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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Com poder comprador limitado, ICE fecha sexta com ganhos modestos
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com altas, sem, no entanto, ter força para romper níveis básicos de preço, como a resistência de 150,00 centavos por libra. A sessão foi caracterizada, em sua primeira metade, por algumas compras especulativas, que permitiram ao março tocar no nível de 149,80 centavos de dólar por libra peso. No entanto, a falta de fôlego dos compradores voltou a se mostrar efetiva e, ao não romper um nível básico de preços, o que se verificou foi uma desaceleração. Com um resultado apenas modesto, o mercado fecha a semana sem um poder de fogo mais consistente e com o março longe dos níveis que foram praticados ao longo de boa parte do mês de janeiro.
O cenário fundamental, no entanto, indica que o mercado poderia experimentar preços bem mais consistentes que os atuais. Os estoques de consumidores e produtores continuam baixos, ao passo que a América Central, principal região produtora de cafés do tipo suave, enfrenta uma crise aguda com a ferrugem do colmo o que significará retração na produção e, também, comprometimento da qualidade. Poucos fatores poderiam sustentar a tese baixista dos mercados, como é o caso da safra brasileira. E tal fator encontra alguns questionamentos ao se verificar que o país tem contas bastante limitadas ao se levar em conta as exportações e o consumo interno, que é bastante efetivo.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 100 pontos, com 147,95 centavos, sendo a máxima em 152,70 e a mínima em 149,85 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 95 pontos, com a libra a 150,95 centavos, sendo a máxima em 152,70 e a mínima em 149,85 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março apresentou alta de 40 dólares, com 2.049 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 44 dólares, com 2.055 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, a sexta-feira foi caracterizada por poucas novidades para o mercado de café. A expectativa de o março romper níveis efetivos de alta, como o de 150,00 centavos, foi frustrada consideravelmente, com o março encontrando uma barreira vendedora próxima dessa cotação. Com isso, o mercado passou por um processo de desaceleração e o encerramento do dia se deu dentro do intervalo que foi trabalhado ao longo da maior parte da semana.
"Tivemos uma sessão marcada, mais uma vez, pela falta de 'apetite' dos compradores. As altas não conseguem avançar além de níveis básicos e os patamares testados ao longo de janeiro se mostram consideravelmente distante. Por outro lado, observamos que os diferenciais para os robustas, em Londres, estão se estreitando cada vez mais. Levando em conta que a demanda por esses cafés cresceu consideravelmente ao longo do período dos preços altos, é possível que esse avanço de Londres possa representar um oportunidade de alta para os arábicas", disse um trader.
"Para reduzir as pressões baixistas sobre os preços pagos aos cafeicultores brasileiros, o Conselho Monetário Nacional autorizou as instituições financeiras a concederem prazo adicional de até 60 dias para pagamento da primeira parcela das operações de estocagem contratadas em 2012 com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira. Com esta medida o Governo Federal espera que deixem de ser colocadas no mercado cerca de três milhões de sacas de café", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 10.045 sacas, indo para 2.628.818 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 27.243 lotes, com as opções tendo 4.766 calls e 4.383 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 149,80, 149,90-150,00, 150,50, 150,80, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50 e 156,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,90, 146,55, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Londres ganha mais corpo e se consolida acima dos US$ 2 mil
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com boas altas, em uma sessão caracterizada por um volume consistente de lotes negociados e com a posição março se consolidando dentro do intervalo de 2.000 dólares por tonelada. Os ganhos na bolsa britânica estiveram em linha com o comportamento dos mercados externos, que se mostraram consistentes, principalmente com a fraqueza do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais, e também seguindo o comportamento positivo de Nova Iorque.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela continuidade da boa movimentação e com a ampliação do março dentro do intervalo de 2.000 dólares. Rapidamente no pregão desta sexta o março conseguiu romper a primeira resistência, em 2.033 dólares, num sinal claro de consistência, com os preços ficando no melhor patamar desde 19 de outubro. A próxima resistência mais efetiva para a posição está situada nos 2.099 dólares. "Tivemos uma sessão ativa e com os preços conseguindo buscar novos intervalos de alta. As origens continuam demonstrando pouca disposição em liquidar de forma voraz, ao passo que as notícias sobre uma quebra de safra neste ano no Vietnã, devido à seca, teve uma leitura bastante altista nos mercados", disse um trader. O março teve uma movimentação ao longo do dia de 13,3 mil contratos, contra 10,6 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 4 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou alta de 40 dólares, com 2.049 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 44 dólares, com 2.055 dólares por tonelada.
