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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Café sobe e atinge melhor nível desde 29 de novembro na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com altas, com o mercado voltando a demonstrar consistência, permitindo, assim, que a posição março conseguisse se posicionar acima do nível psicológico de 155,00 centavos de dólar por peso. Com o desempenho do dia, o café atingiu seu melhor nível de preços desde 29 de novembro do ano passado.
Os bears (baixistas) mostram-se comedidos e já não ofertam de maneira incisiva como ocorria até o final do ano passado. Essa pressão menor, somada às constantes coberturas de posições short por parte dos especuladores, permite uma recuperação de preços. Essas altas, no entanto, não ocorrem de maneira explosiva, com stops intensos, mas de forma escalonada, o que, para alguns operadores, é um bom indicativo de força. Em algumas escalas gráficas a tendência baixista já não se mostra efetiva, ao menos no curto prazo, com uma mudança de um padrão que já perdurava por um tempo considerável. No entanto, operadores ressaltam que no longo prazo a leitura baixista ainda continua a ser registrada e, portanto, não é possível ainda falar de um novo ciclo para os preços do grão.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 250 pontos, com 155,50 centavos, sendo a máxima em 156,50 e a mínima em 152,40 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 250 pontos, com a libra a 158,30 centavos, sendo a máxima em 159,15 e a mínima em 155,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 9 dólares, com 1.978 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 9 dólares, com 1.989 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, parte dos ganhos do dia pode ser creditada aos mercados externos. O dólar teve retração ante várias moedas internacionais, o que abriu espaço para que alguns operadores se mostrassem mais abertos a operações de maior risco, como é o caso das commodities, com bons ganhos sendo reportados para o café, petróleo, ouro e alguns softs.
"Estamos observando um aumento considerável nas coberturas de posições short e elas estão permitindo fazer com que tenhamos alguns ganhos. Algumas resistências estão sendo vencidas passo a passo, o que mostra que a atividade compradora é escalonada, não vindo na esteira de um 'ataque' de tendência, o que poderia suscitar um 'contra-ataque' vendedor imediato. A primeira resistência significativa para o março está no nível de 156,40 centavos por libra", disse um trader.
A comercialização da safra de café do Brasil de 2012/2013 fechou o mês de dezembro em 60%, segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, com base em informações compiladas até 31 de dezembro. Em igual período do ano passado, 76% da safra 2011/2012 estava comercializada. Segundo a empresa, foram comercializadas até a data 33,20 milhões de sacas, tomando-se por base a estimativa de Safras & Mercado de uma safra de café brasileira de 54,9 milhões de sacas.
As exportações de café do Brasil em janeiro, até o dia 16, somaram 759.374 sacas, contra 726.437 sacas registradas no mesmo período de dezembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.224 sacas, indo para 2.602.142 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 26.698 lotes, com as opções tendo 10.145 calls e 3.417 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 156,50, 157,00, 157,50, 158,00, 158,50, 159,00, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,50, 162,00, 162,50 e 163,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 152,40, 152,00, 151,50, 151,00, 150,80, 150,50, 150,10-150,00, 149,50, 149,00, 148,85, 148,50, 148,00, 147,75, 147,00, 146,50, 146,00-145,95 e 145,65 centavos por libra.
Londres mantém ritmo e volta a registrar alta para café
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com ligeiras altas, em uma sessão caracterizada por um volume comercializado dentro da média atual da bolsa britânica e com a manutenção de intervalos. A máxima da sessão ficou em 1.988 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por pouca volatilidade — o março flutuou apenas 21 dólares ao longo de todo pregão —, com a predominância de compras especulativas, ao passo que as origens continuam a se mostrar consideravelmente reticentes. Apesar dos avanços, a resistência psicológica de 2.000 dólares continua sem ser testada. "Ao longo de toda esta semana tivemos sessões marcadas por um mesmo compasso. Manutenção de alguns intervalos e o não rompimento de resistências mais relevantes e também a fraqueza para se testar alguns suportes mais básicos. Aos poucos, os asiáticos voltam ao mercado, mas continuam a se mostrar reticentes", disse um trader.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 8,86 mil lotes, com o maio tendo 2,44 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 11 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve alta de 9 dólares, com 1.978 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 9 dólares, com 1.989 dólares por tonelada.
