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quarta-feira, 13 de março de 2013


Café na ICE mantém quadro de apatia e fecha dia com nova retração
   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas, porém, ainda dentro do intervalo construído ao longo das últimas sessões na bolsa nova-iorquina. A sessão foi marcado pelo predomínio das vendas especulativas, sem uma maior influência dos mercados externos, que tiveram um dia de calma.

Operadores relataram que o volume de operações de arbitragem em Nova Iorque contra os contratos de robusta em Londres cresceram consideravelmente. Enquanto os preços dos arábicas continuam a patinar em um intervalo fraco, os robustas se mantêm em alta e bateram nesta terça-feira no melhor patamar em cinco meses e meio.

Tecnicamente, os gráficos continuam a apontar um cenário de neutro a baixista para o café na ICE, sem uma força mais efetiva por parte dos bulls (altistas), que se mostram bastante reticentes em testar resistências amplamente básicas, como é o caso do nível de 145,00 centavos de dólar por libra peso.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 140 pontos, com 142,35 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 143,50 centavos e a mínima de 141,90 centavos, com o julho tendo retração de 145 pontos, com 145,00 centavos por libra, com a máxima em 146,10 centavos e a mínima em 144,65 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio teve alta de 16 dólares, com 2.206 dólares por tonelada, com o julho tendo ganho de 20 dólares, no nível de 2.208 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por vendas de especuladores, que conseguiram pressionar novamente as cotações do grão, sem, no entanto, fazer com que o suporte de 140,00 centavos fosse tocado. Os mercados externos tiveram um dia de calma, com o dólar estável e com as commodities não sofrendo maiores pressões vendedoras, o que permitiu a algumas delas até algum avanço, como foi o caso do petróleo, que experimentou uma alta de meio por cento ao final do dia.

"Tivemos uma sessão técnica, sem maiores novidades e, mais uma vez, nos afastamos do referencial de 145,00 centavos, ainda que tenhamos mantido intacto o atual range. Muitos players continuam a fazer previsões baixistas por conta do aumento da disponibilidade de café no mercado, notadamente diante de uma safra brasileira que seria de ciclo baixo, mas que, ao final da colheita, poderá ser bastante consistente e, assim, ser um contraponto à queda no volume produzido pela América Central, que sofre com a ferrugem do colmo", disse um trader.

As remessas internacionais de café de Uganda tiveram incremento de 35% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior e retração de 4,89% em relação ao observado em janeiro. No mês passado, esse país africano exportou 3287.643 sacas do grão, de acordo com estatística da Autoridade para o Desenvolvimento do Café de Uganda. As receitas obtidas com essas vendas externas atingiram 40,9 milhões de dólares.

As exportações brasileiras de café de março, até o último dia 11, somaram 246.363 sacas, contra 522.508 sacas do mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.312 sacas, indo para 2.724.392 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.082 lotes, com as opções tendo 3.792 calls e 2.403 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 143,50, 144,00, 144,50, 144,85, 144,90-145,00, 145,50, 146,00, 146,50, 147,00, 147,50, 148,00, 148,50, 149,00, 149,50 e 149,90-150,00 com o suporte em 141,90, 141,50, 141,00, 140,65, 140,50, 140,10-140,00, 139,50, 139,30, 139,00, 138,50, 138,00, 137,50, 137,00, 136,55-136,50, 136,00, 135,50 e 135,10-135,00 centavos por libra.



Londres, consistente, rompe resistência e fica acima dos US$ 2.200
   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram a terça-feira com ganhos, com a posição maio ganhando ainda mais corpo e se posicionando acima do nível psicológico de 2.200 dólares, no melhor nível de preço desde 28 de setembro do ano passado.

A sessão foi caracterizada por compras especulativas, após uma ligeira tentativa infrutífera de se buscar algumas baixas. Depois de tocar a mínima de 2.170 dólares, o mercado passou a amealhar ações compradores e conseguiu finalizar a sessão próximo da máxima do pregão. De acordo com analistas internacionais, a percepção de uma safra fraca para os robustas do Vietnã e a demanda constante continuam dando sustentação aos preços do grão na bolsa londrina. Com os bons desempenhos quase que sem interrupção, os robustas conseguem diminuir ainda mais os diferenciais em relação aos arábicas.

"Vivemos um momento consistente em Londres e isso reflete na superação de resistências importantes. Os diferenciais em relação a Nova Iorque estão reduzidos e muitos players se perguntam se os arábicas não poderiam 'pegar carona' nesse bom desempenho de Londres, algo que até agora não se produziu", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 8,27 mil contratos, contra 3,43 mil do junho. O spread entre as posições maio e junho ficou em 2 dólares. No encerramento do dia, o maio teve alta de 16 dólares, com 2.206 dólares por tonelada, com o julho tendo ganho de 20 dólares, no nível de 2.208 dólares por tonelada.




COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA 2012 NO SUL DE MG ESTÁ EM 65%
A comercialização de café da safra 2012 no sul de Minas
Gerais está em 65%, com esse percentual também englobando o cerrado mineiro e
parte de São Paulo. A avaliação parte de fonte da área de comercialização
de uma grande cooperativa que atua no sul-mineiro, que preferiu não ser
identificada.
    Segundo a fonte, são muito lentas as vendas de café. "O produtor não
vende. Muitos erraram o momento de vender e agora a situação está mais
complicada com os preços baixos", apontou. "E mais para a frente ficará
mais complicado ainda, porque virão os custos com a colheita", comentou.
    Para a fonte, passou o momento em que se poderia dizer que o cafeicultor
está capitalizado. Ele observa que houve 10 a 12 anos em que o produtor viu
preços baixos para o café, apertados contra o custo de produção. Depois,
somente por 2 a 3 anos a situação melhorou, tempo em que o produtor investiu
em renovação dos cafezais e em tratos culturais aprimorados. "Quando o
produtor começou a por a casa em ordem, os preços voltaram a cair", avaliou.


RITMO LENTO DE NEGÓCIOS NA MOGIANA (SP) - COCAPEC
A comercialização de café está praticamente parada na
Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (Cocapec), no norte de
São Paulo.
    Segundo fonte da região, com os preços muito baixos no mercado, os
produtores seguram os estoques. O preço da saca gira em torno dos R$ 305,00 a
R$ 310,00 na região.
    Estima-se que cerca de 10% da safra 2013 já foi negociada por meio de
negócios futuros e CPRs, enquanto ainda resta cerca de 50% da safra 2012 para
comercialização.



KC/RC arb


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