Café continua queda livre e atinge nível de 143 cents na ICE -
Cenário de erosão dos preços persiste desde maio/2011 Os contratos futuros de café arábica voltaram a cair nesta quinta-feira na ICE Futures US, marcando novas mínimas em mais de 30 meses para os preços do grão, num claro sinal de debilidade. Mesmo diante de um claro cenário sobrevendido, as liquidações continuam a ocorrer e se mostram pronunciadas, sendo que o março conseguiu se "desvencilhar" do nível de 150,00 centavos, que era a referência na qual vinha orbitando esse contrato ao longo dos últimos dias. Com isso, o mercado conseguiu "adentrar" um novo intervalo, como já esperado, abaixo dos 145,00 centavos, sendo que muitos operadores trabalham com a perspectiva de se testar os 140,00 centavos no curto prazo. O café, assim, mantém um cenário de erosão, que se iniciou ainda em maio de 2011, quando o nível de 300,00 centavos foi testado e que vem, passo a passo, registrando níveis preocupantes, principalmente para quem se posiciona na extremidade produtora do café. Mesmo diante de um cenário que não remete a um quadro de disponibilidade ampla, bem pelo contrário, os vendedores se mostram francamente ativos, provavelmente estimulados por ofertas mais generosas, que, porém, são imediatas, de origens como América Central e Colômbia. O que se verifica é um quadro apertado de oferta e demanda e que deve ficar ainda mais hermético em 2013, quando o Brasil colhe uma safra de ciclo baixo e não se prevê safras agigantadas para nenhuma origem top. Com a nova derrocada, os diferenciais dos arábicas para os robustas em Londres voltam a ficar mais curtos. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 290 pontos, com 143,60 centavos, sendo a máxima em 146,90 e a mínima em 143,25 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 290 pontos, com a libra a 146,55 centavos, sendo a máxima em 149,95 e a mínima em 146,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve alta de 32 dólares, com 1.929 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 2 dólares, com 1.892 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela manutenção do potencial vendedor do mercado, com os bulls (altistas), mais uma vez, se mostrando ausentes, sem qualquer fôlego para direcionar o mercado para um nível básico, como foi o de 150,00 centavos na quarta-feira ou os 147,00 centavos no pregão desta quinta. Com compradores tão reticentes, os vendedores podem operar com tranquilidade, mesmo em um dia em que os mercados externos não tiveram influência mais efetiva. As bolsas de valores nos Estados Unidos recuaram ligeiramente, ao passo que o dólar permaneceu estável. "Parece uma queda sem fim. Há pouco especulávamos se poderíamos segurar um nível de 200 centavos. Depois de 180, 160, 150 e agora, provavelmente, vamos ir para os 140,00 centavos, com a perspectiva de que os vendedores continuem ativos. São ações baseadas apenas em ações técnicas, com fundamentos como a disponibilidade não sendo levados em conta", disse um trader. Os estoques de café da Europa registraram baixa de 262.655 sacas em outubro, segundo números apresentados pela Federação Europeia de Café. O montante armazenado nos portos do continente chegou a 9,86 milhões de sacas. A maior redução, de 180.795 sacas, foi observada em Gênova, na Itália, com os estoques recuando para 1,21 milhão de sacas. Em Bremen, Alemanha, a baixa foi de 41.567 sacas, para 1,39 milhão. Já o volume armazenado na cidade italiana de Trieste caiu 31.860 sacas, para 747.422 sacas. Os estoques de Hamburgo, na Alemanha, sofreram baixa de 18.950 sacas e atingiram 1,50 milhão de sacas em outubro. Le Havre, na França, registrou uma queda de 15.483 sacas, indo a 474.517 sacas. Antuérpia, na Bélgica, foi o único armazém com alta, de 26 mil sacas, para 4,54 milhões. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 12, somaram 726.437 sacas, contra 498.885 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.144 sacas, indo para 2.535.631 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.039 lotes, com as opções tendo 7.221 calls e 5.076 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 146,90-147,00, 147,50, 148,00, 148,50, 149,00, 149,50, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 153,70e 154,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 143,25, 143,00, 142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50, 140,10-140,00, 139,50, 139,00, 138,50 e 138,00 centavos por libra.
