Café especula sobre clima e fecha dia estável na ICE Futures
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com ligeira alta, após ter batido no melhor nível de preços em quatro meses e meio. Os ganhos da primeira parte do dia estiveram atrelados, principalmente, a preocupação de players com o clima nas zonas produtoras de café do Brasil. Especulações, posteriormente desmentidas por empresas de meteorologia, indicavam possibilidade em zonas produtoras de café do Brasil. Esse notícia fez com que, ao longo de parte do dia, algumas altas mais efetivas fossem registradas. Mesmo com a negativa sobre as geadas, o café ainda continuou tendo alguma consistência no lado comprador, mas, pouco a pouco, os ganhos foram desacelerando até o fechamento praticamente estável. Apesar disso, vários operadores avaliam o cenário atual de curto prazo como de neutro a altista, com o mercado podendo voltar a ter "fôlego" para buscar preços próximos de 190,00 centavos. No after-hours, o café sofreu com algumas novas vendas e encerrou no lado negativo da escala de preços. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 20 pontos, com 184,70 centavos, sendo a máxima em 192,20 e a mínima em 182,65 centavos por libra, com o dezembro tendo valorização de 20 pontos, com a libra a 187,55 centavos, sendo a máxima em 194,85 e a mínima em 185,55 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve alta de 8 dólares, com 2.021 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 8 dólares, com 2.032 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, ao longo do dia, a agência de notícias Bloomberg divulgou que haveria riscos de ocorrência de geadas no sul de Minas Gerais no próximo dia 15, dando como fonte a empresa Somar. Uma geada em uma das mais importantes zonas produtoras do país seria a consolidação de um quadro que poderia afetar, ainda mais, a disponibilidade de cafés do Brasil. Horas mais tarde, a Bloomberg se reportou e informou que havia apurado erroneamente a notícia, indicando que "não há tendência de geadas para a região na referida data." "A notícia da Bloomberg indicava a possibilidade de geadas e na verdade não há tendência de ocorrência delas nos próximos dias no Brasil", indicou Hernando de la Roche, vice-presidente da INTL Hencorp Futures. "O café não se movimentou muito efetivamente sobre assuntos relacionados a seus fundamentos, mas, sim, pelos rumores que giraram ao redor do mercado", indicou Márcio Bernardo, analista da Newedge. "Os mercados externos operaram com direcionamentos distintos e as bolsas de valores recuaram, ao passo que a maior parte das commodities conseguiu experimentar ganhos. O café subiu bem, chegou a bater na máxima de 4 de abril, com várias coberturas de posições short, que não tiveram continuidade na segunda metade do dia. O prêmio dos arábicas em relação aos robustas de Londres saltou para 99 centavos, contra 93 centavos da terça-feira", disse um trader. As opções de agosto na bolsa de Nova Iorque têm vencimento na próxima sexta-feira. As remessas internacionais de café verde do Brasil tiveram queda de 33% em junho, com 1,64 milhão de sacas, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os envios de café torrado e solúvel, por sua vez, recuaram 14%, com 243.973 sacas. A receita com as exportações do país no mês tiveram vaixa de 43%, com 407,8 milhões de dólares. O Brasil fechou o ano safra 2011/2012 com a exportação superior em 5,6% em termos de receita e 15% inferior em volume, se comparado com a temporada anterior. A receita registrada no período ficou em 7,841 bilhões de dólares e o número de sacas exportadas fechou em 29.768.744. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 10, somaram 272.928 sacas, contra 275.011 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 11.186 sacas, indo para 1.671.149 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 28.235 lotes, com as opções tendo 3.709 calls e 2.505 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 192,20, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00, 194,50, 194,90-195,00, 195,50, 196,00, 196,50, 197,00, 197,50, 198,00 e 198,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 182,65, 182,50, 182,00, 181,50, 181,00, 180,50, 180,20, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50 e 177,00 centavos por libra.
Londres varia entre altas e baixas, mas fica acima dos US$ 2mil
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com altas, em uma sessão em que, mais uma vez, o setembro testou níveis inferiores ao patamar de 2.000 dólares, mas conseguiu se recompor e se posicionar acima desse suporte. Ao longo do dia, vendedores e compradores se alternaram, com a segunda posição chegando a bater em 2.045 dólares. Nas máximas, no entanto, algumas realizações foram notadas. A mínima do dia foi de 1.990 dólares, sendo que nesse nível a ação mais efetiva foi dos comerciais. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela falta de um direcionamento mais claro, uma vez que os ganhos e perdas não se estenderam mais efetivas. Em cada ponta da linha de preços se verifica uma tendência distinta, impedindo que ganhos ou baixas mais consideráveis possam ser observados. "Apesar das recentes retrações e de até atingirmos a mínima de abril na última terça-feira, o café ainda tem uma consistência e consegue manter o intervalo de 2.000 dólares. No entanto, é nítido que muitos players que atuavam até há pouco como compradores de robusta agora atuam mais fortemente no lado vendedor, sendo que muitos deles passaram a ser compradores no mercado de arábica", indicou um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de setembro com uma movimentação de 7,01 mil lotes, com o novembro tendo 2,80 mil lotes negociados. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 9 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição setembro teve alta de 8 dólares, com 2.021 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 8 dólares, com 2.032 dólares por tonelada.
