Café tem novo dia de perdas na ICE e fica abaixo dos 150 cents
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com novas quedas, que fizeram com que o março se situasse abaixo do nível psicológico de 150,00 centavos de dólar por libra peso, nos menores níveis em mais de 29 meses.
Efetivamente, o clima baixista continua a predominar os negócios. Na volta do feriado prolongado nos Estados Unidos, os operadores continuaram tendendo para o lado vendedor. No meio do dia, algumas recompras chegaram a ser observadas, o que possibilitou um equilíbrio nas cotações. No entanto, esse movimento não foi suficiente para sustentar o quadro e, mais uma vez, ordens de venda foram acionadas e o encerramento dos negócios mostrou o café já abaixo do patamar de 150,00 centavos, mesmo diante de um quadro gráfico notadamente sobrevendido.
O mercado voltou a operar com um ações basicamente técnicas, em uma sessão de poucos negócios, após o início da notificação de dezembro e de um longo feriado. Entretanto, as características negativas já observadas ao longo dos últimos dias continuaram presentes e demonstram que a situação baixista ainda conta com uma força considerável, ao passo que os bulls (altistas) ainda se mostram muito reticentes, sem conseguir manter intervalos básicos, como foi o caso do nível de 150,00 centavos por libra para o março.
Fundamentalmente, o mercado não apresenta maiores novidades. A questão climática no Brasil está amplamente contornada, com o registro de boas precipitações ao longo das últimas semanas, que devem garantir o pleno pegamento das floradas de setembro e outubro passado.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 190 pontos, com 148,90 centavos, sendo a máxima em 151,45 e a mínima em 147,60 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 190 pontos, com a libra a 151,80 centavos, sendo a máxima em 154,25 e a mínima em 150,50 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve queda de 5 dólares, com 1.854 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 9 dólares, com 1.864 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi de relativa tranqüilidade na bolsa nova-iorquina, com o predomínio das ações por parte dos bears (baixistas), que conseguiram, sem
maiores dificuldades, levar o março para baixo do nível de 150,00 centavos, sendo que o patamar de 147,00 centavos chegou a ser testado. Apesar de uma desaceleração das perdas, o fechamento se deu abaixo do referencial, com o mercado continuando a sinalizar sua clara tendência baixista.
Ao longo da segunda-feira, os mercados acionários nos Estados Unidos não tiveram oscilações mais fortes, com pequena queda para a bolsa tradicional e ligeira alta para os segmentos de
tecnologia, ao passo que as commodities também não apresentaram um direcionamento mais forte, ao passo que o dólar ficou estável em relação a uma cesta de moedas internacionais.
"Tivemos, mais uma vez, a pressão vendedora sobre o café o produto foi um dos poucos a recuar no dia, já que tivemos avanços nos mercados de grãos, assim como no trigo, suco de laranja, açúcar, algodão, entre vários outros. Vivemos uma onda negativa que somente ganha mais corpo desde maio de 2011 e não parece haver força para frear esse ímpeto baixista. Rompemos o nível de 150,00 centavos e a tendência é que outros suportes sejam buscados no curto prazo", disse um trader.
O Vietnã deverá fechar esta mês de novembro com o embarque de 122 mil toneladas de café. Caso o prognóstico se efetive será uma elevação de 71,8% em relação ao mesmo mês de 2011 e de 19,6% em relação a outubro. A previsão, apresentada pelo Ministério da Agricultura, ainda contempla uma receita de 261 milhões de dólares para as remessas deste mês, um pouco maiores que as aferidas em outubro — 228 milhões de dólares. No ano, até novembro, as exportações cafeeiras do país deverão chegar a 1,56 milhão de toneladas, com receita de 3,3 bilhões de dólares, o que significa um aumento de 42% e 37% em relação ao ano anterior.
As exportações de café do Brasil em novembro, até o dia 23, somaram 1.530.228 sacas, contra 1.344.867 sacas registradas no mesmo período de outubro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.300 sacas, indo para 2.488.421 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.787 lotes, com as opções tendo 2.805 calls e 3.628 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 151,45-151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 153,85, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50, 156,00, 156,50, 157,00, 157,15, 157,50, 158,00, 158,50 e 159,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 147,60, 147,55-147,50, 147,00, 146,50, 146,00, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Londres volta a variar pouco e fecha com retrações
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Lifee encerraram esta segunda-feira com quedas, em um dia sem maiores novidades e com preços, mais uma vez, presos em um range consideravelmente estreitos.
A posição janeiro flutuou dentro de um range de apenas 19 dólares ao longo de todo o dia. Segundo analistas internacionais, o dia foi caracterizado por ações predominantemente técnicas, com algumas liquidações especulativas tendo sido observadas ao longo do dia, sendo que durante todo o pregão as baixas foram verificadas, entretanto, sem romper o nível de 1.836 dólares.