Londres tem forte alta para o janeiro e estabilidade para futuros
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram um novo dia de rolagens de posição, que apresentou uma boa evolução para a primeira posição, que ainda tem um considerável volume de contratos em aberto, e a quase estabilidade para as posições mais a futuro. As ações do dia se concentraram, basicamente, nesse diapasão técnico, com Londres conseguindo ficar "quase" imune às novas perdas do mercado de arábica. Segundo analistas internacionais, o volume negociado na bolsa britânica foi relativamente bom nesta quinta-feira, refletindo, efetivamente, as rolagens mais consistentes, notadamente, no intervalo entre janeiro e março. Por fim, o janeiro se dissociou por completo da tendência de outros contratos, foi se posicionar acima dos 1.900 dólares por tonelada, ao passo que o março, por exemplo, continua abaixo desse importante nível psicológico. "Foi algo pontual, com alguns players, efetivamente, posicionando o janeiro com um diferencial mais à frente em relação a outros contratos. A tendência é que tenhamos liquidações mais expressivas para o janeiro, que deverá estar consideravelmente esvaziado até as festas de ano novo. O janeiro oscilou bem menos e verificamos uma tendência pressionada, ainda mais ao não conseguirmos manter essa posição acima dos 1.900 dólares", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 9,11 mil lotes, com o março tendo 9,71 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 37 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve alta de 32 dólares, com 1.929 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 2 dólares, com 1.892 dólares por tonelada.
NY VOLTA A FECHAR EM BAIXA ACENTUADA
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos mais uma vez. O mercado teve o fechamento com cotação mais baixa desde 10 de junho de 2010, diante da continuação do sentimento de ampla oferta chegando para a comercialização globalmente. Enquanto no robusta há a preocupação que os produtores no Vietnã podem estar retendo a oferta, no arábica há o pensamento de que a oferta tende a crescer com a entrada da safra da América Central e da Colômbia, e também como fato de que o Brasil ainda dispõe de grande parte da safra 2012 a negociar. Os contratos com entrega em março de 2013 fecharam negociados a 143,60 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 2,90 centavos, ou de 2,0%. A posição maio de 2013 fechou a 146,55 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,90 cents, ou de 1,9%.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:
Preocupação com EUA puxa alta do dólar; DI cai
São Paulo, 13 de dezembro de 2012 - O aumento da preocupação no exterior,mais especificamente em relação ao abismo fiscal nos Estados Unidos estimuloua valorização do dólar comercial ante o real no pregão de hoje. A moeda norte-americana subiu 0,43%, cotada a R$ 2,0820 para compra e R$ 2,0840 para venda. A questão fiscal nos Estados Unidos tem se mostrado mais complicada do que o mercado estava precificando, de acordo com Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi.
"O abismo fiscal permanece como um impasse. Se não houver um acordo, haverá um aumento automático de impostos, trazendo impactos ao PIB (Produto Interno Bruto) do país", diz.
Nakahodo afirma que as declarações sobre o tema têm sido muito divergentes, aumentando aversão ao risco nas bolsas internacionais. Democratas e republicanos constantemente defendem que um possível acordo sobre o tema será fechado até o fim deste ano, mas, até o momento, nenhum dos lados tem mostrado disposição em ceder nas negociações. Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, admitiu que a instituição não possui ferramentas suficientes para compensar o impacto total do abismo fiscal, caso ele ocorra.
O consultor do Banco de Tokyo-Mitsubishi explica ainda que a liquidez no mercado de câmbio foi baixa na sessão de hoje, o que faz com qualquer saída de dólares estimule oscilação da cotação. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,0730 e a máxima de R$ 2,0850. No mercado futuro, o contrato com vencimento em janeiro de 2013 subiu 0,60%, a R$ 2.089,500, e o que expira em fevereiro avançou 0,69%, a R$ 2.100,000.
Juros
A piora do cenário externo também determinou a queda dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs), de acordo com Nakahodo. "Apesar de os dados de vendas do varejo terem vindo em linha com o esperado, o que não levaria ao fechamento das taxas, as preocupação com o exterior acabou prevalecendo". O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que as vendas do comércio varejista cresceram 9,1% em outubro ante outubro de 2011.Na comparação com setembro, o índice avançou 0,8%. No ano, o volume de vendas acumula alta de 8,9% e, de 8,5%, em 12 meses. No pregão de amanhã, sem agenda relevante de indicadores, os juros futurospodem ficar mais próximos da estabilidade, a menos que o cenário internacional volte a pressionar, de acordo com Nakahodo. Mais líquido, o contrato para janeiro de 2012 permaneceu estável a 7,08%, com giro de R$ 24,264 bilhões. Entre os DIs mais longos, a taxa dos para janeiro de 2015 recuou de 7,60% para 7,59% (R$ 12,514 bilhões), a dos para janeiro de 2017 cedeu de 8,45% para 8,43% (R$ 9,803 bilhões) e a taxa dos para janeiro de 2016 diminuiu de 8,13% para 8,10% (R$ 6,183 bilhões).
Entre os DIs mais curtos, a taxa dos para abril de 2013 subiu de 7,03% para 7,05% (R$ 7,322 milhões) e a dos para julho de 2013 caiu de 7,04% para 7,03% (R$ 4,977 milhões). O número de contratos negociados atingiu 921.766, um recuo de 37,27% em relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro somou R$ 80,310 bilhões.
