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quinta-feira, 22 de março de 2012

Café rompe resistência na ICE, mas avança timidamente

Café rompe resistência na ICE, mas avança timidamente   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em uma sessão em que o intervalo construído após as fortes baixas recentes foi rompido. No entanto, a força compradora para uma possível correção técnica mais efetiva não foi das mais consideráveis, com os preços, desse modo, voltando a ter desaceleração e o fechamento da sessão se dando novamente dentro desse range atual.  Alguns players argumentaram que as altas foram efetivamente técnicas, mas que alguns fatores externos, em menor medida, contribuíram para estimular o potencial comprador. Um dos fatores foi o terremoto no México, que atingiu zonas produtoras de café, como Oaxaca e Guerrero e foi sentido, inclusive, na Guatemala.  Durante parte do dia, o segmento macroeconômico também atuou favoravelmente aos preços das commodities. No entanto, na parte da tarde as bolsas norte-americanas não conseguiram manter o potencial altista e as cotações das matérias-primas, excetuando o petróleo, também não avançaram da forma mais consistente. Apesar do rompimento do intervalo, a sessão se mostrou, mais uma vez, presa em parâmetros que perduram há vários dias.  Apesar de sobrevendido, o mercado de café não parece ter força compradora para uma correção mais efetiva. Por outro lado, alguns players ainda enxergam um potencial baixista forte, o que poderia abrir espaço para novas liquidações. Os vendedores, porém, se mantêm também reticentes.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 110 pontos com 184,70 centavos, sendo a máxima em 188,45 e a mínima em 182,50 centavos por libra, com o julho tendo valorização de 100 pontos, com a libra a 187,35 centavos, sendo a máxima em 191,05 e a mínima em 185,25 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 10 dólares, com 2.022 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 6 dólares, com 2.008 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia se caracterizou pela tentativa de rompimento do primeiro suporte, em 186,60 centavos para o maio. A marca conseguiu ser transposta e, dessa forma, novas ordens de compra passaram a ser processadas, com o maio chegando a flutuar no intervalo de 188,00 centavos de dólar. Entretanto, o "fôlego" comprador se mostrou limitado e, pouco a pouco, algumas novas vendas foram limitando os ganhos e o fechamento voltou a se dar em um nível dentro do intervalo que vem sendo trabalhado pelo mercado nos últimos dias.  "Realmente chegamos a trabalhar com a hipótese de que a esperada correção pudesse ser processada, mas não tivemos novos impulsos compradores. Alguns players trabalham com a percepção de que o sentimento baixista ainda é forte e que, assim, um movimento de alta deve ser limitado consideravelmente", disse um trader.  Após o encerramento dos negócios da terça-feira, a direção da bolsa nova-iorquina anunciou que passará a contar com um sistema de "circuit-breaker" nos negócios de softs, incluindo o café. O objetivo é conter a volatilidade. Com o sistema, cada negócio passa a ter um preço âncora e, qualquer nível além ou abaixo de um determinado percentual desse preço vai fazer com que um "break" de 30 segundos seja acionado.  As exportações de café do Brasil em março, até o dia 20, totalizaram 1.038.986 sacas de café, contra 846.725 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 550 sacas, indo para 1.548.751 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 21.233 lotes, com as opções tendo 2.069 calls e 1.346 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 188,45-188,50, 189,00, 189,40, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00 e 194,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 182,50, 182,35, 182,00, 181,70, 181,50, 181,05-181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50 e 177,00 centavos por libra.  

