DÓLAR CAI NO BALCÃO COM DISCRETA MELHORA DAS BOLSAS
São Paulo, 29 -
O dólar no mercado à vista passou para o campo negativo na meia hora final de negócios no balcão, após oscilar entre a estabilidade e alta desde a abertura. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,11%, a R$ 1,8260 no balcão, logo após testar a mínima de R$ 1,8250 (-0,16%). A máxima intraday de R$ 1,8370 (+0,49%) foi registrada no fim da manhã, quando as preocupações com a desaceleração da economia mundial minaram o ambiente de negócios em todos os mercados. Na BM&F, no entanto, o dólar pronto terminou com leve alta de 0,05%, a R$ 1,8266. O giro total à vista na clearing de câmbio até 16h55 somava US$ 2,424 bilhões - 43 inferior ao da véspera. Segundo operadores de câmbio, o dólar devolveu os ganhos no fim da tarde em sintonia com a redução das quedas das Bolsas norte-americanas e da Bovespa, refletindo um movimento de ajustes de carteiras para o encerramento de trimestre. Mais cedo, o Ibovespa chegou a cair 1,51% e às 16h58 recuava apenas 0,36%, aos 64.847,30 pontos. Em Nova York, nesse mesmo horário, o índice Dow Jones estava em alta de 0,19%, após recuar 0,72% mais cedo. Além disso, o fluxo de entrada de recursos hoje foi bem menor que no dia anterior e o BC não fez leilão de compra, levando os agentes financeiros a realizarem lucro no fim da sessão com a zeragem de operações de day-trade, disse um operador. "Ontem o BC comprou mais de US$ 1 bilhão e deixou o mercado spot seco e hoje havia expectativa sobre o comportamento do BC. Como o volume de negócios foi bem menor e não houve leilão, o mercado reforçou a oferta à vista no final, pressionando as cotações do dólar para baixo", observou o economista Italo Abucater, gerente da mesa de câmbio da Icap Brasil. Ele destacou que, nas máximas no fim da manhã, o dólar abril 2012 aproximou-se de R$ 1,840, ao atingir teto de R$ 1,8380 (+0,60%). Às 17 horas, este vencimento de dólar estava estável, em R$ 1,8270, com giro financeiro movimentado de US$ 17,128 bilhões. Há grande expectativa sobre a conclusão das rolagem de contratos futuros de dólar amanhã, quando será formada a taxa Ptax de fim de mês, disse Abucater. O sentimento de aversão ao risco foi retomado mais cedo hoje com os fracos dados econômicos na Europa e nos Estados Unidos, enquanto os yields dos bônus de Itália e Espanha dispararam. Nesta sexta-feira, em Copenhague, na Dinamarca, os ministros das Finanças da zona do euro vão se reunir e devem discutir um aumento dos fundos de resgate da região a fim de evitar uma propagação da crise da dívida soberana. Nos Estados Unidos, o Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre de 2011 foi mantido em alta de 3,0%, abaixo da previsão de que seria revisado para alta de 3,2%. Já a Comissão Europeia divulgou que o índice de sentimento econômico das empresas industriais e de construção da zona do euro caiu para 94,4 em março, de 94,5 em fevereiro, no primeiro declínio desde dezembro. MERCADO NÃO ESTÁ SOBREVALORIZADO, AFIRMA DIRETOR DA OIC Londres, 29 - Os preços atuais do café não estão sobrevalorizados e encorajam os produtores a plantar a cultura, afirmou o diretor da organização Internacional de Café (OIC), Robério Oliveira Silva, em uma cúpula sobre agricultora sustentável nesta quinta-feira. "Os preços atuais oferecem boas perspectivas para os cafeicultores e os incentiva a cultivar a safra", disse ele à agência Dow Jones. "É um preço lucrativo e dá aos produtores esperança no mercado." Antes da colheita da próxima safra brasileira, os agricultores acreditam que há uma escassez de café no mercado, o que sustenta os níveis de preço, de acordo com Robério Silva. "As pessoas não precisam temer as oscilações repentinas de preço no mercado de café. É um reflexo dos produtores bem capitalizados." As informações são da Dow Jones.
Nenhum comentário:
Postar um comentário