Dólar cai puxado por cenário externo e sinalização do BC
SÃO PAULO - O dólar comercial fechou em queda, na mínima do dia, após pregão
marcado pelas pequenas oscilações entre leves altas e baixas. A retração da
moeda veio na esteira do bom humor que se instalou no mercado após a divulgação
de dados melhores que o esperado nos Estados Unidos, do sucesso de um leilão de
dívida na Espanha e com a sinalização do Banco Central do Brasil de que está
mais preocupado com a inflação.
A moeda americana fechou em queda de 0,20%, a R$ 2,040. Na máxima, a moeda
chegou a ser cotada a R$ 2,047, fruto de fluxo pontual, segundo operadores. Na
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de dólar futuro para
fevereiro recuou 0,21%, a R$ 2,0435.
A nota com a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC,
que manteve em 7,25% ao ano a taxa Selic, reforçou a percepção do mercado que o
câmbio será utilizado como ferramenta para conter pressões inflacionárias.
Para Felipe Pellegrini, gerente de operações do Banco Confidence, essa
sinalização, aliada à expectativa de melhora no fluxo cambial nos próximos
meses, aponta que o dólar pode chegar a testar o nível de R$ 1,90 até o fim do
ano. Ainda assim, Pellegrini alertou que, "como a crise lá fora ainda não
passou, embora tenha dado uma amenizada, esse movimento pode não se sustentar."
Segundo Octavio Vaz, sócio da Aquila Asset Management, o uso do câmbio como
arma contra a inflação pelo BC pode não ter o resultado que se espera. Para
ele, o patamar atual do dólar, entre R$ 2,00 e R$ 2,05, já seria um preço
justo, dado o novo ambiente econômico do país, com perspectiva de crescimento
fraco, inflação em alta e juros mais baixos.
"Mesmo se o BC disser que não vai entrar para sustentar o dólar, que vai deixar
o câmbio flutuar mais livre, isso não significa que ele cairá. Não há fluxo
para sustentar isso", disse o economista. Segundo ele, o preço justo para o
câmbio, dado o cenário atual, já está naturalmente acima de R$ 2.
A posição técnica do mercado, porém, pode pressionar o câmbio nesse início de
ano, segundo operadores. Com posição vendida (ganha com a queda do dólar) de
cerca de US$ 5,8 bilhões no mercado de dólar à vista, tentativas para reduzir
essa exposição à moeda americana pode alimentar uma onda mais forte de
valorização do dólar.
Exatamente como ocorreu em novembro, quando as condições do mercado eram
semelhantes. Na época, o dólar avançou 5% e atingiu, no fim do mês, a máxima em
três anos e meio, R$ 2,131. Apenas as pesadas intervenções do governo e do BC
no câmbio em dezembro foram capazes, no última semana do ano, de trazer o dólar
de volta ao patamar em que era cotado antes de novembro.
Na Europa, a Espanha conseguiu colocar todos os títulos soberanos oferecidos em
leilão, registrando quedas nas taxas obtidas e reduzindo o custo do serviço da
dívida do país. Nos EUA, as construções de novas moradias aumentaram 12,1% em
dezembro, quase quatro vezes mais que a expansão esperada pelo mercado, de
3,4%. O país também registrou um recuo de 37 mil nos pedidos semanais de seguro
desemprego, para 335 mil, o menor nível desde janeiro de 2008.
O Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta de seis
moedas, caía 0,17%, a 79,67 pontos, enquanto o euro, principal componente dessa
cesta, subia 0,65%, a US$ 1,337.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Mercado abre amanhã reagindo a dados de China
São Paulo, 17 de janeiro de 2013 - A oscilação da cotação do dólar
comercial e dos contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) deve ser
definida, amanhã, pelos dados da economia chinesa, que serão divulgados às 0h
desta sexta-feira (horário de Brasília), segundo Mauricio Nakahodo, consultor
de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi.
