Em dia fraco em negócios, Londres fecha sem direcionamento
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com poucas variações, em uma sessão caracterizada por negócios abaixo da média recente da bolsa britânica. O volume exíguo se deveu, basicamente, ao feriado nos Estados Unidos, o que fez com que um volume expressivo de players se mantivesse de lado.
De acordo com analistas internacionais, as ações do dia foram centradas, mais uma vez, nas rolagens de posição, principalmente entre o março e o maio. A primeira posição agora ostenta pouco mais de 25,5 mil contratos em aberto, contra cerca de 46 mil do maio. A segunda posição se manteve acima do nível psicológico de 2.050 dólares ao longo de todo o dia. No entanto, chegou a registrar ganhos relevantes, no nível de 2.078 dólares, mas não conseguiu manter esse ritmo e o fechamento se deu próximo das mínimas, com estabilidade.
"Tivemos uma sessão sem novidades e com um direcionamento focado nas rolagens. Muitos participantes estão focados na questão da arbitragem entre Londres e Nova Iorque, uma vez que o spread teve uma retração substancial com as constantes quedas do arábica. Hoje circulou pelo mercado de um relatório da empresa holandesa Nedcoffee Bvcom que indicou que alguns torrefadores podem voltar aos arábicas, principalmente aqueles que possuem desconto contra Nova Iorque, ao invés de manterem as aquisições de robustas, que cresceram ao longo das duas últimas temporadas. Com o diferencial tão baixo, os compradores podem se voltar para os arábicas, o que poderia ser a interrupção dos ganhos constantes em Londres", disse um trader.
O março teve uma movimentação ao longo do dia de 2,17 mil contratos, contra 3,08 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 38 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou queda de 3 dólares, com 2.019 dólares por tonelada, com o maio ficando estável no nível de 2.057 dólares por tonelada.
Dólar tem leve queda de 0,12% ante o real em sessão com baixo volume
SÃO PAULO,18 - O dólar encerrou com leve queda frente ao real nesta segunda-feira, em um pregão de poucos negócios por conta de feriado nos Estados Unidos, com analistas ainda prevendo maior recuo da moeda norte-americana pelo ingresso de recursos.
O dólar fechou com leve baixa de 0,12 por cento, cotado a 1,9630 real. Durante o pregão, a moeda oscilou entre 1,9601 real na mínima e 1,9710 real na máxima do dia.
Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em torno de 3 bilhões de dólares.
"É um dia complicado, podia tanto subir quanto cair. Acaba não tendo muito o que acontecer", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Vamos ficar de olho no fluxo de divisas".
Analistas acreditam que a tendência da moeda norte-americana continua sendo de queda, e que o mercado voltará a testar o patamar de 1,95 real em breve, diante da perspectiva de uma maior entrada de divisas no país.
Dados recentes do fluxo cambial já mostram uma tendência de entradas maiores de divisas no país, após fortes saídas no final do ano passado. Em fevereiro, até o dia 8, houve saída líquida de divisas do país, puxada pela conta comercial. Mas a conta financeira, --por onde passam os investimentos estrangeiros diretos e em portfólio-- teve saldo positivo no período.
Diante desse cenário, analistas acreditam que o mercado voltará a testar o suposto piso de 1,95 real já nas próximas sessões, o que pode fazer o BC voltar a intervir, como fez nas últimas duas sextas-feiras, vendendo contratos de swap cambial reverso, equivalentes a compras de dólares no mercado futuro.
"Eu não tenho o piso do governo para o dólar. O mercado vai continuar testando", disse o gerente da mesa de câmbio da Advanced Corretora, Celso Siqueira. "Se furar a barreira, logo vai buscar uma barreira mais baixa, e assim por diante. É uma briga de braço".
Na semana passada, uma fonte da equipe econômica disse à Reuters que 1,95 real não é um piso e que a maior preocupação do BC é evitar uma volatilidade excessiva.
Além disso, o mercado continua tentando compreender declarações de autoridades do Banco Central e do Ministério da Fazenda a respeito de possível utilização da política cambial para combater a inflação.
"O Banco Central deixou o mercado com dúvida: a taxa de câmbio vai ser utilizada como instrumento contra inflação ou não?", afirmou Galhardo.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou a jornalistas que o câmbio não é o instrumento adequado para controlar a inflação, o nível de preços, e o presidente do Banco Central mostrou-se preocupado com a alta de preços neste início de ano.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Indicador alemão e vendas no varejo ditam DIs
São Paulo, 18 de fevereiro de 2013 - Os contratos de depósitos
interfinanceiros (DIs) devem abrir as negociações de amanhã reagindo ao
índice que mede a confiança dos analistas financeiros e investidores na
economia alemã, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe da West LB. "O
mercado espera que o indicador comprove a sinalização de que a economia
alemã, apesar de contrair recentemente, está apresentando uma recuperação.