Dólar tem dia de volatilidade e encerra sessão estável
Viés de baixa prevaleceu na maior parte do dia, com dados positivos nos EUA contribuindo para a busca de ativos de maior risco
SÃO PAULO - A volatilidade marcou os negócios com dólares nesta sexta-feira, com a moeda americana oscilando entre altas e baixas ao longo do dia. Os dados positivos da economia dos EUA, divulgados mais cedo, trouxeram um viés de baixa que prevaleceu na maior parte do dia. Mas notícias de que o Banco Central evitará uma apreciação excessiva do real fizeram a moeda americana, após as 15 horas, tocar o território positivo. Ao fim da sessão, porém, o dólar voltou para a estabilidade, fechando a R$ 1,9870. Operadores lembraram ainda que a sessão foi bem mais calma, após a definição, ontem, da Ptax que liquidou os derivativos cambiais hoje.
Na cotação mínima do dia, vista perto das 11h30, o dólar à vista no balcão marcou R$ 1,9790 (-0,40%) e, na máxima, logo no início do dia, atingiu R$ 1,9920 (+0,25%). Perto das 17h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,719 bilhões, sendo US$ 2,397 bilhões em D+2. Já o dólar pronto da BM&F não registrou negócios hoje. No mercado futuro, o dólar com vencimento em março era cotado a R$ 1,9955, com queda de 0,13%.
O viés de baixa prevaleceu na maior parte do dia no balcão, com a bateria de dados positivos nos Estados Unidos contribuindo para a busca de ativos de maior risco, em detrimento do dólar.
Pela manhã, o Departamento do Trabalho informou que foram criados nos EUA 157 mil postos de trabalho em janeiro, abaixo da expectativa de 166 mil novos empregos. No entanto, o órgão revisou alguns números de 2012, para mostrar resultados melhores, o que foi bem recebido pelo mercado.
Já o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA subiu para 55,8 em janeiro, de 54,0 em dezembro, segundo os dados da Markit, enquanto o índice de sentimento do consumidor em janeiro, medido pela Universidade de Michigan, subiu para 73,8 em janeiro, ante previsão de 71,5. Também positivo, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria, do Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 53,1 em janeiro, de 50,2 em dezembro.
Neste contexto, o euro avançava ante o dólar - o que continuou ao longo do dia - e o dólar caía em relação ao real. À tarde, porém, notícias de que o Banco Central não deve rolar os próximos vencimentos de linha e de que a autoridade monetária evitará uma apreciação excessiva do real, conforme fontes do próprio BC ouvidas pela agência Bloomberg, trouxeram uma pressão de alta para a moeda americana ante o real, mesmo que momentânea. O dólar chegou a marcar alta de 0,15% no balcão, para depois voltar a se aproximar da estabilidade, encerrando o dia a R$ 1,9870.
"Essas notícias de que o BC não deixará o real se apreciar e, em consequência, o dólar cair, contribuíram para a alta do dólar", comentou Guilherme Esquelbek, operador Correparti Corretora, de Curitiba.
No dia 8 de janeiro, a Agência Estado já havia informado que, conforme fonte do Banco Central, "com o patamar atual da taxa de câmbio, o BC não vai rolar os leilões de linha que vencem nos próximos 60 dias". Na última quarta-feira, porém, a autoridade monetária fez um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) com valor máximo de US$ 1,273 bilhão.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Projeção de inflação do Focus ditará rumo de DIs
São Paulo, 1 de fevereiro de 2013 - A projeção para a inflação que
será divulgada pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus na próxima
segunda-feira, às 8h30, deve ditar os rumos de negociação dos contratos de
Depósitos Interfinanceiros (DIs) durante o pregão na BM&FBovespa.
