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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Plano prevê nova bolsa para derivativos de commodities


 A preocupação com o desempenho das exportações de commodities neste ano e com a volatilidade de preços fez o governo acelerar estudos para a criação de uma bolsa de negociação de contratos futuros dessas mercadorias. Os planos, já avaliados em outras oportunidades, vêm sendo mantidos em sigilo a pedido da presidente Dilma Rousseff.
Segundo apurou o jotrnal Valor Econômico , o governo entende que a constituição de uma “Bolsa de Derivativos de Commodities” é fundamental num momento em que a tendência de queda dos preços dos produtos básicos põe em alerta os produtores, depois de anos de cotações em alta.
Há dois planos em análise. O primeiro prevê que os contratos de preços futuros de commodities sejam negociados apenas na BM&FBovespa, que já opera contratos de algumas mercadorias. O segundo envolve a criação de uma bolsa de propósito específico, seguindo o modelo dos EUA, onde a Bolsa de Nova York funciona como a BM&FBovespa e os derivativos de commodities são negociados principalmente na Bolsa de Chicago.
A BM&FBovespa negocia derivativos de etanol, milho, café e gado. Mas as autoridades estão insatisfeitas com a situação, pois além de as operações terem volume insignificante comparado à produção, são quase desconhecidas de produtores e investidores. De modo geral, diz uma fonte do governo, o agronegócio brasileiro ainda não vê no derivativo de commodities um hedge, como é nos EUA, e muito menos a BM&FBovespa tem a diversidade de produtos que a Bolsa de Chicago oferece.
O governo entende que o Brasil está “atrasado” na comercialização de derivativos de commodities. A China já conta com a Bolsa de Zhengzhou e o Estado incentiva o mercado – ontem, o governo chinês divulgou que lançará mais contratos futuros de grãos até 2015, para que “companhias e produtores tenham ferramentas para se proteger do risco”.
Os produtores brasileiros seriam beneficiados imediatamente após a criação da ferramenta, porque a venda antecipada da produção ajuda a diluir riscos. “No Brasil, a maioria dos produtores vende antecipadamente para empresas grandes e não trabalha com a BM&FBovespa”, diz a fonte.
Fonte: AgnoCafe

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