Se vier de acordo com a expectativa o dado é positivo e deve influenciar os DIs
e o dólar amanhã", diz Rostagno.
Além do indicador alemão, no mercado doméstico, também deve influenciar
as negociações dos contratos de juros amanhã os dados de vendas no varejo
referentes a dezembro e acumulado de 2012. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC)
será divulgada amanhã às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O mercado estima que as vendas no comércio varejista
brasileiro no ano passado tenham apresentado um crescimento de 8,6%, ante
acumulado de 2011, segundo a mediana das projeções coletadas pela Agência CMA
para o Termômetro CMA. Em dezembro, na comparação com novembro, as
instituições consultadas estimam um aumento de 0,8% nas vendas, segundo o
cálculo da mediana. Na comparação com dezembro de 2011, a estimativa é de
expansão de 7,10%.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) também divulga, às 8h, o Indice Geral
de Preços - Mercado (IGP-M) referente ao segundo decêndio do mês de
fevereiro.
Os DIs encerraram as negociações de hoje na BM&FBovespa em alta, ainda
influenciados pela sinalização do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o
governo pode usar os juros como ferramenta para conter a inflação. "O
mercado continua refletindo as declarações do Mantega e incorporando um risco
maior do Banco Central sinalizar que pode mudar a estratégia de juros estável
por período prolongado", diz estrategista-chefe da West LB.
Mais líquido, o DI com vencimento em janeiro de 2014 subiu de 7,62% para
7,71%, com giro financeiro de R$ 47,323 bilhões, seguido do DI para janeiro de
2015, que avançou de 8,30% para 8,42%, movimentando R$ 27,413 bilhões. O
contrato com vencimento em julho de 2013 subiu de 7,17% para 7,21%, com volume
de R$ 24,633 bilhões.
Ainda entre os mais líquidos, os contratos de longo prazo também
registraram alta, com o DI para janeiro de 2017 avançando de 8,99% para 9,10%
(R$ 9,208 bilhões) e o para janeiro de 2016 subindo de 8,73% para 8,85% (R$
7,422 bilhões).
O número de contratos negociados 1.522.034 atingiu 53% inferior ao pregão
de sexta-feira. O volume financeiro das operações atingiu R$ 135,543 bilhões.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com queda de 0,10%, a
R$ 1,9610 para compra e R$ 1,9630 para venda. Durante o dia a moeda oscilou
entre a mínima de R$ 1,9610 e a máxima de R$ 1,9710. No mercado futuro, o
contrato de dólar com vencimento em março caiu 0,27%, a R$ 1.966,500.
Segundo Rostagno, amanhã a tendência é de que o mercado continue testando
o BC, buscando o patamar de R$ 1,95, no qual o BC tem atuado para conter a
valorização do real.
Bovespa fecha em baixa pressionada por OGX e siderúrgicas
SÃO PAULO - A falta do referencial americano enxugou o volume negociado na
Bovespa nesta segunda-feira e colaborou para o mercado local registrar nova
baixa, pressionado pelas ações da OGX, de siderúrgicas e também varejistas. Em
contrapartida, as ações da Suzano e da Petrobras reagiram hoje, após
registrarem vários pregões de baixa. Bancos voltaram a subir, ainda refletindo
a expectativa de que o governo poderá elevar os juros em breve, enquanto JBS
liderou os ganhos.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,50%, aos 57.613 pontos, e volume de R$ 7,086
bilhões. Desse total, no entanto, R$ 2,1 bilhões vieram do exercício de opções
sobre ações. Descontado esse fato, o giro teria sido bem mais modesto, de R$ 5
bilhões, reflexo da ausência dos investidores estrangeiros, consequência do
feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.
Pela análise gráfica, o índice perdeu novo suporte na casa dos 57.750 pontos e
agora caminha para reforçar a tendência de baixa no curto prazo, na linha de 57
mil pontos.
Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN subiu 1,53%, para R$ 17,90; Vale
PNA recuou 0,13%, para R$ 36,42; e OGX ON marcou nova mínima neste ano, ao
perder 4,33%, para R$ 3,31.
