Café na ICE Futures tem correção e fecha dia com perdas
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com quedas, em um dia de relativa volatilidade. Na primeira parte do dia, o setembro chegou a acumular algumas altas e bater em níveis superiores aos das máximas da sessão anterior, no entanto, algumas ordens de vendas de especuladores e fundos passaram a ser empreendidas e o direcionamento das cotações sofreu uma mudança. Apesar das baixas, a segunda posição não tentou buscar o suporte de 180,00 centavos, o que foi um indicador de que os players tiveram uma ação apenas pontual, com o viés de neutro a altista de curto prazo continuando a ser privilegiado. Um operador indicou que o mercado dá alguns sinais de estar sobrecomprado, principalmente após ter batido na máxima de três meses na semana passada, com um volume alto de coberturas de posições short. Desse modo, algumas correções foram estimuladas e as baixas se verificaram nesta segunda. Esse operador, no entanto ressaltou que a fixação de preços por parte de produtores do Brasil e da Colômbia ajudou a prevenir quedas mais incisivas na bolsa norte-americana. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve queda de 215 pontos, com 183,95 centavos, sendo a máxima em 188,20 e a mínima em 183,05 centavos por libra, com o dezembro tendo desvalorização de 205 pontos, com a libra a 187,15 centavos, sendo a máxima em 191,00 e a mínima em 186,30 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve alta de 26 dólares, com 2.089 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 15 dólares, com 2.083 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por uma relativa volatilidade na bolsa norte-americana, com o setembro chegando a flutuar no nível de 188,00 centavos para, na seqüência, ser pressionado e bater no intervalo de 183,00 centavos. Os mercados externos se mostraram positivos para várias commodities, que conseguiram registrar ganhos estimuladas, principalmente, pelo dólar em queda em relação a uma série de moedas internacionais. "Acredito que devemos ler as baixas como um movimento corretivo, após as altas seguidas recentes e pelo fato de não termos tentado, novamente, romper os 192,20 centavos, que foi a máxima recente. Por outro lado, não parece haver 'fôlego' dos vendedores em buscar um suporte mais efetivo, como de 175,10 centavos, ao menos não com a atual configuração do mercado, que parece ser mais positiva que negativa, pelo menos no curto prazo", indicou um trader. "Enquanto os cafés do Brasil, que no mês de junho teve o menor volume exportado desde junho de 2008, vêm seus diferenciais se manterem firmes, os suaves, incluindo Colômbia, barateiam no mercado internacional. Reflexo da disponibilidade dos grãos, que, inclusive, tem aumentado os certificados da ICE, assim como de uma maior procura para alternativas mais econômicas, e também em função das férias no hemisfério Norte. O momento para os preços futuros continua positivo, e com os fundos ainda vendidos parece que podemos ver os preços acima do intervalo entre 170 e 190 centavos. Os 200 centavos por libra volta a ser um alvo para o curto prazo", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting. Os estoques de café nos Estados Unidos tiveram alta de 4,73% — 216.532 sacas — no final de junho, totalizando 4.787.310 sacas, informou a GCA (Green Coffee Association). No final de maio, os estoques do país eram de 4.570.778 sacas. A maior alta de estoques foi verificada no armazém de Houston, com aumento de 76.720 sacas e maior baixa foi em Laredo, com queda de 7.000 sacas. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 13, somaram 336.750 sacas, contra 400.948 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 12.299 sacas, indo para 1.703.281 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 18.152 lotes, com as opções tendo 1.062 calls e 1.003 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 188,20 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,20, 192,50, 193,00 e 193,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 183,05-183,00, 182,50, 182,20, 182,00, 181,50, 181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,15, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00 e 175,50 centavos por libra.
Café volta a demonstrar força e tem nova alta em Londres
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com altas, com ganhos mais fortes para as primeiras posições, em uma dia caracterizado por compras especulativas. A posição setembro, mais uma vez, flutuou dentro do intervalo de 2.000 dólares, tendo batido na máxima de 2.093 dólares. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela continuidade das ações verificadas ao longo dos últimos dias, com os preços se mostrando consideravelmente confortáveis acima dos 2.000 dólares, porém, sem conseguir testar o patamar de 2.100 dólares. Esses analistas indicaram que a bolsa londrina também se beneficiou do comportamento do dólar, que recuou em relação a uma cesta de moedas internacionais, abrindo, portanto, espaço para algumas aquisições em mercados como de commodities. "Tivemos uma continuidade dos ganhos da sexta-feira. Embora não tão consistentes quanto aqueles observados na última sessão, mas com potencial para fazer o setembro se aproximar do nível de 2.100 dólares, num movimento gráfico que dá um indicativo de potencial de recuperação", apontou um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de setembro com uma movimentação de 5,05 mil lotes, com o novembro tendo 1,83 mil lotes negociados. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 6 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição setembro teve alta de 26 dólares, com 2.089 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 15 dólares, com 2.083 dólares por tonelada.