"Temos visto piora nas perspectivas de inflação. Dependendo do nível do
reajuste da estimativa pode ser que não haja tanto impacto, mas se continuar
intenso como nas ultimas semanas pode influenciar na abertura, elevando os DIs"
avalia Flávio Serrano, economista-sênior do Espírito Santo Investiment Bank.
No pregão desta sexta-feira, dados divulgados sobre a indústria brasileira
e o emprego nos Estados Unidos dão sinal de melhora do cenário econômico e a
maioria dos DIs encerraram em alta.
A economia dos Estados Unidos gerou 157 mil empregos em janeiro e a taxa de
desemprego subiu para 7,9% durante o período. Analistas esperavam a criação
de 165 mil vagas e uma taxa de desemprego de 7,7%, após dados divulgados
anteriormente mostrarem que em dezembro o desemprego ficou estável em 7,8% e
foram criadas 155 mil novas vagas. Os dados revisados mostram a criação de 196
mil postos de trabalho em dezembro.
Com a média dos últimos três meses em 200 mil vagas, número considerado
importante para fazer a taxa de desemprego cair de modo sustentável, a revisão
foi vista como um indicador positivo.
No mercado interno, a produção industrial brasileira acumulou queda de
2,7% em 2012. Em dezembro do ano passado ante mesmo período em 2011 houve recuo
de 3,6% e em relação a novembro de 2012, o indicador permaneceu estagnado,
após recuar 1,3% em novembro e avançar 0,6% em outubro.
O resultado veio praticamente em linha com as estimavas do mercado, que
projetava uma retração de 2,8% no ano passado, segundo a mediana das
projeções do Termômetro CMA, pesquisa feita pela Agência CMA. Na
comparação mensal, no entanto, a queda foi menor que o projetado pelo mercado,
que esperava retração de 4,70% na produção em dezembro.
Neste cenário, o contrato mais líquido, com vencimento em janeiro de 2015,
avançou de 7,94% para 7,98%, com giro de R$ 30,837 bilhões, seguido do
contrato para janeiro de 2014, que saiu de 7,21% para 7,26%, movimentando
R$ 18,447 bilhões. Entre os contratos com vencimento no curto prazo, aquele
para julho de 2013 registrou alta de 7,05% para 7,08%, girando R$ 14,937
bilhões.
O número de contratos negociados hoje atingiu 1.054.937, alta de 21% em
relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das
operações atingiu R$ 90,217 bilhões.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje praticamente estável,
com leve queda de 0,05%, cotado a R$ 1,9870 para compra e R$ 1,9890 para venda.
Durante o dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 1,9800 e a máxima de R$
1,9930. Na semana, a divisa acumulou recuo de 1,9%.
No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em
março de 2013 fechou em baixa de 0,15%, cotado a R$ 1.995,000, e o contrato com
vencimento em abril de 2013 subiu 0,07%, para R$ 2.004,500.
"O dólar está testando patamar próximo de R$ 2 e olhando muito o fluxo
de notícias, com o Guido Mantega [ministro da Fazenda] dizendo que não houve
mudança de patamar da moeda", avalia Serrano, que prevê noticiário do final
de semana como maior influência para a abertura das negociações de câmbio na
segunda-feira.
Bovespa pega carona em dados americanos e fecha em alta
SÃO PAULO - O Ibovespa aproveitou a carona de indicadores econômicos dos
Estados Unidos e fechou em alta consistente nesta sexta-feira, recuperando com
folga os 60 mil pontos. O principal índice da Bovespa fechou em alta de 0,99%,
para 60.351 pontos, com volume financeiro de R$ 7,195 bilhões. Na semana, o
índice caiu 1,33%.
O primeiro indicador a consolidar o bom humor dos investidores foi o relatório
de janeiro sobre o mercado de trabalho americano. Depois saíram, nos EUA,
gastos com construção de dezembro (alta de 0,9%, ante previsão de avanço de
0,6%) e o índice ISM de atividade industrial (53,1 em janeiro, ante expectativa
de 51).