Rumores de que o empresário Eike Batista teria colocado a venda o seu braço de
energia, a MPX (-1,63%), circularam nas mesas hoje. A informação partiu da
coluna Radar, do site da revista "Veja". Para analistas, a venda poderia
desestabilizar ainda mais as outras empresas "X", uma vez que boa parte dos
negócios delas são interligados.
Com a ausência do investidor estrangeiro e a agenda vazia de indicadores hoje e
amanhã, as atenções se voltam à retomada da temporada de balanços. Usiminas PNA
(-3,35%) e ON (-3,64%) caíram forte, com investidores antecipando-se ao
resultado fraco do quarto trimestre, que será divulgado após o fechamento
mercado.
As ações de varejo - Hypermarcas ON (-2,98%), B2W ON (-5,89%) e Americanas PN
(-1,12%) - reagiram a um relatório divulgado na sexta-feira pelos analistas do
Santander. "Recentemente, participamos de uma reunião com cerca de 30
investidores nos EUA e os mesmos estão mais otimistas com a perspectiva para o
México do que para o Brasil, embora eles concordem com a permanência de um
cenário de consumo saudável nos dois mercados. Os investidores continuam a
gostar dos fundamentos do setor do varejo, mas estão preocupados com o
?Valuation' e veem potencial de alta relativamente limitado, o que, a nosso
ver, está refletido no desempenho um tanto inexpressivo das ações no acumulado
do ano", diz o relatório.
Fora do Ibovespa, as ações da Agrenco (18,96%, a R$ 0,69) voltaram a subir
forte, com volume expressivo de R$ 20,5 milhões, bem acima da média diária do
papel, de R$ 3,5 milhões. O papel iniciou sua disparada em 21 de janeiro,
quando valia R$ 0,26. De lá para cá, já acumulou ganho de 165%.
No dia 13 de fevereiro, a empresa informou ao mercado que assinou contrato com
a Delta Serviços para preparar sua adesão como agente comercializador de
energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A Agrenco pretender
usar a unidade de Alto Araguaia para gerar energia.
PERSPECTIVA: Após quatro quedas seguidas, Ibovespa pode voltar a subir
São Paulo, 18 de fevereiro de 2013 - O Ibovespa pode voltar ao campo
positivo amanhã, depois de registrar quatro quedas consecutivas. O desempenho
vai depender da divulgação de indicadores econômicos favoráveis e,
principalmente, de uma menor aversão ao risco dos investidores em relação à
economia doméstica.
O assessor de investimentos Leandro Silvestrini, da Intrader, considera que
depois dos recuos acumulados, o principal índice da BM&FBovespa pode encontrar
um "respiro" amanhã. "Essa sequência de quedas torna provável uma melhora
amanhã, mas nada que indique uma mudança nessa tendência negativa por
enquanto", diz.
Entre os indicadores econômicos previstos para amanhã, Silvestrini aponta
que o mercado vai olhar com atenção para o índice de confiança do mercado de
imóveis residenciais de fevereiro, nos Estados Unidos. Na Europa, destaque
para o índice de confiança nas economias da eurozona e da Alemanha.
Mesmo que o índice brasileiro opere em campo positivo, questões
relacionadas à economia interna não devem sair do radar, de acordo com Eduardo
Machado, analista da Amaril Franklin. "A alta da inflação e a sinalização
de que o Banco Central poderá usar a taxa de juros para contê-la, pode afetar
drasticamente as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Aliás, desde o começo do ano estamos vendo essas projeções diminuírem",
diz.
Outro fator que pode influenciar a divulgação dos negócios amanhã é a
divulgação de balanços corporativos, de acordo com Machado. Entre os
resultados que eram aguardados, a Usiminas divulgou hoje, após o fechamento do
mercado, que registrou prejuízo líquido de R$ 283 milhões no quarto trimestre
de 2012, ante lucro líquido de R$ 77 milhões no quarto trimestre de 2011.
O analista da Amaril Franklin destaca ainda a divulgação do balanço da
Oi, que deve ocorrer ainda hoje. A companhia de telecomunicações deve
registrar lucro líquido de cerca de R$ 343,3 milhões no quarto trimestre de
2012, de acordo com a média das projeções consultadas pela Agência CMA.
No pregão de hoje, o Ibovespa caiu de 0,50%, aos 57.613 pontos. O giro
financeiro foi de R$ 7,1 bilhões. Os investidores negociaram sem a referência
das bolsas norte-americanas, que não operaram devido a feriado local. O
vencimento de opções sobre ações, que ocorreu hoje, contribuiu para que o
volume da bolsa não fosse muito baixo.