DÓLAR ENCERRA EM QUEDA, MAS ATA DO FED ABRANDA INTENSIDADE DO DECLÍNIO São Paulo, 11/07/2012 -
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, mas teve a intensidade do declínio abrandada em reação à ata do Federal Reserve. Após a divulgação do documento, o dólar ganhou fôlego ante inúmeras divisas de economias emergentes, simultaneamente à renovação das mínimas dos índices acionários em Nova York e aqui. A percepção é de que, embora a perspectiva para a economia norte-americana seja de cautela, o Fed não sinalizou que um novo relaxamento quantitativo seria iminente, desapontando os investidores. No balcão, o dólar à vista encerrou a R$ 2,0360, com queda de 0,20%. Na mínima, a moeda foi a R$ 2,0260 (-0,69%) e chegou a R$ 2,0400 (0,0%), na máxima do dia. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0380, com alta de 0,20% (dado preliminar), na máxima. O giro financeiro total somava US$ 1,994 bilhão (US$ 1,756 bilhão em D+2) perto das 16h40. Há pouco, o dólar para agosto de 2012 estava em R$ 2,044, perto da estabilidade (+0,07%). Em grande medida, cita o gerente de câmbio da TOV Corretora, Fernando Bergallo, “a situação continua não sendo animadora para que o investidor tenha apetite para tomar posição de risco”. No exterior, logo depois que a ata do Fomc foi conhecida, as bolsas em NY foram às mínimas e o euro caiu abaixo de US$ 1,2225.Por aqui, perto do fim da manhã, em um movimento quase simultâneo à divulgação dos dados de fluxo cambial, o dólar à vista havia começado a reduzir a intensidade da queda, renovando máximas para o período, mas em um movimento ainda volátil, o que significa que a magnitude do declínio voltaria a ser ampliada. Operadores citam que o fluxo cambial não foi o “fator direcional” do rumo da moeda na sessão. O recuo mensal das vendas no varejo brasileiro em maio confirma que os dados econômicos do País continuam surpreendendo para baixo. Se as condições para o crescimento local e global continuarem desapontando, o risco é que o Copom continue cortando o juro, cita um analista estrangeiro. Para a moeda, o foco permanece, na visão dos agentes de mercado, na disposição do governo em manter o dólar oscilando em um intervalo estreito, entre R$ 2,00 e R$ 2,10, diante da preocupação de que a deterioração externa corroa a demanda consumidora pelas exportações brasileiras. Números divulgados pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial ficou positivo em US$ 396 milhões na primeira semana de julho, sendo que tanto o fluxo financeiro quanto o comercial ficaram positivos em, respectivamente, US$ 386 milhões e US$ 10 milhões. No detalhe, um economista avalia que a média diária de contratação para exportação e importação caiu muito. “A contratação de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) em si vem caindo. (O montante em) junho já foi mais baixo que maio, e julho está sendo mais baixo que julho”, citou o profissional. Café sobe após chuva que dificulta colheita no Brasil Segundo analistas, o excesso de umidade em algumas áreas do Sudeste tem prejudicado os cafezais e pode comprometer a qualidade do grão. Os trabalhos de colheita exigem um tempo mais seco. "Nesta época do ano, 30% da safra já deveria estar nos armazéns, mas apenas 20% foi entregue (pelos produtores)", disse à agência Dow Jones o superintendente de mercado externo da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Joaquim Ferreira Leite. Ele acrescentou que aproximadamente 20% da safra já pode ser classificada como de baixa qualidade, o que tende a reduzir a oferta de café arábica que poderia ser usado em misturas mais sofisticadas. Nesse contexto, os contratos do produto para entrega em setembro fecharam com valorização de 1,18% na Bolsa de Nova York, cotados a 183,75 centavos de dólar por libra-peso. Embora o clima também seja a principal preocupação dos participantes dos mercados de grãos, ontem muitos investidores embolsaram lucros obtidos nas sessões anteriores e ajudaram a derrubar os preços. O milho, que acumula alta de 30% em um mês, fechou em baixa de 1,71% na Bolsa de Chicago. O trigo recuou 1,01% e a soja caiu 0,60%. O dia foi de cautela nesses mercados, pois há grande expectativa para o relatório mensal de oferta e demanda que os Estados Unidos divulgam hoje, com estimativas para produtividade e estoques.
Nova York, 11/07/2012 -
O euro caiu para o menor nível em dois anos em relação ao dólar, após a divulgação hoje da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve ter dado sinais claros aos investidores de que o relaxamento quantitativo pelo BC dos EUA não está à caminho.A ata, da reunião de junho, mostrou que as autoridades monetárias estão divididas em relação ao momento e necessidade de mais estímulo, indicando que o Fed não está com pressa para lançar outra rodada de compra de bônus para estimular a economia. A notícia foi boa para o dólar que registrou alta em relação à maioria das principais moedas, contrariando um movimento que normalmente enfraquece a moeda local.No fim da tarde, em Nova York, o euro era negociado a US$ $1,2240 de US$ 1,2249 ontem. O iene estava cotado a 79,76 por dólar, de 79,417 ienes por dólar na última sessão, e a 97,62 por euro, de 97,30 ienes por euro ontem. A libra caiu para US$ 1,5503, de US$ 1,5520 ontem.Os participantes do mercado irão olhar agora o testemunho do presidente do Fed, Ben Bernanke, diante do Comitê de Bancos do Senado na próxima terça-feira em busca de uma direção para as novas ações do Fed. Na Europa, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, divulgou hoje um pacote com uma série de medidas que visam ajudar o país a cumprir com a meta para o déficit até 2015. Entretanto, analistas disseram que a Espanha ainda pode precisar de ajuda porque o programa pode atingir duramente a recuperação da economia. O iene se enfraqueceu em relação ao dólar e ao euro à espera do resultado da reunião de política monetária de dois dias do Banco do Japão que termina amanhã. Analistas têm opiniões diversas sobre a reunião, mas a maioria não espera qualquer tipo de medida agressiva de flexibilização imediata pelo BC do Japão.
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