"O principal fator é o crescimento da economia chinesa. O mercado está
estimando uma alta de 7,8% no PIB chinês do quarto trimestre. Se vier em linha,
ou acima a tendência é de que o otimismo se reflita na curva de juros",
aponta Nakahodo. "O que pode ainda contrabalancear um otimismo é o índice de
confiança do consumidor da Universidade de Michigan", observa o consultor.
O departamento nacional de estatísticas da China deve divulgar à 0h dados
sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. Além desse número, o
departamento também divulga a produção industrial e vendas no varejo de
dezembro.
Nos Estados Unidos, a Universidade de Michigan e a Thomson Reuters informam,
às 12h55, a leitura preliminar do índice de confiança do consumidor de
janeiro. Em dezembro, foi registrada queda para 72,9 pontos. Analistas esperam
leitura de 75,9 pontos.
Hoje o dólar comercial encerrou as negociações de hoje com queda de
0,19%, a R$ 2,0380 para compra e R$ 2,0400 para venda, mínima do dia, após
atingir a máxima de R$ 2,0470. No mercado futuro, o contrato com vencimento em
fevereiro de 2013 caiu 0,21%, a R$ 2.043,500.
A melhora do cenário externo puxou o movimento de queda do dólar. "As
bolsas fecharam em alta, influenciadas principalmente pela divulgação do
número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, caindo acima do
esperado", explica o consultor.
O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em
37 mil na semana encerrada no dia 12 janeiro, para 335 mil, após ter registrado
372 mil na semana anterior, de acordo com número revisado.
Juros
Os contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) encerraram as
negociações de hoje na BM&FBovespa em alta, refletindo a decisão do Comitê
de Política Monetária (Copom), sobre a nova Selic (taxa básica de juros)
ontem à noite.
"Embora a taxa tenha ficado estável em 7,25% ao ano, o comunicado do Copom
manifestou preocupação com a inflação de curto prazo e essa expectativa de
piora na inflação influenciou a alta dos DIs hoje, com o BC dando, desta vez,
mais ênfase à inflação que à atividade econômica", diz Nakahodo.
O contrato mais líquido, com vencimento em janeiro de 2014, subiu de 7,15%
para 7,20%, movimentando R$ 40,341 bilhões. O DI para janeiro de 2015 avançou
de 7,76% para 7,87%, com giro de R$ 34, 101 bilhões, seguido do DI para janeiro
de 2017, passando de 8,52% para 8,68%. Entre os contratos com vencimento no
curto prazo, o DI para julho de 2013 subiu de 7,07% para 7,08% (R4 11,719
bilhões) e o para abril de 2013 encerrou estável em 7,03% (R4 5,040 bilhões).
Nos contratos de longo e médio prazos ainda se destacavam o DI para julho
de 2014, subindo de 7,37% para 7,48% (R$ 10,128 bilhões) e o para janeiro de
2016, passando de 8,24% para 8,39% (R$ 5,654 bilhões). O número de contratos
negociados atingiu 1.686.940, alta de 56,20% em relação aos negócios
realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das operações atingiu R$
146,418 bilhões.
Bovespa sobe com decisão do Copom e dados positivos dos EUA
São Paulo, SP - A Bovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (17)
em alta, com investidores repercutindo a decisão de ontem do BC de manter a
taxa Selic em 7,25% ao ano e acompanhando o movimento dos principais mercados
internacionais após dados positivos de emprego e moradia nos Estados Unidos
renovar o apetite de investidores por risco.
Principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,66%, a 62.194
pontos, impulsionado por ações de bancos e de fabricantes de a limentos. O giro
financeiro do pregão foi de R$ 6, 74 bilhões.
O setor bancário foi a principal influência positiva para o indicador, com
destaque positivo para Itaú Unibanco e Bradesco, que subiram 1,7% e 1,65%,
respectivamente.
Empresas de alimentos mostraram forte avanço na sessão, com destaque para
Marfrig, que saltou 7,1% após a companhia informar, na véspera, que captou US$
600 milhões em bônus com vencimento em julho de 2017.
Em sentido contrário, CSN perdeu 3,7% após o jornal "Wall Street Journal"
publicar que a siderúrgica fazer uma oferta de US$ 3,8 bilhões por ativos da
ThyssenKrupp nos Estados Unidos e no Brasil.
