ICE rompe resistência e café tem dia de altas consideráveis
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com fortes ganhos, em uma sessão caracterizada por compras especulativas e de fundos e coberturas de posições short, com os preços conseguindo atingir seus melhores níveis em quatro semanas. Após diversos "ensaios", finalmente o setembro conseguiu romper o nível de 160,00 centavos, o que abriu espaço para stops de compra e para a consolidação das altas. O movimento corretivo, amplamente aguardado pelos mercados, começou a ganhar corpo, mesmo que ainda não se saiba se essa tendência poderá ter continuidade. Na semana passada, após várias tentativas de alta, uma contra-ofensiva era imediatamente observada e, assim, as valorizações se mostravam limitadas. Operadores avaliaram que o mercado deverá ser monitorado pelas próximas sessões, numa observação se os ganhos se mostram pontuais ou podem tender a uma correção mais consistente, em busca de níveis mais fortes de preço. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 700 pontos, com 165,75 centavos, sendo a máxima em 166,35 e a mínima em 157,00 centavos por libra, com o setembro tendo valorização de 700 pontos, com a libra a 168,95 centavos, sendo a máxima em 169,45 e a mínima em 160,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve alta de 30 dólares, com 2.042 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 50 dólares, com 2.080 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o café demonstrou boa consistência nesta terça-feira, com compras especulativas e coberturas permitindo que o nível de 160,00 centavos fosse rompido até com alguma facilidade. "Parte dessas altas pode ser creditada ao fato de o mercado estar bastante sobrevendido", indicou Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, que indicou que vários stops de compra puderam ser identificados acima do patamar de 160,00 centavos. Ao longo da metade deste mês de junho, os preços do café na bolsa nova-iorquina chegaram a bater no menor patamar em 22 meses, com a perspectiva de uma safra alta do Brasil. Mas as recentes chuvas que atingiram o país ajudaram os preços a se recuperar. Por sua vez, vários analistas indicam que ainda é bastante cedo para se determinar os efeitos das chuvas na produção e também na qualidade dos cafés que estão sendo colhidos. "Os traders cobriram suas posições short após o início do rally", indocou Márcio Bernardo, analista da Newedge, que indicou que o movimento de alta é "efetivamente de coberturas. Eu não vejo nenhuma forma mais estrutural nesse movimento. Se ele for concreto terá de provar isso nas próximas sessões", complementou. Pelo menos 18 pessoas morreram em Uganda por causa de um deslizamento de terra e escombros, que soterrou duas aldeias no distrito de Bududa, embora haja a expectativa de que mais corpos podem ser localizados, de acordo com a Cruz Vermelha do país africano. Dois dias de chuvas torrenciais provocaram o deslizamento, nas proximidades do monte Elgon. As aldeias que ficaram debaixo de grande quantidade de lama e escombros são Namanga e Bunakasala. A região também é afetada por inundações. A região é uma das principais áreas cafeeiras de Uganda. As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 25, somaram 1.011.470 sacas de café, contra as 1.088.195 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.359 sacas, indo para 1.615.594 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.068 lotes, com as opções tendo 2.104 calls e 999 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 166,35, 166,50, 167,00, 167,50, 168,00, 168,50, 169,00, 169,50, 169,90-170,00, 170,50, 171,00, 171,50, 172,00 e 172,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 157,00, 156,50, 156,00, 155,50, 155,10-155,00, 154,50, 154,00, 153,50, 153,10-153,00, 152,50, 152,00, 151,50-151,40 e 151,00 centavos por libra.
Londres volta a ter consistência e fecha com bons ganhos
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com ganhos consistentes, compartilhando com os arábicas a retomada de força através de compras especulativas. Após uma primeira etapa de sessão sem grande direcionamento, os ganhos se consolidaram na segunda metade do dia, com o setembro chegando a bater na máxima de 2.093 dólares. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por um volume médio de negócios efetuados e com a predominância de compras especulativas e de coberturas de posições short. Nas máximas, algumas ligeiras realizações foram identificadas, mas elas não foram suficientes para impedir que boas valorizações fossem registradas. Um operador avaliou que as altas foram favorecidas pela falta de pressão nos mercados externos, que tiveram ligeiros ganhos para bolsas e queda do dólar. Além disso, o fator Brasil pesa nos mercados de café. "Há toda uma especulação acerca da safra do país, que poderá não ser tão consistente quanto a esperada até há alguns dias. As chuvas prejudicaram a colheita, fizeram com que muitos grãos fossem para o chão e isso pode afetar a qualidade. Esse fator já ajuda os arábicas a se recuperar e também deu suporte para os robustas voltarem a ganhar corpo", disse . O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de julho com uma movimentação de 5,64 mil lotes, com o setembro tendo 8,74 mil lotes negociados. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 38 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição julho teve alta de 30 dólares, com 2.042 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 50 dólares, com 2.080 dólares por tonelada.
BC ANUNCIA ROLAGEM DE SWAPS, MAS DÓLAR FECHA EM ALTA
São Paulo, 26/06/2012 -
As cotações do dólar, hoje, foram para baixo e para cima, estimuladas, principalmente, pelas expectativas em relação à rolagem dos contratos de swap cambial a vencer no dia 1º de julho (58.500), que já tinham influenciado os negócios durante todo o pregão de ontem. Mas tiveram grande importância, também, o comportamento contraditório dos mercados internacionais e movimentações técnicas.No início do dia, a pressão de alta do dólar acompanhou o ambiente externo onde os investidores têm cada vez mais motivos para desconfiar do sucesso da reunião de cúpula da União Europeia marcada para as próximas quinta-feira e sexta-feira. Até os mais otimistas, hoje, se desanimaram ao ouvir a premiê alemã, Angela Merkel, dizer que não haverá compartilhamento de dívida soberana na Europa "enquanto eu viver". Além disso, os investidores tiveram que digerir a decisão tomada na noite de ontem pela Moody's, que rebaixou a classificação de risco de 28 bancos espanhóis. E os resultados dos leilões de títulos da Espanha e Itália, que mostraram a necessidade dos países em pagar juros mais altos para captar os montantes desejados.Por aqui, começaram a surgir nas mesas de operações, comentários de que o BC não faria a rolagem integral do vencimento dos contratos de swap. E a moeda norte-americana bateu máximas até atingir R$ 2,078 (0,58%). Acabando com os rumores, a autoridade monetária anunciou uma oferta de até 60 mil contratos de swap cambial, com dois vencimentos (1/8 e 3/9), equivalentes a até US$ 3 bilhões. O leilão foi marcado para amanhã."O BC anunciou o leilão e aliviou, mas as cotações cederam pouco. A rolagem só impediu uma alta maior", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.Enquanto isso, nos Estados Unidos, os mercados se mostraram menos temerosos, hoje. As bolsas operaram em alta, o que chegou a permitir um recuo do dólar ante outras moedas, mais percebida no período da tarde. Às 17h48, o dólar index registrava perda de 0,14% e o euro valia US$ 1,2497, depois de ter registrado mínima de US$ 1,2441 mais cedo. Ainda assim, a moeda única estava abaixo do nível registrado no final da tarde de ontem em Nova York, de US$ 1,2574.Por aqui, o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 2,074 (+0,39%), no balcão. Na BM&F, a cotação do pronto ficou em R$ 2,0715 (+0,05%). Às 17h50, o dólar julho estava cotado a R$ 2,078, com alta de 0,65%.
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