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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Desejo a Todos um feliz Natal e prospero ano novo
um ano cheio de harmonia e paz para todos
e agradeço a todos a parceria de mais um ano 
wagner

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Café na ICE tem retração, mas não consegue ampliar perdas

Análises - 21/12/2011


Café na ICE tem retração, mas não consegue ampliar perdas



Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas, em um dia caracterizado por algumas ações vendedoras por parte, especialmente, de especuladores que, no entanto, não conseguiram avançar as baixas, uma vez que encontraram uma zona compradora próxima do nível psicológico de 220,00 centavos de dólar por libra peso. A sessão foi caracterizada por um volume limitado de negócios, como vários players já tendo encerrado o ano e já projetando os negócios para 2012. A quarta foi marcada por uma tentativa dos baixistas em buscar alguns suportes, após dois dias de bons ganhos. No entanto, o que se viu foi uma limitação desses operadores em um ponto chave da escala de preço. Operadores destacaram que as ações do dia tiveram um perfil baseado, principalmente, na correção, após dois dias de bons ganhos. Tecnicamente, o mercado segue a tendência observada por vários especialistas, que previam uma correção para cima depois das fortes baixas recentes, que fez com que o mercado passasse a atuar em uma base sobrevendida. No longo prazo, no entanto, a tendência ainda é baixista, conforme alguns aspectos como a média móvel de 200 dias, que se encontra em um nível muito acima do atual patamar de preços. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve queda de 290 pontos com 219,90 centavos, sendo a máxima em 222,80 e a mínima em 218,50 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 280 pontos, com a libra a 222,70 centavos, sendo a máxima em 225,25 e a mínima em 221,40 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 24 dólares, com 1.823 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 19 dólares, com 1.868 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quarta-feira foi caracterizada por vendas especulativas que, em significativo grau, estiveram em linha com o cenário externo. As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram uma quarta de retração, notadamente nas ações referentes a tecnologia, na Nasdaq. O índice CRB, por sua vez, conseguiu ter um relativo avanço, puxado, principalmente, pelo petróleo, que conseguiu ter um bom desempenho e avançar quase 2%. "Tivemos um dia baseado em alguma correção, após duas altas consideráveis e consecutivas. Os baixistas tentaram ampliar as baixas e testaram um nível próximo de 218,00 centavos, no entanto, uma desaceleração das perdas foi observada", sustentou um trader. "Mais uma vez não tivemos um grande volume de negócios e verificamos que os produtores estão realizando vendas bastante limitadas", observou Alex Oliveira, analista da Newedge, em Nova Iorque. O volume das exportações de um grupo de nove países produtores da América Latina registrou aumento de 6,18% em novembro, indicou a Anacafé (Associação Nacional dos Produtores de Café da Guatemala). A entidade indicou que as remessas de El Salvador, México, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Guatemala, Colômbia, Peru e República Dominicana atingiram 1.728.987 sacas no mês, sendo que dessas nações, apenas Colômbia, Nicarágua e Peru e República Dominicana tiveram queda nas exportações, com a maior retração, de 28,45%, sendo da Nicarágua. Na safra atual, iniciada em outubro, esse grupo de país remeteu 3.221.894 sacas ao exterior. Em 2010/2011, o bloco finalizou a safra com a exportação de 26.350.495 sacas. A estiagem ocorrida entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011 afetou lavouras em fase de enchimento de grãos, mas não foi tão prejudicial quanto se esperava para a safra de café 2011/2012 estimada em 43,48 milhões de sacas, informou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O melhor desempenho se deve principalmente às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras, em conseqüência dos tratos culturais feitos pelos cafeicultores em 2009, que refletiram na safra atual, e aos bons preços do café, que permitiram mais investimentos na lavoura. A nova previsão, divulgada na manhã de hoje pela empresa, aponta também, como fator determinante para o aumento da produção, o melhor rendimento do café colhido no final da safra em Minas Gerais, Bahia e Paraná. Esse último levantamento da produção nacional de café de 2011/2012 estima uma produção 9,6 por cento menor que o volume colhido na safra anterior. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 20, somaram 1.455.898 sacas, contra 1.319.343 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.175 sacas, indo para 1.525.366 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 9.240 lotes, com as opções tendo 1.296 calls e 1.983 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 222,80, 223,00, 223,50-223,60, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00, 227,50, 228,00, 228,50 e 229,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 218,50, 218,00, 217,50, 217,00, 216,50, 216,00, 215,50, 215,10-215,00, 214,50, 214,00 e 213,75 centavos por libra.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Café tem novas compras na ICE e segue bom humor externo 20-12