Entre as "blue chips" (ações mais negociadas na Bolsa), a preferencial da Vale
teve alta de 0,18%, a R$ 39,75 reais e a da Petrobras caiu 0,66%, a R$ 19,71. A
ordinária da OGX teve baixa de 4,04%, a R$ 4,99.
NO EXTERIOR
O recuo no número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA para a mínima
em cinco anos animou investidores, que também reagiram bem ao avanço nas
construções de moradias no país em dezembro.
"No geral, os últimos números da economia americana têm surpreendido
positivamente e isso está ajudando o mercado", disse o analista João Pedro
Brugger, da Leme Investimentos, em Florianópolis.
Segundo ele, a diminuição das incertezas relacionadas à zona do euro contribuía
para o avanço do mercado. Na visão do BCE (Banco Central Europeu), alguns
indicadores mostram que a economia da região está se estabilizando.
Mais cedo, um leilão bem-sucedido de títulos da Espanha a um custo menor
sinalizou crescente confiança de investidores com as perspectivas para
recuperação da zona do euro.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,85% e o S&P 500 tinha alta de 0,79%
às 17h48 (horário de Brasília). Mais cedo, o principal índice europeu de ações
fechou com valorização de 0,48%.
PERSPECTIVA: Ibovespa seguirá em alta com dados sobre a economia da China
São Paulo, 17 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, será impactado amanhã basicamente por dados da China. Com isso, o
mercado acionário brasileiro deve seguir em alta, já que os analistas
acreditam que os dados virão em linha com o esperado. Outro ponto que pode
influenciar, mas com um peso menor, é a temporada de balanços financeiros no
mercado norte-americano.
Na China, o departamento nacional de estatísticas deve divulgar dados sobre
o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2012, seguido pelas
divulgações dos dados sobre a produção industrial em dezembro. Em novembro,
houve aumento de 10,1% em termos anuais e pelos dados sobre as vendas no varejo
em dezembro. Em novembro, houve aumento de 14,9% em termos anuais e de 1,47% em
base mensal.
"Certamente o PIB da China vai mexer com o mercado, principalmente com os
papéis da Vale e da Petrobras. No caso da Petrobras é um pouco menor a
influência, mas sempre acaba refletindo por se tratar de commodity", afirmou
Rafael Castro, operador da H. Commcor, que disse ainda que o PIB deve ficar em
linha com o esperado pelos analistas e que isso seria considerado como positivo
para o mercado.
Sandro Fernandes, operador da Corval Corretora, também destacou os dados
que serão divulgados pela China, em especial o PIB, e acrescentou ainda que os
resultados financeiros de companhias norte-americanas podem mexer com o mercado
amanhã. "O mercado ainda trabalha com os dados de balanços nos Estados
Unidos. Precisamos de notícias positivas, pois o mercado anda muito travado
ultimamente. Não sei se teremos grande movimentação amanhã, pois na
segunda-feira teremos vencimentos de ações sobre ações", disse Fernandes.
Hoje o Ibovespa encerrou com alta de 0,66% aos 62.194 pontos. O volume
financeiro do mercado foi de R$ 6,690 bilhões. No segmento futuro, o contrato
de Ibovespa com vencimento para fevereiro de 2013 valorizou 0,97% aos 62.505
pontos.
Entre as maiores altas do Ibovespa, a ação ordinária da Marfrig (MRFG3)
encerrou com elevação de 7,11% a R$ 9,64, enquanto a ação ON da JBS (JBSS3)
avançou 6,71% a R$ 6,83 e o papel ON da B2W Varejo (BTOW3) subiu 6,24% a
R$ 16,85. Entre as maiores quedas, a ação ordinária da OGX Petróleo (OGXP3)
desvalorizou 4,03% a R$ 4,99%, enquanto o papel ON da CSN (CSNA3) recuou 3,69% a
R$ 11,98 e o papel preferencial da Companhia de Transmissão de Energia
Elétrica Paulista (CTEEP) (TRPL4) retraiu 2,91% a R$ 33,64.