Bovespa segue mau humor externo e fecha em leve baixa
SÃO PAULO
- A bolsa brasileira registrou uma leve realização pelo segundo pregão seguido, influenciada pelo clima negativo externo, onde as preocupações com o abismo fiscal americano voltaram a pressionar Wall Street. A queda não foi maior por aqui graças às movimentações em torno do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, e à alta das ações de frigoríficos e Hypermarcas.O Ibovespa fechou em baixa de 0,26%, aos 59.316 pontos, com bom volume de R$ 7,436 bilhões. Em Wall Street, às 18h15, o índice Dow Jones acentuava a queda para 0,73%, o Nasdaq recuava 0,94% e o S&P 500 perdia 0,80%.O clima azedou lá fora depois que o líder republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, afirmou que "sérias diferenças" permanecem entre ele e o presidente Barack Obama. E disse que a Casa Branca parece estar disposta a "caminhar lentamente" direto para o abismo.Também pesou a notícia de que a agência S&P colocou o rating "AAA" do Reino Unido em perspectiva negativa devido às preocupações sobre o aumento do endividamento do país e às incertezas sobre a recuperação da economia.A única notícia positiva do dia da veio da Europa. "O anúncio do BCE [Banco Central Europeu] de que supervisionará diretamente os três maiores bancos de cada país, entre outras medidas, é positivo, mas as bolsas perderam força com as disputas políticas em torno do abismo fiscal nos EUA", observou o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi.Entre as mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA subiu 0,39%, para R$ 38,53; enquanto Petrobras PN caiu 1,41%, para R$ 19,57; e OGX ON perdeu 1,05%, a R$ 4,68. Os papéis oscilaram sob a influência do vencimento de opções sobre ações, que acontece na próxima segunda-feira.Entre as maiores altas ficaram Hypermarcas ON (5,76%), JBS ON (5,41%) e ALL ON (4,48%). Os dados de venda no varejo e as informações divulgadas esta semana pela Hypermarcas aos investidores impulsionaram os papéis da companhia.O IBGE informou que o volume de vendas no varejo restrito (que exclui automóveis e construção) cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, em linha com a expectativa dos analistas. A Hypermarcas fez uma grande reorganização interna e pretende enxugar seu portfólio para 34 marcas até o fim de 2013, eliminando 26 nesse período.As ações do JBS reagiram às declarações da presidente Dilma Rousseff durante visita à Rússia. Ela relatou que o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev lhe informou que "teremos resultado positivo" para a derrubada de barreiras à entrada de carnes brasileiras no mercado local. No começo da semana circularam rumores de que a Rússia, maior comprador da carne bovina brasileira, poderia anunciar novas barreiras.Por outro lado, Japão e África do Sul anunciaram oficialmente embargos, e a China deve fazer o mesmo, segundo apurou o Valor, por causa do caso de vaca louca relatado no Paraná. Considerando os três embargos, apenas cerca de 0,7% das exportações brasileiras de carne bovina serão afetadas. Também subiram Marfrig ON (1,65%) e Minerva ON (1,12%).Entre as maiores baixas do dia apareceram as três empresas do setor de papel e celulose - Klabin PN (-4,66%), Suzano PNA (-4,15%) e Fibria ON (-3,56%) - além de B2W ON (-3,15%). Operadores não identificaram motivos para a queda das ações do setor, que ocorreu principalmente na última hora de negociação.Já B2W corrigiu parte da forte alta dos últimos dias, quando as ações foram puxadas supostamente por aquisições de sua controladora, a Lojas Americanas (0,32%). Mesmo com a baixa de hoje, o papel acumula alta de 18,5% apenas nesta semana.
PERSPECTIVA: Véspera de vencimento de opções deve pressionar blue chips
São Paulo, 13 de dezembro de 2012 -
Pelo terceiro dia na semana, o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, deverá verificar volatilidade influenciado pela véspera do vencimento de opções sobre ações que acontecerá na segunda-feira. Os papéis das empresas de commodities Vale, Petrobras e OGX, que têm peso importante no índice, deverão registrar as variações mais acentuadas, sendo que as negociações referente às ações damineradora vão refletir o índice preliminar dos gerentes de compras (PMI) sobre a atividade industrial da China em dezembro.
"Os investidores começaram a ensaiar as posições para o vencimento de opções nesta quinta-feira, o que acabou influenciando de certa forma o Ibovespa", diz Raffi Dokuzian, superintendente da corretora CGD Securities. Amanhã, a perspectiva é que essa movimentação seja maior. Hoje, o Ibovespa encerrou com queda de 0,26%, aos 59.316 pontos, e no mercado futuro, o contrato com vencimento em janeiro caiu 0,10%, aos 59.820 pontos. O volume financeiro na bolsa brasileiro foi de R$ 7,436 bilhões. Para Ari Santos, gerente da mesa de operações da H.Commcor, o indicador chinês de produção industrial deverá acentuar as negociações das ações da Vale. "Se for verificada expansão do PMI, possivelmente as ações subirão, pois indica que a economia daquele país, que é o principal destino das exportações da empresa, está crescendo. Caso contrário, o humor do investidor não será bom." Em novembro, o indicador avançou para 50,5 pontos em novembro.
