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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Café na ICE volta a cair e setembro se aproxima de 150 cents

Café na ICE volta a cair e setembro se aproxima de 150 cents  
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US parecem não ter limite nas quedas. Nesta quinta-feira, mais uma vez, fortes perdas foram reportadas e a posição julho ficou abaixo do nível psicológico de 150,00 centavos, menor nível desde junho de 2010. Novas liquidações especulativas e de fundos deram o tom dos negócios, sem que qualquer tentativa de reação mais efetiva tenha sido observada. Com isso, os bears (baixistas) encontram caminho livre para liquidar, mesmo em um dia como esta quinta, no qual os fatores externos se mostraram positivos, com queda do dólar para várias moedas internacionais, altas nas bolsas internacionais e também para o complexo commodities.  Ao contrário do imaginado por muitos operadores, o nível de 150,00 centavos foi buscado, até com certa facilidade, para o setembro. A mínima do dia para a segunda posição foi de 150,70 centavos. Para alguns players, a tendência é de continuidade da pressão, sendo que o mercado não conta com nenhum indicador mais consistente para demonstrar uma mudança de tendência. Esses players lembraram que novos cafés brasileiros e indonésios chegam ao mercado e vão cumprindo a previsão de reequilibrar a oferta. Diante disso, apontaram, a expectativa é que muitos participantes liquidem suas posições, principalmente aqueles mais temerosos com a complexa situação vivida pelos mercados internacionais, abalados pela crise na Europa e pelos crescimentos mais modestos de vários países do mundo.  Fundamentalmente, o mercado carece de maiores novidades. A questão climática no Brasil é acompanhada de lado, ainda que o país entre no inverno na próxima semana. Não são esperadas quedas mais proeminentes nas temperaturas do centro-sul do pais para os próximos dias.  No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve queda de 330 pontos, com 149,20 centavos, sendo a máxima em 152,30 e a mínima em 148,85 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 315 pontos, com a libra a 151,05 centavos, sendo a máxima em 154,05 e a mínima em 150,70 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve alta de 3 dólares, com 2.093 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 5 dólares, com 2.104 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por novas baixas, baseadas basicamente por novas vendas vinculadas a indicadores gráficos de fraqueza. Para esses analistas, o café tem uma tendência de curto, médio e longo termo baixista. "Vemos uma formação baixista no longo prazo e por mais que alguns players tentem uma correção, o que se vê são novas vendas. Engatamos nas mínimas do dia anterior para ampliar ainda mais as perdas", disse Drew Geraghty, broker de commodities do Icap North America, em Nova Jersey.  A Organização Internacional do Café ampliou para 20 milhões de sacas a estimativa para a safra 2011/2012 de café robusta do Vietnã, maior produtor do grão. O dado representa uma alta de 2,7% em relação à temporada anterior. A última projeção da entidade era de uma produção de 18,3 milhões de sacas. A instituição também estima que a produção mundial de café atinja 131,9 milhões de sacas neste ano-safra, contra 131,4 milhões de sacas previstas anteriormente.  As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 12, somaram 297.438 sacas, contra 385.022 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.074 sacas, indo para 1.570.723 sacas.  O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 39.650 lotes, com as opções tendo 2.045 calls e 2.109 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 152,30, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,15, 155,45-155,50, 156,00, 156,50, 157,00, 157,50, 157,90-158,00, 158,50, 158,90-159,00, 159,35, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,25, 161,50, 162,00, 162,50 e163,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 148,85, 148,50, 148,00, 147,50, 147,00, 146,50, 146,00, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00 e 143,50 centavos por libra.
   Londres tem dia movimentado e consegue fechar em alta    
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com ligeiras altas, em uma sessão de forte movimento, com a predominância das rolagens de posições. A posição julho chegou a flutuar ligeiramente acima do nível psicológico de 2.100 dólares, no entanto, não conseguiu se sustentar nesse nível. Por sua vez, algumas ações de venda foram verificadas, até bater na mínima de 2.069 dólares, sendo que nesse nível compras de comerciais permitiram a recuperação dos preços e até as ligeiras altas ao final do dia.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma volatilidade média, em meio a uma considerável ação entre venda e compra especulativa. Ao final, o mercado demonstrou que ainda conta com alguma sustentação para os robustas e conseguiu manter um intervalo que, ainda que não seja aquele observado até há alguns dias, ainda mostra-se fortalecido, ao contrário, por exemplo, do que ocorre nos arábicas. "Temos um incremento nas rolagens de posições e o volume foi bem expressivo. O mercado ainda tentou buscar novas mínimas, mas voltamos a encontrar aquisições comerciais nas baixas, o que possibilitou fecharmos no lado positivo da escala, ainda que com ganhos ligeiros", disse um trader.  O julho na bolsa londrina tem 33,3 mil contratos em aberto, contra 38,6 mil do setembro. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de julho com uma movimentação de 19,0 mil lotes, com o setembro tendo 17,8 mil lotes negociados. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 11 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição julho teve alta de 3 dólares, com 2.093 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 5 dólares, com 2.104 dólares por tonelada. Responder Encaminhar

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