DÓLAR OSCILA COM NOTICIÁRIO DO DIA E FECHA PERTO DA ESTABILIDADE
São Paulo, 16/07/2012 -
Como definiu um experiente operador, "o dólar está enjaulado", em um cenário macroeconômico de incertezas, aqui e no exterior, e nas intervenções do Banco Central. São dois fatores que, há vários dias, se mostram suficientemente fortes para impedir que os investidores arrisquem novas posições. Assim, o ambiente de negócios do mercado doméstico de câmbio limita-se a operações criadas pelo fluxo efetivo de recursos e pequenas operações especulativas diárias, surgidas de acordo com o noticiário.Isso gera forte volatilidade, mas dentro de uma faixa estreita de cotações. O pregão desta segunda-feira, por exemplo, registrou mínima de R$ 2,033 (-0,20%) e máxima de R$ 2,043 (+0,29%) no mercado à vista de balcão, com variação de 0,49% entre as duas pontas. No fechamento, a moeda norte-americana ficou em R$ 2,036, com perda de somente 0,05% ante os R$ 2,037 do encerramento dos negócios da sexta-feira. No mercado à vista da BM&F, a moeda também ficou perto da estabilidade, cotada a R$ 2,035, com alta de somente 0,02%. Às 17h35, o dólar futuro para agosto apresentava queda de 0,02% a R$ 2,0425.Hoje, as informações de destaque que geraram oportunidades e negócios referiram-se, mais uma vez, ao crescimento econômico global. E, de novo, as novidades foram negativas. Internamente, a pesquisa Focus captou outra revisão para pior nas estimativas para o PIB que, agora, estão em 1,9%. Na China, durante o fim de semana, o premiê alertou que a recuperação do país ainda não é estável. Na manhã de hoje, pesaram ainda os dados de vendas no varejo dos Estados Unidos piores do que esperado e as projeções do FMI, reduzindo a previsão para o crescimento da economia mundial.No conjunto de revisões, o FMI piorou suas estimativas para a economia chinesa neste ano e no próximo e alertou para a possibilidade de um pouso forçado no país no médio prazo. De acordo com o fundo, a expansão da China, que era estimada anteriormente em 8,2%, deve ficar em 8,0% neste ano. Para 2013 passou de 8,8% para 8,5% em 2013. Vale lembrar que o país ajustou a meta oficial de crescimento para baixo e hoje ela está em 7,5% para este ano.O Brasil não escapou e o ajuste foi maior. De acordo com o FMI, o PIB nacional deve ficar em 2,5%, ante 3,1% projetados anteriormente.Os operadores têm dito que, para tirar o dólar do marasmo atual, um dos fatores mais prováveis seria uma medida de incentivo à economia adotada nos Estados Unidos. Nesse sentido, os dados fracos da economia dos EUA divulgados hoje aumentaram as expectativas em relação ao depoimento que o presidente do Federal Reserve norte-americano, Ben
Bernanke, fará amanhã sobre as condições da economia e a política monetária no Comitê de Bancos do Senado dos EUA, em Washington. O evento será às 11 horas de Brasília.
DÓLAR RECUA EM REAÇÃO A INDICADOR DE VENDAS;
MERCADO AGUARDA BERNANKE
Nova York, 16/07/2012 -
O dólar caiu frente às principais moedas, depois de o indicador de vendas no varejo nos EUA em junho alimentar as expectativas de que o Federal Reserve adotará novas medidas de estímulo à economia. As vendas no varejo recuaram pelo terceiro mês consecutivo em junho e o recuo foi de 0,5%, quando os economistas previam um crescimento de 0,2%.Traders disseram que outro fator para o recuo do dólar foi o rebaixamento da projeção de crescimento do PIB dos EUA pelo FMI, na véspera de um importante depoimento do presidente do Fed, Ben Bernanke, a um comitê do Senado norte-americano."Muitas pessoas eram da opinião de que embora um novo relaxamento quantitativo da política monetária do Fed fosse uma possibilidade, ela ainda estaria vários passos adiante na estrada; mas agora existem indicações de que Bernanke está muito mais próximo de puxar o gatilho do que as pessoas pensavam", comentou o estrategista Andrew Wilkinson, da Miller, Tabak & Co.Para Charles St. Arnaud, estrategista da Nomura Securities, moedas como o dólar australiano e o dólar canadense deverão subir caso Bernanke dê alguma indicação forte de novas medidas do Fed; ele observou que as ações anteriores de relaxamento quantitativo fizeram subir os preços das commodities e acabaram beneficiando as moedas de economias que dependem fortemente de exportações de commodities.No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2272, de US$ 1,2250 na sexta-feira; o iene estava cotado a 78,87 por dólar, de 79,19 por dólar na sexta-feira. Frente ao iene, o euro estava cotado a ¥ 96,79, de ¥ 97,01 na sexta-feira. A libra estava cotada a US$ 1,5636, de US$ 1,5576 na sexta-feira.
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