Café tem novas compras na ICE e segue bom humor externo




O contrato futuro de arábica de março, tinha, há pouco, na ICE Futures US, alta de 400 pontos, com 223,45 centavos de dólar por libra peso, depois de bater na máxima de 223,60 centavos. O maio tinha, há instantes, valorização de 390 pontos. De acordo com analistas internacionais, o dia é de compras e recuperação na bolsa nova-iorquina. Depois de ter testado o suporte de um ano na segunda-feira, os preços se mostram em recuperação e muitos players, pressionados por um quadro sobrevendido, voltam a realizar recompras. Os bons ganhos do café também seguem o comportamento positivo dos mercados externos. As bolsas de valores nos Estados Unidos operam com altas próximas de 2%, o que permite às commodities também registrar bons ganhos, com a contrapartida das baixas do dólar. "Ao contrário do que estávamos verificando, esta terça-feira se mostra bem mais positiva. Os ganhos estão sendo observados e nos afastamos rapidamente da área de suporte testada na segunda-feira. Temos uma mistura de cenário macroeconômico positivo e recompras especulativas e, com isso, estamos ampliando ainda mais os ganhos da sessão passada", disse um trader. Um operador destacou que o mercado volta a se mostrar temeroso com a Colômbia. O país sofre com safras fracas e neste ano, quando a expectativa era de recuperação, as condições climáticas voltam a se mostrar críticas. Várias zonas do país sofrem com as chuvas, que afetam lavouras, estradas rurais e cidades. O governo do país já contabiliza 170 mortes por causa das precipitações. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 19, somaram 1.341.165 sacas, contra 1.319.343 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 223,60, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00, 227,50, 228,00, 228,50 e 229,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 219,00, 218,50, 218,00, 217,50, 217,00, 216,50, 216,00, 215,50, 215,10-215,00, 214,50, 214,00 e 213,75 centavos por libra.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Futuro promissor para commodities agrícolas

Futuro promissor para commodities agrícolas


Michael Dwyer, economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), afirma

que o preço das commodities agrícolas na próxima década será "significativamente maior"

do que nos últimos 10 anos. A razão é a crescente demanda nos mercados emergentes.

Os preços mundiais dos alimentos monitorados pela Organização das Nações Unidas bateu

um recorde em fevereiro. Os futuros do milho em Chicago, por exemplo, tiveram a maior

alta de todos os tempos em junho, e os preços médios do grão e soja estão indo para as

maiores médias anuais de todos os tempos.

Já que passamos por um momento de crise e queda das cotações, não fica tão claro este

cenário de forte alta, mesmo assim Dwyer espera que de forma moderada as cotações das

commodities agrícolas subam a níveis muito mais elevados do que o mundo está acostumado

a ver.

"A fonte deste crescimento dos próximos 10 anos é a nova classe média em expansão nos

mercados emergentes, como China, Índia, Sudeste Asiático e América Latina."

Com o crescimento da nova classe média na China, maior consumidor mundial de energia

para tudo, podem surgir mais de 325 milhões de famílias com poder de consumo até 2020,

e 125 milhões já hoje. A mudança "maciça" na demanda agregada de alimentos significa

que os agricultores ao redor do mundo terão que “pedalar”.

"Se a produção não conseguir acompanhar o ritmo de crescimento da demanda, os preços

podem decolar”.

O aumento nos preços das commodities continuará impulsionando os valores de terras e a

renda do produtor. Citando a agricultura americana, que está indo muito bem, ao longo dos

próximos 10 anos, se os preços das commodities ficarem em níveis relativamente elevados

como visto nos últimos dois anos, a rentabilidade historicamente crescente das commodities

agrícolas deve continuar intacta

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos por Gil Barabach




Impactado por um mês de outubro de seca nas regiões produtoras, o próximo ciclo de alta do café, entre julho de 2012 e junho de 2013, pode ser menor do que o anterior, sendo produzido no Brasil algo entre 52 e 55 milhões de sacas. Mas o preço dessa commodity, que se mantém aquecido por diversos fatores, entre os quais está a forte demanda mundial, deve garantir o crescimento da rentabilidade do setor. Estimativas de mercado indicavam neste ano que a próxima safra de café poderia ser excepcional, com até 60 milhões de sacas. A falta de chuva, porém, atrapalhou a produção no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do grão, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas não será uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado. Quanto à safra atual (2011/2012), a consultoria prevê que fechará com 47 milhões de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o preço da medida já estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o preço da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomodação da produção, mas ainda assim os preços se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach. No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os preços costumam cair devido à oferta, essa queda não foi como se esperava. "O mercado indicava uma redução de preços", disse o analista, mas o menor nível do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de preços foi atenuada." No último ciclo de alta do café, entre 2010 e 2011, a produção ficou em 54 milhões de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hipóteses, a próxima colheita superará esta marca; porém, devido às adversidades climáticas que atrasaram a formação do grão, há risco de a safra ser menor - embora os preços tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais. Exportações A grande incerteza atual do setor se refere à crise internacional, ou à "incógnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de café, como já vem acontecendo no leste da Europa, além da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exportações vão de vento em popa, favorecidas por três anos de baixa produtiva na Colômbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa área. "Estamos aproveitando o espaço deixado pela Colômbia para nos consolidar no mercado de café com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros têm-se ocupado em preencher a demanda por cafés especiais. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), as exportações do grão do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo período de 2010 - US$ 7,8 bilhões, contra US$ 4,9 bilhões - e 30,4 milhões de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milhões) foi 34,6% superior à do mesmo mês no ano passado (US$ 620,4 milhões). "A receita cambial esperada para 2011 é de US$ 8,4 bilhões, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A razão que contribuiu para este resultado foram os preços, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga. DCI