Pedro Quaresma, sócio da STK Capital, afirma que o ganho do Ibovespa reagiu
aos números dos EUA. "A criação de vagas em janeiro ficou abaixo do esperado,
mas os números de dezembro foram revisados para cima, bem como os dados de todo
o ano de 2012", afirma.
Ele diz ainda que o mercado segue em alta firme, sustentado também pelo índice
dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China, medido pelo HSBC,
que avançou para 52,3 em janeiro, o maior nível em dois anos.
Entre as ações mais negociadas, os papéis ligados a commodities subiram,
inclusive OGX, que se recupera do tombo de ontem e fechou com ganho de 1,21%.
Vale PNA teve alta de 1,29% e Petrobras PN avançou 2,1%. As ações de bancos
caíram: Bradesco PN caiu 0,49% e Itaú PN recuou 0,52%.
Pouco antes do fechamento em Wall Street, os índices acionários têm ganhos
consistentes: o Dow Jones sobe 1,03%, o S&P valoriza 0,93% e o Nasdaq ganha
1,15%.
PERSPECTIVA SEMANAL: Petrobras, EUA e Europa vão ditar ritmo do Ibovespa
São Paulo, 1 de fevereiro de 2013 - Os pregões da próxima semana na
BM&FBovespa devem refletir a avaliação dos investidores sobre o resultado
financeiro da Petrobras, que será divulgado após o fechamento do mercado na
segunda-feira, e os indicadores de índice dos gerentes de compras (PMI, na
sigla em inglês) referentes ao setor de serviços nos Estados Unidos, China e
Europa. O mercado também estará atento às negociações no território
norte-americano para elevar o teto da dívida do País, que será implementado
no início de março, e, sobretudo, às projeções que serão feitas para a
economia da União Europeia durante a reunião do Conselho Europeu.
As expectativas dos analistas com o balanço da Petrobras sinalizam
preocupação devido ao impacto decorrente do aumento nas importações de
derivados de petróleo para atender a demanda interna e o recuo da produção ao
longo do ano provocada por paradas programadas. Segundo a média das
projeções coletadas pela Agência CMA, a petrolífera terminará 2012 com
queda de 35,6% no lucro, somando R$ 21,450 bilhões.
Outros resultados financeiros esperados pelo mercado são os do Itaú
Unibanco, que será divulgado antes da abertura do pregão de terça-feira,
reforçando as chances de volatilidade devido ao impacto dos números informados
na noite anterior pela Petrobras, e no mesmo dia à noite a operadora de
telefonia TIM apresenta seus númeors. Na quarta-feira serão apresentados
outros balanços do setor de agronegócios, financeiro e consumo, representados
por Cielo, Natura, Cosan e São Martinho, todos após o encerramento das
negociações na BM&FBovespa.
Na agenda econômica internacional, os destaques serão para o índice do
Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em inglês) da área de serviço
nos Estados Unidos; na Europa serão informados os PMIs do mesmo setor. "Este
será um indicador importante para o mercado norte-americano, mas na zona do
euro, ele terá influência menor, pois não deverá haver uma mudança
drástica nos números", afirma Andre Perfeito, economista-chefe da Gradual
Investimentos.
Segundo Mauro Schneider, economista-chefe da CGD Securities, o cenário nos
Estados Unidos seguirá influenciado pelo crescente ceticismo em relação à
capacidade de Democratas e Republicanos evitarem o corte automático de despesas
do orçamento federal, que acontecerá em março. A expectativa do especialista
para os dados da próxima semana é boa, pois a maioria dos indicadores
econômicos ao redor do globo tem ajudado a sustentar o aumento do apetite por
risco, mostrando melhora na atividade neste ano em relação a 2012.
Ainda na Europa, será decidida a taxa básica de juros na eurozona pelo
Banco Central Europeu (BCE), o que para o economista-chefe da Gradual será a
oportunidade de analisar o relatório com a decisão da autoridade monetária e
verificar as perspectiva para a economia do bloco. "Não deverá ocorrer
mudanças, mas nas entrelinhas terão informações importantes sobre como está
a situação na eurozona e as perspectivas futuras."
