reduzida a zero a incidência das contribuições federais PIS/Cofins sobre a venda de carnes (bovina, suína, ovina, caprina e de aves), peixes, café, açúcar, óleo de soja, manteiga, margarina, sabonete, pasta de dente e papel higiênico. O açúcar e o sabonete também receberam isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Outros produtos da cesta, como arroz, feijão, farinha de trigo ou massa, batata, legumes, pão e frutas já contavam com desoneração.
Commodities internacionais com impacto na inflação têm baixa em preços
O preço médio das commodities internacionais com impacto na inflação brasileira caiu 1,82% em março, em relação ao mês interior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). É a terceira queda mensal consecutiva. Medido pelo Índice de Commodities Brasil (IC-Br), a partir dos preços das commodities convertidos para reais, o indicador acumula, no primeiro trimestre de 2013, queda de 6,08%. Em 12 meses, porém, o índice subiu 3,58%. Todos os três subgrupos que compõem o IC-Br tiverem queda nos preços no mês passado. A maior delas foi verificada nos preços dos produtos metálicos (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), cuja variação foi negativa em 6,02% em março. No acumulado do trimestre, a queda é de 7,11%. Em 12 meses encerrados em março, porém, o preço dessas commodities apresenta alta de 4,20%. Os preços das commodities energéticas (petróleo brent, gás natural e carvão) caíram 2,51% em março na comparação com fevereiro. No acumulado do trimestre, a queda é de 4,11%. Em 12 meses, o subgrupo tem a maior alta nos preços, de 4,27%. Já as commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) tiveram redução de 0,66% no mês passado No acumulado do ano, esse subgrupo registra retração nos preços de 6,24%. Em 12 meses encerrados em março, a alta é de 3,41%, a menor entre os subgrupos.
Colômbia: ministro vê fraude em cafeicultores que se beneficiam de mudança
Os cafeicultores que buscarem contar com benefícios sobre o café que já está armazenado cairão em fraude. A advertência foi apresentada pelo ministro da Fazenda da Colômbia, Maurício Cárdenas, ao manifestar que as vantagens conquistadas pelo setor, após uma paralisação que chegou a parar regiões do país, serão voltadas exclusivamente para as novas produções do grão. Cárdenas advertiu os cafeicultores do país que sua pasta não permitirá o acesso das cargas armazenadas de café aos benefícios concedidos ao setor, conforme já se havia previsto ao longo das negociações efetuadas durante a greve. De acordo com ministro, os benefícios recaem exclusivamente sobre as novas produções de café, a contar com a mitaca, que é a produção de pequeno porte colhida na primeira metade do ano na maior parte das zonas cafeeiras do país sul-americano. "Não vamos permitir que o café armazenado que está em estoque tenha esse programa de proteção de receita para os cafeicultores", explicou o ministro em entrevista a emissora Caracol de rádio. Cárdenas indicou que os cafeicultores que guardaram cargas de café para especular no mercado vão ser imediatamente impedidos de ter direito ao benefício. Por fim, ele assegurou que será executado um censo cafeeiro, com o objetivo de se ter um controle sobre esse tema e, assim, evitar pagar benefícios ou preços extras para cafés que já se encontravam armazenados ou prontos para exportar.
Honduras terá programa para renovar área cafeeira
O produtor de café Nelson Guerra, da cidade de San Pedro Sula, em Honduras, anunciou a reativação de 450 hectares de produção desse grão, mediante a um empréstimo a ser concedido pela rede bancária nacional desse país centro-americano. Ele manifestou que a ferrugem do colmo danificou mais de 30% do setor cafeeiro do país e, dessa forma, está sendo buscada uma forma para injetar recursos novos para ativar a produção do grão. O produtor detalhou que o projeto compreende a renovação de lavouras, particularmente no município de Encarnación, no departamento (Estado) de Ocotepeque, sendo que ao todo serão compreendidas áreas de 450 hectares que contam com a produção dessa que é a principal matéria-prima exportável guatemalteca. O representante do setor produtor apontou que o investimento irá superar 17 milhões de lempiras (867 mil dólares), que serão financiados em longo prazo e com taxas de juros bastante modestas. Com essa reativação, a expectativa é que 200 produtores dessa região do país centro-americano sejam beneficiados diretamente. Segundo estimativas de entidades locais, a ferrugem do colmo provocará perda de 1,8 milhão de sacas em Honduras, 650 mil sacas na Guatemala, 600 mil sacas na Nicarágua, 400 mil em El Salvador, 200 mil na Costa Rica e 60 mil no Panamá. O presidente da Abecafé (Associação dos Beneficiadores e Exportadores de Café de El Salvador), Carlos Borgonovo, advertiu que, por causa dos atuais danos da ferrugem do colmo, será "inevitável também uma diminuição no volume a ser produzido na próxima temporada, de 2013/2014", sendo que ele avaliou que essa quebra ainda não é possível de ser quantificada. A ferrugem do colmo, conhecida cientificamente como Hemileia vastatrix, é um fungo que afeta as folhas do cafeeiro, o que causa a desfolha, maturação anormal, perda de qualidade dos grãos, queda de frutos e também faz com que as plantas fiquem debilitadas. De acordo com os dados locais, a primeira aparição da ferrugem do colmo na América Central foi verificada em 1977 e, desde então, a praga vinha sendo controlada e nunca antes havia impactado de forma tão significativa o parque cafeeiro desses países.
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