Entre as ações mais negociadas do pregão, o papel PNA da Vale (VALE5)
movimentou R$ 504,5 milhões, enquanto o papel preferencial da Petrobras (PETR4)
teve volume financeiro de R$ 328,4 milhões e a ação ON da OGX Petróleo
girou R$ 266,4 milhões. O papel da Vale subiu 0,17% a R$ 39,75 e o da Petrobras
cedeu 0,65% a R$ 19,71.
MERCADO EUA: Indices fecham em alta impulsionados por indicadores
São Paulo, 17 de janeiro de 2013 - Os índices do mercado de ações dos
Estados Unidos encerraram as negociações dessa quinta-feira em alta,
impulsionados por indicadores econômicos que mostraram melhora no setor
imobiliário e no mercado de trabalho, e também por resultados corporativos. O
Dow Jones subiu 0,63%, em 13.596,02 pontos; o S&P 500 ganhou 0,56%, em 1.480,94
pontos; e o Nasdaq Composto avançou 0,59%, em 3.136,00 pontos.
As construções de imóveis residenciais nos Estados Unidos subiram 12,1%
em dezembro na comparação mensal, para 954 mil residências, de acordo com
dados anualizados divulgados hoje pelo Departamento de Comércio do país. Já
as permissões para novas construções, um indicativo da atividade do setor nos
próximos meses, somaram 903 mil unidades em dezembro, registrando uma alta de
0,3% na comparação com novembro, quando atingiram 900 mil unidades (dados
revisados), já descontados os fatores sazonais.
Economistas previam que as construções de imóveis atingissem 889 mil
unidades em dezembro, ante o número inicialmente reportado de 861 mil em
novembro. A estimativa para as permissões de construção estava em 905 mil,
ante as 899 mil originalmente divulgadas para novembro.
O Departamento do Trabalho informou hoje que o número de novos pedidos de
seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em 37 mil na semana encerrada no dia
12 janeiro, para 335 mil, após ter registrado 372 mil na semana anterior, de
acordo com número revisado. O resultado foi melhor que o esperado por
analistas, que previam a queda para 370 mil pedidos.
No campo corporativo, as ações da operadora de saúde UnitedHealth
fecharam em alta de 1,38% hoje, depois que a companhia informou um resultado
melhor que o esperado. A empresa teve lucro líquido de US$ 1,244 bilhão no
quarto trimestre do ano passado, queda de 1,1% na comparação anual. A receita,
por sua vez, subiu 11% no período, para US$ 28,769 bilhões. A UnitedHealth
informou ainda que espera obter no acumulado de 2013 um lucro por ação entre
US$ 5,25 e US$ 5,50 e uma receita no intervalo de US$ 123 bilhões e US$ 124
bilhões.
As ações do fundo de investimentos BlackRock dispararam 4,39% hoje, depois
que a companhia informou que obteve lucro líquido atribuível de US$ 690
milhões no quarto trimestre de 2012, representando um crescimento de 24% em
relação ao mesmo período de 2011. No acumulado de 2012, o lucro da BlackRock
cresceu 5,2% em relação aos mesmos 12 meses do ano anterior, para US$ 2,458
bilhões (US$ 13,79 por papel).