Mais uma vez, nas mínimas algumas recompras e aquisições de comerciais foram verificadas, o que possibilitou uma desaceleração das perdas. "Tivemos o mais do mesmo de novo. Algumas ações de venda forçaram o mercado para baixo, mas não tivemos um prosseguimento das liquidações, devido a ação de comerciais e até especuladores. O mercado, com isso, fica dentro de um intervalo modesto, ainda que a tendência baixista continue operante", disse um trader.
O Vietnã deverá fechar esta mês de novembro com o embarque de 122 mil toneladas de café. Caso o prognóstico se efetive será uma elevação de 71,8% em relação ao mesmo mês de 2011 e de 19,6% em relação a outubro. A previsão, apresentada pelo Ministério da Agricultura, ainda contempla uma receita de 261 milhões de dólares para as remessas deste mês, um pouco maiores que as aferidas em outubro — 228 milhões de dólares. No ano, até novembro, as exportações cafeeiras do país deverão chegar a 1,56 milhão de toneladas, com receita de 3,3 bilhões de dólares, o que significa um aumento de 42% e 37% em relação ao ano anterior.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 5,89 mil lotes, com o março tendo 3,75 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 10 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve queda de 5 dólares, com 1.854 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 9 dólares, com 1.864 dólares por tonelada.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Rolagem de swap pode deixar dólar volátil
São Paulo, 26 de novembro de 2012 - O dólar comercial fechou hoje com
estabilidade, a R$ 2,0800 para compra e R$ 2,0820 para venda. A cotação
permaneceu abaixo do patamar R$ 2,10 após o Banco Central (BC) ter atuado na
sexta-feira no mercado de câmbio. Enquanto a autoridade monetária não decide
sobre a possibilidade da rolagem do vencimento dos contratos de swap cambial
reverso, na próxima segunda-feira, a divisa norte-americana pode apresentar
volatilidade ante o real, de acordo com o diretor-executivo e economista da NGO
Corretora, Sidnei Moura Nehme.
"O dólar oscilou um pouco hoje, mas a cotação fechou estável e ficou no
parâmetro que o BC quer, entre R$ 2,05 e R$ 2,10. A partir daí, ele pode
administrar o câmbio, para que não saia dessa faixa", declarou Nehme.
O economista ressalta que, com alta da moeda norte-americana, o governo
pretende beneficiar a indústria. No entanto, defende que é preciso haver
cautela, pois muitas empresas têm dívidas em dólar. "É preciso não onerar
quem tem exposição ao dólar e, ao mesmo tempo, ter cuidado para não
estimular a inflação", afirma.
Diante desse cenário, de acordo com Nehme, ainda resta uma dúvida no
mercado sobre a possibilidade da rolagem ou não contratos de swap reverso.
"'O BC colocou apenas metade [dos contratos de swap para rolagem], já sendo
suficiente que a cotação recuasse. Se a taxa de câmbio ceder abaixo do
patamar atual, deve haver a rolagem dos contratos restantes. Por outro lado, se
subir mais, o BC não deve rolar esta posição", explica.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,0740
e a máxima de R$ 2,0870. No mercado futuro, o contrato com vencimento em
dezembro teve leve queda de 0,07%, a R$ 2.082,500, e o que expira em janeiro de
2013 recuou 0,09%, negociado a R$ 2.091,000.
Juros
A maioria dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) encerrou o
pregão de hoje da BM&FBovespa em campo negativo, em um dia de expectativa entre
os investidores em relação a uma resolução sobre a nova parcela de ajuda à
Grécia e com a permanência de preocupações sobre o "abismo fiscal" nos
Estados Unidos.
No entanto, de acordo com o diretor da NGO Corretora, o cenário externo tem
uma influência apenas marginal no mercado de juros futuros. "O movimento é
mais um ajuste em relação às taxas dos contratos, pois os juros no País não
devem mudar tão cedo. O governo está mais olhando pros interesses do país do
que para a situação externa, e assim deve seguir.Diferentemente do mercado, o
[presidente do BC] Alexandre Tombini acredita que inflação vai convergir pro
centro da meta", afirma.
Mais líquido, o DI que expira em janeiro de 2014 caiu de 7,33% para 7,31%,
com volume financeiro de R$ 36,575 bilhões. Em seguida, o para julho de 2014
recuou de 7,61% para 7,57%, movimentando R$ 14,898 bilhões.