Por fim, no Brasil, o destaque entre os indicadores será o Indice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira, que influenciará as taxas dos
contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI). Para André Perfeito, da
Gradual, a preocupação será mais forte, pois ao que tudo indica a inflação
deverá romper o patamar dos 6%. A taxa anualizada projetada pela corretora é
de 6,09%, sendo que o indicador anterior ficou em 5,84%. A variação mensal
deverá alcançar 0,80% ante 0,79% contabilizado no último levantamento.
PERSPECTIVA: Balanço da Petrobras pressionará Ibovespa na segunda-feira
São Paulo, 1 de fevereiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, será pressionado na segunda-feira (4) pela divulgação dos
resultados financeiros do quarto trimestre de 2012 da Petrobras. Apesar de a
companhia divulgar o balanço após o fechamento do mercado, Ari Santos, gerente
da mesa de operações da H. Commcor, acredita que os investidores passarão o
dia tentando antecipar alguma coisa, montando posicionamentos que irão
influenciar diretamente no mercado.
"Acho que o mercado vai ficar focado no balanço da Petrobras, com apostas
que refletirão no Ibovespa. Mas acredito que o mercado seguira em alta, ajudado
pelos dados positivos que têm saído nas economias externas", afirmou Santos,
que disse ainda que está preocupado com as altas recentes da bolsa
norte-americana Dow Jones. "Tem subido bastante e parece que está no momento
da realização. Sabemos que quando o Dow Jones sobe o Ibovespa também sobre e
quando cai o movimento é o mesmo", disse.
Para outro especialista de mercado, que prefere não ter o nome revelado, o
mercado seguirá mesmo sendo influenciado por investidores se posicionando antes
da divulgação do balanço da Petrobras. "A ação da Petrobras sofreu muito
ultimamente com os rumores sobre o aumento do preço do combustível. O mercado
entendeu também que o reajuste ficou bem abaixo do esperado, podendo prejudicar
os resultados futuros da companhia", destacou o especialista.
Sobre a agenda de indicadores econômicos de segunda-feira no Brasil e no
mundo, Santos disse que não teremos nada relevante que possa mexer diretamente
com o Ibovespa. Na noite de segunda-feira, será divulgado o índice dos
gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da China
referente a janeiro, que será informado pelo instituto Markit Economics e pelo
HSBC. Em dezembro, o índice caiu para 51,7 pontos. "Esse dado é importante,
mas terá mais reflexo no mercado acionário na terça-feira [5]", afirmou
Santos.
O Ibovespa encerrou o pregão de hoje com alta de 0,99% aos 60.351 pontos. O
volume financeiro do mercado foi de R$ 7,204 bilhões. No mercado futuro, o
contrato de Ibovespa com vencimento para fevereiro deste ano encerrou o pregão
com avanço de 0,72% aos 60.375 pontos.
Entre as ações mais negociados do mercado, o papel PNA da Vale (VALE5)
movimentou R$ 674,3 milhões, enquanto o papel preferencial da Petrobras (PETR4)
apresentou giro financeiro de R$ 476,1 milhões e o papel preferencial do Itaú
Unibanco (ITUB4) teve volume de R$ 209,1 milhões. O papel da Vale subiu 1,39%
a R$ 39,24, enquanto o da Petrobras valorizou 1,88% a R$ 18,42 e o do Itaú
Unibanco retraiu 0,46% a R$ 34,17.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta foi apresentada
pela ordinária da Brookfield (BISA3), com ganho de 7,10% a R$ 3,62, enquanto a
ação ON da MMX Mineração (MMXM3) avançou 5,01% a R$ 3,56 e a ação
ordinária da BR Malls (BRML3) valorizou 3,91% a R$ 26,79. Entre as maiores
quedas, a ação ON da BRF Foods (BRFS3) cedeu 2,69% a R$ 42,56, o papel ON da
JBS (JBSS3) recuou 2,22% a R$ 7,46 e a ação ON da Souza Cruz (CRUZ3)
desvalorizou 1,88% a R$ 32,33.