   Nova York   
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços mais altos. As cotaçõesavançaram em mais um dia dominado por aspectos técnicos e gráficos, sem muitas novidades nos fundamentos.    Segundo corretores, o dia foi de cobertura de posições vendidas, o que garantiu a valorização, com compras de fundos e especuladores. O mercado esteve volátil, chegou a ter perdas e depois reagiu bem, com o contrato maio chegando a ter alta na máxima do dia de 4,85 centavos de dólar por libra-peso.Mas depois da metade da sessão o mercado reduziu os ganhos.    O comportamento mais uma vez mostrou que o mercado segue preso na linha de US$ 1,80 a US$ 1,90 a libra-peso. Na alta, há dificuldade inclusive pro mercadose manter acima dos US$ 1,85 a libra-peso, com vendas sendo mais ativadas. E nabaixa o mercado encontra denso suporte em US$ 1,80 a libra. As informações partem de agências internacionais de notícias.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 184,70 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 1,10 centavo, ou de 0,6%. A posição julho fechou a 187,35 cents, com alta de 1,00 cent, ou de 0,5%.    Com comportamento misto, Londres vê diferenciais caírem Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com comportamentos divergentes. Enquanto os contratos mais imediatos experimentaram retração os mais a futuro tiveram leves quedas, o que permitiu fazer com que o diferencial de maio para julho registrasse uma diminuição. De acordo com analistas internacionais, o dia foi ligeiramente mais movimentado que as sessões passadas da bolsa londrina, com o maio, porém, conseguindo se manter dentro do range de 2.000 dólares, mesmo com alguma pressão vendedora. A mínima do dia esteve em 2.009 dólares, no entanto, nesse patamar algumas recompras foram observadas, o que permitiu fazer com que as perdas desacelerassem consideravelmente. "Chegamos a ter algumas novas ações compradoras na parte inicial do dia, com o maio batendo em 2.042 dólares, no entanto, com o enfraquecimento das bolsas de valores em vários mercados europeus passamos a ter alguma pressão sobre as commodities e as posições mais imediatas fecharam no lado negativo", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 4,88 mil lotes, com o julho tendo 3,79 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 14 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 10 dólares, com 2.022 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 6 dólares, com 2.008 dólares por tonelada.  
  SEM LEILÃO DO BC, DÓLAR À VISTA CAI E FICA ABAIXO DE R$ 1,82
São Paulo, 21 -
O dólar à vista encerrou em queda, de 0,11%, e abaixo de R$ 1,82, cotado hoje em R$ 1,8190 no balcão, após subir 1,05% nas duas sessões anteriores. Na BM&F, o dólar spot encerrou na mínima, com baixa de 0,05%, em R$ 1,8207. A queda de preço ocorreu em meio a um fluxo cambial aparentemente equilibrado e um giro financeiro maior que o dos dois dias anteriores. A pressão de baixa resultou de um aumento de oferta de moeda no fim da sessão, uma vez que os agentes financeiros esperavam um leilão de compra do Banco Central à tarde, o que não se confirmou. Sendo assim, eles foram a mercado vender a moeda, pressionando a baixa dos preços, na contramão da leve valorização do dólar no exterior. O giro total à vista na clearing de câmbio às 16h52 somava US$ 2,385 bilhões (US$ 2,131 bilhões em D+2). No mercado futuro, às 16h51, o dólar abril 2012 subia 0,16%, a R$ 1,8235, com giro de US$ 14,940 bilhões, de um total de US$ 15,136 bilhões movimentados com cinco vencimentos de dólar. Apesar do leve recuo hoje, os agentes de câmbio avaliam que a moeda tende a oscilar ao redor de R$ 1,81, ora pouco acima ora abaixo. Isso porque continua pesando nas decisões de negócios a trajetória para o câmbio pretendida e defendida pela equipe Econômica. A incerteza sobre novas medidas sustenta certa cautela. Os dados sobre fluxo cambial no mês até o dia 16 não mexeram com a formação de preço do dólar. Mas mostraram que houve ingressos de US$ 514 milhões no País entre os dias 12 e 16 últimos, elevando o saldo positivo acumulado em março para US$ 5,622 bilhões - dos quais US$ 561 milhões ingressaram pelo segmento financeiro e US$ 5,061 bilhões pela via comercial. Na semana passada, a conta comercial registrou a entrada líquida de US$ 1,452 bilhão e o fluxo financeiro registrou saída líquida de US$ 938 milhões. Nessa cifra, são somadas transferências de dólares para compra e venda de ações e títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e investimentos produtivos, entre outras transações. No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, disse em uma audiência no Congresso norte-americano que o Fed não tem planos de adotar um papel ativo nos mercados de dívida soberana além das reservas internacionais, que tradicionalmente possui. Isso ajudou a amparar o dólar, que sobe levemente no mercado de moedas. Em Nova York, às 17h11, o euro estava em US$ 1,3210, de US$ 1,3296 ontem.  
  Câmbio 
  O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 0,16%, a R$ 1,8190 para compra e R$ 1,8210 para venda. Na terça-feira, a divisa havia encerrado com alta de 0,38%, cotada a R$ 1,8210.    Pelo terceiro dia seguido a moeda estadunidense teve alta no mercado brasileiro de câmbio, refletindo a tendência externa.

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