Entre os títulos com vencimento no longo prazo, o para janeiro de 2017
cedeu de 8,75% para 8,73%, com giro de R$ 5,307 bilhões, o para janeiro de 2015
diminuiu de 7,96% para 7,92% (R$ 4,665 bilhões) e o para janeiro de 2016
reduziu de 8,46% para 8,43% (R$ 4,507 bilhões).
Entre os DIs com vencimento mais curto, o para julho de 2013 permaneceu
estável a 7,10% (R$ 3,608 bilhões), o para abril de 2014 caiu de 7,46% para
7,42% (R$ 3,095 bilhões) e o para outubro de 2013 se manteve em 7,17% (R$ 1,929
bilhão).
O número de contratos negociados atingiu 950.731, recuo de 69,5% em
relação aos negócios realizados na sexta-feira. O giro financeiro somou R$
83,892 bilhões.
MERCADO EUA: Dow Jones e S&P 500 caem com receios sobre abismo fiscal
São Paulo, 26 de novembro de 2012 - Os índices do mercado de ações dos
Estados Unidos fecharam hoje em campos opostos. Enquanto o Dow Jones e o S&P 500
registraram queda, diante das incertezas das questões fiscais do país e
também sobre a crise da Grécia, o Nasdaq Composto teve leve alta, com a
valorização das ações de algumas empresas de tecnologia. O Dow Jones caiu
0,33%, em 12.967,37 pontos; o S&P 500 perdeu 0,20%, em 1.406,29 pontos; e o
Nasdaq Composto ganhou 0,33%, em 2.976,78 pontos.
Apesar dos relatos de que os líderes do Congresso chegaram a um acordo para
elevar os impostos nos Estados Unidos, ainda não houve convergência nas
propostas dos partidos (Democratas e Republicanos) sobre como esses aumentos
serão elevados, e quem deverá pagar mais.
De acordo com fontes ouvidas pelo "The Wall Street Journal", o presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama, falou pelo telefone com o presidente da
Câmara dos Representantes do país, o republicano John Boehner, e com o líder
democrata da maioria do Senado, Harry Reid, durante o final de semana. Porém as
conversas foram pouco produtivas em relação às medidas necessárias para
evitar os aumentos de impostos e os cortes de gastos que devem entrar em vigor
em janeiro, que configuram o chamado abismo fiscal.
A queda dos índices também refletiu as incertezas dos agentes de mercado
em relação à reunião dos membros do Eurogrupo (que reúne os ministros de
Finanças da eurozona) que acontece hoje em Bruxelas. A discussão deve definir
se a Grécia receberá ou não a próxima parcela de ajuda financeira, além de
discutir a reestruturação da dívida do país. A imprensa internacional afirma
que o Fundo Monetário Internacional (FMI) é o responsável por parte das
discordâncias, já que está pedindo por um perdão de parte da dívida grega,
o que é considerado inaceitável por países europeus com a Alemanha.
No campo corporativo, os papéis da Apple valorizaram 3,15% hoje, depois que
a companhia pediu a um tribunal federal que adicionasse mais seis produtos ao
processo de patentes que move contra a Samsung Electronics, incluindo o Samsung
Galaxy Note II. Os papéis do Facebook também tiveram forte aumento hoje, de
8,09%, depois que alguns fundos de investimento como a Bernstein Research e a
BTIG elevaram as recomendações das ações da companhia.
PETRÓLEO: Futuros recuam com problemas fiscais dos EUA e crise europeia
São Paulo, 26 de novembro de 2012 - Os contratos futuros do petróleo
internacional fecharam as negociações de hoje em queda, refletindo a
continuação dos receios em relação aos problemas fiscais dos Estados Unidos,
e também a falta de definição sobre o futuro da Grécia, em mais uma
reunião do Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da eurozona), que
acontece hoje. As notícias indicam uma desaceleração das economias
internacionais e, consequentemente, da demanda pela commodity.
Na plataforma ICE, o Brent com vencimento em janeiro teve retração de
0,41%, a US$ 110,92 o barril. Na Nymex, os futuros do WTI para o mesmo mês
perderam 0,61%, a US$ 87,74 o barril.
Nos Estados Unidos, apesar dos relatos de que os líderes do Congresso
chegaram a um acordo para elevar os impostos nos Estados Unidos, ainda não
houve convergência nas propostas dos partidos (Democratas e Republicanos) sobre
como esses aumentos serão elevados, e quem deverá pagar mais.
Na Europa, o Eurogrupo está em reunião hoje para definir se a Grécia
receberá ou não a próxima parcela de ajuda financeira, além de discutir a
reestruturação da dívida do país. A imprensa internacional afirma que o
Fundo Monetário Internacional (FMI) é o responsável por parte das
discordâncias, já que está pedindo por um perdão de parte da dívida grega,
o que é considerado inaceitável por países europeus com a Alemanha
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