MERCADO EUA: Dow Jones fecha acima de 14 mil após dados de desemprego
São Paulo, 1 de fevereiro de 2013 - Os dados positivos sobre o mercado de
trabalho e o setor industrial dos Estados Unidos divulgados hoje impulsionaram
os índices acionários, que fecharam com ganhos acentuados. O índice Dow Jones
subiu 1,08%, em 14.009,79 pontos, superando os 14 mil pontos pela primeira vez
desde outubro de 2007. O S&P 500 avançou 1%, em 1.513,17 pontos, e está no
maior nivel desde 10 de dezembro de 2007, e o Nasdaq Composto ganhou 1,18%, em
3.179,10 pontos. Na semana, também foi acumulada alta: o Dow Jones subiu 0,81%,
o S&P 500 subiu 0,67%, e o Nasdaq Composto ganhou 0,93%.
A última vez que o Dow Jones fechou acima de 14 mil pontos foi no dia 12 de
outubro de 2007, quando ficou em 14.093,08 pontos. O índice também está
perto de seu fechamento recorde - 14.164,53 pontos, atingido em 9 de outubro de
2007 - e do recorde histórico de 14.198,10 pontos, registrado em 11 de outubro
daquele ano.
Os ganhos refletiram, em especial, os dados de desemprego dos Estados Unidos
informados hoje pelo Departamento do Trabalho. Segundo o relatório, a economia
do país gerou 157 mil empregos em janeiro e a taxa de desemprego subiu para
7,9% durante o período. Apesar da taxa ter ficado abaixo do esperado por
analistas, que previam a criação de 165 mil vagas e uma taxa de desemprego de
7,7%, os dados dos últimos meses foram revisados, indicando uma média mensal
de aproximadamente 200 mil empregos criados nos últimos três meses, número
considerado necessário para redução do desemprego de modo sustentável. O
último relatório indicava o desemprego estável em 7,8%, com a criação de
155 mil novas vagas. Os dados revisados mostram a criação de 196 mil postos de
trabalho em dezembro.
Segundo a consultoria Capital Economics, a aceleração recente no ritmo de
criação de empregos no país foi vista positivamente pelos agentes de mercado,
influenciando nos ganhos do dia. Já a alta da taxa de desemprego para 7,9%
também teve seu lado positivo, pois assegura que o Federal Reserve (Fed, banco
central norte-americano) não vai interromper agora o seu programa de compra de
ativos financeiros, pois não vai avaliar que houve melhora suficiente no
mercado de trabalho para isso.
Também foi informado que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla
em inglês) sobre a atividade do setor industrial dos Estados Unidos subiu para
55,8 pontos em janeiro, de 54,0 pontos em dezembro, de acordo com a leitura
final divulgada pelo instituto de pesquisas Markit Economics. Leituras acima de
50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores indicam
contração.
Ainda no campo de indicadores, outro índice que superou as projeções de
analistas foi o índice do Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em
inglês) que mede a atividade do segmento industrial nos Estados Unidos, que
subiu para 53,1 pontos em janeiro, de 50,2 pontos em dezembro. Toda leitura
abaixo de 50 pontos mostra contração, enquanto acima de 50 pontos indica
expansão da atividade. Analistas esperavam que o índice subisse para 50,5
pontos em janeiro.
Indice da Bolsa americana fecha acima de 14 mil pontos pela 1ª vez desde 2007
São Paulo, SP (FolhaNews) - As ações norte-americanas avançaram para máximas em
cinco anos nesta sexta-feira, com o índice Dow Jones fechando acima de 14.000
pontos pela primeira vez desde outubro de 2007, após dados sobre emprego e
atividade industrial mostrarem que a recuperação da economia continua em
andamento.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,08%, para
14.009 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,01%, para
1.513 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,18%, para 3.179 pontos.
Na semana, o Dow Jones acumulou alta de 0,8%, o S&P 500 teve valorização de
0,7% e o Nasdaq avançou 0,9%.
O S&P 500 tocou sua máxima desde dezembro 2007 após avançar 5 por cento em
janeiro, seu melhor início de ano desde 1997. O índice está agora a apenas 60
pontos de sua máxima intradia histórica de 1.576 pontos.