Na Europa, outro PMI que os investidores estarão atentos é o de preliminarde atividade industrial da Alemanha, também referente a dezembro. No mês passado, a principal economia do velho continente viu o indicador subir para 46,8 pontos.
Nos Estados Unidos, será informado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) os dados da produção industrial e do uso da capacidade instalada. Em outubro, houve queda de 0,4% na produção industrial erecuo para 77,8% na capacidade instalada ante setembro. Analistas esperam alta de 0,3% e para 78%, respectivamente. Mesmo com esse contexto, Dokuzian afirma que o cenário sinaliza que o Ibovespa deverá encerrar o pregão no campo positivo, pois está ensaiando o rompimento dos 60 mil pontos.
"O fator que atravanca essa melhora no mercado acionário brasileiro é a negociação do abismo fiscal nos Estados Unidos entre os partidos republicano e democrata", afirma. Ele acrescentou que o índice tem chances de atingir até os 62 mil pontos.
No pregão de hoje, as ações da Vale (VALE5; a R$ 38,53) terminaram com avanço de 0,39%, após oscilação intensa. As preferenciais da Petrobras (PETR4; a R$ 19,57) caíram 1,41%. Enquanto no setor financeiro, as do Bradesco (BBDC4; a R$ 36,10) subiram 0,73% e as do Itaú Unibanco (ITUB4; a R$ 32,88) tiveram leve alta de 0,06%.
"No fim do dia, o Ibovespa acompanhou os mercados norte-americanos, que encerraram em queda", diz o gestor da H.Commcor.
Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos encerraram as negociações de hoje em queda. Após ajustes, o Dow Jones encerrou com variação negativa de 0,56%, aos 13.170,72 pontos; o S&P 500 teve queda de 0,63%, aos 1.419,45 pontos; e o Nasdaq Composto caiu 0,72%, aos 2.992,16 pontos.
EUROPA: Supervisão bancária precisará liquidar bancos falidos, diz Draghi
São Paulo, 13 de dezembro de 2012 -
A União Europeia (UE) necessita de novos poderes para liquidar bancos falidos, afirmou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em entrevista ao periódico "Financial Times", após o acordo de supervisão bancária aprovado hoje. Segundo ele, o acordo entre os ministros de finanças, na qual determina o BCE como supervisor dos bancos, é apenas o primeiro e mais fácil passo do plano de união bancária, que pretende evitar um novo contágio da crise financeira ao setor.
Draghi acrescenta que o próximo passo é ainda mais delicado, pois impõe aos contribuintes europeus que paguem pelos erros de bancos de outros países. "Uma autoridade europeia é um importante complemento dessa supervisão e seráimplementada na mesma hora que esse processo começar", disse o presidente do BCE, comentando que o banco deve levar um ano para assumir suas responsabilidades de supervisor de instituições com mais de 30 bilhões de euros em ativos. Safra 2013/14 de café arábica no sul de MG deve ser quase 30% menor A condição das lavouras de café no sul de Minas Gerais (região que responde por 25% do grão produzido no país) é considerada boa, apesar de as chuvas terem ficado mais escassas em dezembro. De acordo com João Bosco Minto, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), que atua em São Sebastião do Paraíso (importante município produtor do sul mineiro), é comum que as precipitações alcancem entre 500 e 600 milímetros no último mês do ano. Mas, até agora, não choveu nem metade desse volume na cidade. "Isso acabou por atrasar a adubação. Tem produtor indo adubar só agora, quando o normal seria começar em outubro", afirma.Ainda assim, segundo o agrônomo, esse atraso não deve provocar problemas com a produtividade, porque as lavouras já estão em fase de "chumbinho" (momento inicial de desenvolvimento do fruto).A expectativa é de que sejam colhidas na safra 2013/14 (ano de baixa produtividade no ciclo bianual da cultura) algo em torno de 200 mil sacas de 60 quilos em São Sebastião do Paraíso, uma queda de quase 30% ante as 280 mil sacas produzidas em 2012/13. A perspectiva é de que essa proporção seja reproduzida em todo o sul de Minas Gerais e também no cerrado mineiro."O produtor veio mais capitalizado nos últimos dois anos. Por conta dos preços melhores do café, ele pôde aumentar os cuidados com a lavoura, o que permitiu elevar a produção mesmo em ano de bienalidade negativa", conta Minto. Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. Na safra 2012/13, colheu 26,63 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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