Entre os destaques negativos do dia, os papéis da Usiminas registraram
fortes perdas, enquanto o mercado aguardava pela divulgação do resultado da
empresa, de acordo com Machado. As ordinárias (USIM3) recuaram 3,64%,
negociadas a R$ 10,85, e as PNAs cederam (USIM5) 3,35%, a R$ 9,80. O desempenho
afetou ainda outras empresas do setor de siderurgia e mineração, como a Gerdau
(GOAU4), que perdeu 3,41%, a R$ 21,20.
Entre as blue chips, as PNAs da Vale (VALE5) também fecharam no campo
negativo, ao caírem 0,13%, a R$ 36,42, com o maior volume financeiro do dia, de
R$ 431,095 milhões.
No sentido inverso, as preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 1,53%,
a R$ 17,90, movimentando R$ 355,793 milhões. O desempenho da estatal foi
estimulado pelo vencimento de opções sobre ações, que fez com os
investidores com posição vendida comprassem papéis para entregar a quem tinha
opção de compra, explica Silvestrini. O desempenho, no entanto, não foi
seguido por outros papéis do setor de petróleo e gás, como a OGX (OGXP3), que
recuou 4,33%, a R$ 3,31.
Bolsa tem menor nível desde dezembro; MPX e OGX, de Eike, caem forte
São Paulo, SP - O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa
brasileira, fechou esta segunda-feira (18) em queda de 0,5%, aos 57.613 pontos.
O giro financeiro do índice no dia foi reduzido por conta de um feriado
nacional nos EUA, ficando em torno de R$ 7,03 bilhões. O valor só não foi menor
porque houve vencimento de opções sobre ações, o qual movimentou R$ 2,1
bilhões.
Com o desempenho de hoje, o Ibovespa atingiu sua menor pontuação de fechamento
desde 4 de dezembro do ano passado, quando ficou em 57.563 pontos.
Apesar da desvalorização do índice, o mercado recebeu pela manhã uma notícia
positiva do âmbito econômico: pela primeira vez em sete semanas, a expectativa
para inflação foi reduzida, segundo o relatório Focus, do Banco Central,
divulgado hoje.
A previsão do mercado agora é que o IPCA (Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) encerre o ano em 5,70%. A última edição do levantamento
indicava inflação de 5,71%, em alta pela sexta semana seguida. Há um mês, a
projeção era de 5,65%.
Sem mais referências de peso por aqui, os investidores também avaliam o
desfecho da reunião do G20, que ocorreu no fim de semana.
Como já era esperado, os representantes das 20 maiores economias do mundo
rejeitaram que os países irão desvalorizar as suas moedas de modo competitivo,
o que ficou conhecido por "guerra cambial", e evitaram fazer críticas a países
individuais.
AÇÕES
As ações ordinárias (com direito a voto) da MPX fecharam em queda de 1,63%,
cotadas a R$ 10,22 cada, com o mercado repercutindo a informação de que Eike
Batista, dono da empresa de energia, teria colocado seu controle à venda,
segundo coluna do jornalista Lauro Jardim, da revista Veja. Procurada pela
Folha, a companhia disse que não vai comentar o assunto.
Já os papéis ordinários da OGX, empresa de petróleo do Eike Batista,
despencaram 4,33%, para R$ 3,31 cada. O movimento de baixa dos papéis da
companhia reflete o vencimento de opções nesta segunda, considerando que as
opções da empresa são uma das mais negociadas na BM&F Bovespa.
Ajudando a amenizar a queda do Ibovespa, as ações preferenciais (mais
negociadas e sem direito a voto) da Petrobras, que possuem forte peso no
índice, fecharam em alta de 1,53%, para R$ 17,90 cada. Os papéis ordinários da
petrolífera subiram 1,71% nesta segunda-feira, para R$ 15,97 cada.
Entre as maiores altas do Ibovespa, as ações do JBS subiram 2,05%, a R$ 7,45
cada. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve avaliar nos
próximos dias o crescimento, por meio de aquisições, do frigorífico e seus
impactos nos preços pagos aos pecuaristas e cobrados dos consumidores pela
carne bovina.
Apesar disso, o JBS disse que demonstrará ao órgão antitruste que os diversos
arrendamentos de frigoríficos realizados nos últimos anos "não ferem nenhuma
regra concorrencial."
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