O emprego registrou crescimento modesto em janeiro nos EUA, com a criação de
157 mil postos de trabalho, levemente abaixo das expectativas. Mas revisões do
Departamento de Trabalho mostraram que mais 127 mil postos de emprego foram
gerados em novembro e dezembro do que o anunciado anteriormente.
Outros dados nesta sexta-feira também sugeriram que a recuperação está intacta,
com a atividade industrial atingindo uma máxima de nove meses em janeiro com
forte crescimento das novas encomendas. A confiança do consumidor melhorou.
Analistas atribuíram parte da boa performance do mercado até agora no ano a um
forte fluxo de dinheiro ao mercado acionário.
Investidores despejaram US$ 12,7 bilhões em fundos mútuos acionários e fundos
negociados em bolsa baseados nos EUA na semana passada, encerrando a série de
quatro semanas de fluxos mais fortes para ações desde 1996, mostraram dados na
terça-feira.
"Há muito dinheiro buscando um destino e as pessoas estão finalmente decidindo
que o mercado de bônus acabou, transferindo dinheiro para ações", avaliou o
diretor de operações e sócio do HighTower, Edward Simmons.
"Eu vejo a rotatividade (de ativos) elevando o mercado frente às quantidades
menores de boas notícias", disse. "As pessoas estão ignorando o maior risco das
ações", completou.
Déficit da balança comercial em janeiro é expressivo, diz secretária do MDIC
Brasília - A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, admitiu que o saldo
negativo de US$ 4,035 bilhões da balança comercial em janeiro "é um déficit
expressivo". Ela afirmou que pode haver novos resultados deficitários em
fevereiro e março em função de importações feitas no ano passado que ainda não
foram processadas. Para os meses seguintes, no entanto, o governo espera
superávit e mantém a expectativa de exportações elevadas e saldo positivo em
2013. O MDIC divulgou hoje (1) o resultado da balança no primeiro mês do ano,
que é o pior desde o início da série histórica em 1993.
Apesar de reconhecer a expressividade do déficit de janeiro, Tatiana Prazeres
afirmou que a balança está em um momento mais favorável do que em anos
anteriores. Ela apresentou números do ministério mostrando que o saldo negativo
de janeiro representou 25,3% das exportações brasileiras. Em dezembro de 1996,
quando a balança ficou deficitária em US$ 1,7 bilhão e teve o segundo pior
resultado mensal da série histórica, esse volume representava 47,2% das vendas
externas. "O comércio exterior do Brasil cresceu muito nos últimos tempos.
Nossas exportações continuam elevadas", disse a secretária.
As exportações brasileiras ficaram em US$ 15,968 bilhões em janeiro e as
importações em US$ 20,003 bilhões. O volume importado foi o maior para o mês
desde o início da série histórica. As exportações foram impactadas, entre
outros fatores, pela queda na venda de petróleo para o exterior. Houve retração
no comércio com parceiros que consomem o produto vindo do Brasil, como Estados
Unidos e China. De acordo com Tatiana Prazeres, a redução deve-se ao maior
consumo interno. "Há uma demanda pelo processamento do petróleo no país e isso
tem reduzido as vendas", disse.
A secretária de Comércio Exterior explicou que um dos motivos do volume
expressivo das importações, que cresceram 14,6% ante janeiro do ano passado,
está relacionado à publicação da Instrução Normativa 1.282 da Receita Federal.
Editada em julho do ano passado, ela tornou mais demorado o processo de
importações de cargas a granel e isso se refletiu nas compras brasileiras de
combustíveis. Por isso, há um estoque do produto cuja aquisição não foi
compensada e que ainda deve impactar no resultado da balança. "Há ainda um
volume considerável que refletirá nos meses de fevereiro e março. São US$ 2,9
bilhões, segundo a Petrobras." Ela destacou, no entanto, que mesmo sem o
estoque reprimido de combustível as importações teriam sido recorde no mês de
janeiro. Segundo projeção do MDIC, teria havido crescimento de 5,5% na média
diária de compras em lugar dos 14,6% registrados.
De acordo com a secretária, o MDIC continuará a não estabelecer uma meta de
exportações para 2013. "Esperamos manter o patamar elevado [de exportações] dos
últimos dois anos, mas não atribuíremos um número", declarou.

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