Renda com café despenca quase 30% ao longo de 2012
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) acaba de divulgar o Índice de Preços Recebidos (IPR), referente à venda dos produtos agrícolas, e o Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, no Sul de Minas Gerais, no mês de dezembro de 2012. O resultado apresenta IPP em baixa de -0,051 % e queda do IPR de -0,918%. Para o IPR, destaca-se o café, com queda de -3,66%, e as hortaliças, que apresentaram, em média, queda de -7,94%. O grupo dos grãos apresentou alta de 5,39%. No ano de 2012, o IPR foi positivo na média para os produtores, com alta de 2,16%, enquanto o IPP obteve queda de -1,09%, o que representa um aumento da renda média do produtor rural nesse ano. Porém, de acordo com o professor Renato Fontes, coordenador do índice, apesar do aumento médio geral da renda do produtor, não se pode considerar satisfatório este aumento quando levado em consideração a inflação do período. “Na verdade, o produtor perdeu renda efetivamente. Alguns produtores que exploram somente uma atividade, como os cafeicultores, tiveram sua renda reduzida em aproximadamente 30%, onde o preço da saca do café saiu de aproximadamente R$ 500,00 em janeiro, para o preço de R$ 345,00 em dezembro”, justifica. Considerando o IPR, a alta do grupo milho, feijão e arroz (5,39%) é reflexo dos recordes de exportação pelo milho neste ano e uma produção instável do feijão, que teve preços bem atrativos. Além disso, o preço do feijão apresentou, em dezembro, alta de 19,33% e o arroz teve alta de 4,85%, justificadas por fatores climáticos que atingiram a produção, pelo crescimento da demanda interna e pelo aumento dos preços no mercado externo (que se justifica pela elevação da cotação do dólar). O grupo das hortaliças também mereceu destaque. A queda dos preços do alho (-4,44%), da batata fiúza (-16,28%), da berinjela (-17,27), do pimentão (-36,13%) e do quiabo (-4,69) colaboraram com a baixa do IPR. A queda dos preços ocorre devido às condições climáticas satisfatórias, uma menor demanda neste período por causa da migração do consumo para outros produtos agrícolas. No caso do alho, a queda do preço é justificada principalmente pela entrada do alho chinês no mercado brasileiro, aumentando a oferta do produto, além da demandada no País. Os produtos agropecuários apresentaram estabilidade em seus preços o que resultou em ligeira baixa de -0,051% no IPP. Uma boa notícia para os produtores leiteiros é que os custos de produção do leite, que se apresentaram altos durante o ano devido aos altos preços do milho e soja, base da alimentação bovina, foi compensado em dezembro com aumento no preço de venda do leite em 2,52%.
"Ninguém é capaz de parar a crise do café", diz revoltado cafeicultor colombiano
"Ninguém é capaz de parar a crise do café", diz revoltado um forte cafeicultor colombiano Cafeicultores em Quindío, centro da Colômbia, estão pedindo a ajuda oficial para aliviar a persistente crise em seu setor e ação do Estado mais eficaz para lidar com a grave situação. Um produtor de renome, Carlos López, disse à imprensa que nem o governo, a Federación Nacional de Cafeteros nem os Senadores , cujo eles visitaram mais de uma vez se reuniram as suas exigências, apesar das manifestações de apoio em massa. "Ninguém é capaz de parar a crise do café", disse ele. Um grupo de agricultores de Quindio decidiram sair da Federação receptor, dos "fundos do governo," independentemente da extensão de suas fazendas. Eles alegam que o corpo não representar seus interesses. Em Antioquia, tem situação semelhante. Eugenio Velez, vice-presidente do comitê local de Cafeicultores, salientou que a reavaliação da moeda nacional atua como seu pior inimigo e, se ele não parar, eles vão estar lidando com deficiências de crescimento. Os preços são ruinosa, acrescentando que eles estão começando a sofrer os rigores em termos de produção e preços desde o governo não ajuda "para salvar este setor de capital", frisou. A colheita de 2012 de 7.7 milhões de sacas foi um dos mais pobres a partir de 1977 devido às mudanças climáticas, a crise dinheiro Eurzone ea negligência do governo têm denunciado os plantadores. Embora os anúncios oficiais da Federação indicam alguma melhoria para este ano, os agricultores continuam cautelosos com a previsão de oito milhões de sacas, que contrasta com a realidade diária, na opinião de todos os produtores de café.
Cepea: Chuvas trazem alívio e reforçam expectativas de boa safra
O retorno das chuvas começa a trazer alívio a produtores de café na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Nesta época, a atenção do setor está voltada para o desenvolvimento das lavouras, especialmente de arábica, e a umidade é fundamental para o crescimento dos grãos. O receio era de que o clima quente e seco, que predominou entre dezembro e o final da última semana, limitasse o “enchimento” dos grãos de arábica. Porém, as chuvas começaram a ocorrer e agentes consultados pelo Cepea acreditam que as plantas retomem a vitalidade e o desenvolvimento do grão volte à normalidade nas próximas semanas. Em relação aos cafezais de robusta, no Espírito Santo, apesar de a região também ter sofrido com a seca durante a fase de granação, as lavouras não chegaram a ser tão prejudicadas graças ao uso de irrigação. Ainda assim, produtores aguardam que precipitações voltem a ocorrer no estado para melhorar o vigor das plantas.

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