Análises - 19/12/2011

Café se recupera na ICE e tem dia de ganhos consistentes



Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma sessão de considerável volatilidade nesta segunda-feira. Mesmo com um volume modesto de contratos comercializados, as cotações foram do nível mais baixo em mais de um ano até a aferição de uma boa alta ao final dos negócios. mais uma vez, os negócios se movimentaram baseados em aspectos técnicos. Na primeira parte da sessão, os baixistas voltaram a demonstrar consistência e o primeiro suporte para a posição março, em 213,75 centavos por libra, marca de 17 de dezembro do ano passado, finalmente foi rompido. No entanto, o rompimento não desencadeou o aumento do "apetite" vendedor. Pelo contrário, vários players passaram a emitir ordens de recompra e o mercado rapidamente começou a ganhar corpo, inicialmente com altas modestas, até ganhos mais consistentes se concretizarem na parte final do dia. Operadores indicaram que o mercado dá sinais de estar sobrevendido, assim, mesmo com a tentativa inicial dos baixistas de se procurar patamares abaixo do suporte, alguns outros participantes atuaram, efetivamente, para se proteger do quadro que é verificado, por exemplo, a partir da análise do Índice de Força Relativa. Fundamentalmente, o mercado ainda avalia questões como a nova temporada de chuvas na Colômbia e a expectativa de operadores por uma safra menor que a anteriormente esperada no Brasil em 2012. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve alta de 435 pontos com 219,45 centavos, sendo a máxima em 219,95 e a mínima em 212,35 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 425 pontos, com a libra a 222,10 centavos, sendo a máxima em 222,30 e a mínima em 215,25 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 19 dólares, com 1.834 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 19 dólares, com 1.878 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por dois momentos bastante distintos. De um lado a tentativa, com êxito, de finalmente se romper uma mínima que durava mais de um ano. No entanto, logo na seqüência, um ação corretiva passou a ser verificada e os preços voltaram a ganhar corpo, com boas altas se consolidando ao final dos negócios. Os mercados externos pouco influenciaram no humor do café, já que operaram grande parte do dia próximos da estabilidade. "Tivemos um dia técnico e de perspectivas distintas. Por um lado o viés baixista tentando consolidar patamares ainda mais pressionados e por outro a correção técnica, diante de um quadro sobrevendido, sendo que o segundo, ao menos por hoje, prevaleceu", disse um trader. Apesar das baixas em sessões recentes, a empresa financeira Commerzbank, de origem alemã, espera que os preços da commodity possam voltar a subir, em meio às preocupações sobre as condições de cultivo da Colômbia, segundo maior produtor mundial de arábica. "Os problemas da safra colombiana devem relativizar a mais recente queda de preços", indicou a instituição em seu informe semanal. "Pouco resolve falarmos de fundamentos quando o macro dita o tom da música. O fortalecimento da moeda americana, junto com uma figura técnica negativa para o café, e com os fundos colocando uma posição vendida nos seus livros, em nada ajudam o mercado a recuperar por ora, e com isto o nível de preço do final de 2011 está igual ao do fim de 2010. Mas falar que a situação de disponibilidade de café é confortável e por isso empurra o mercado mais para baixo é exagero dos baixistas", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, analista da Archer Consulting. Os estoques de café na Europa caíram 692.718 sacas em outubro e chegaram a 11,94 milhões de sacas, informou a Federação Européia de Café. A maior retração se deu em Antuérpia, na Bélgica, com baixa de 510.883 sacas, para 6,11 milhões de sacas. Outros portos que tiveram baixa foram de Hamburgo e Bremen, na Alemanha, além de Genova, na Itália e Le Havre, na França, sendo que apenas em Trieste, na Itália houve aumento no volume de café estocado. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 15, somaram 1.056.783 sacas, contra 939.960 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 169 sacas, indo para 1.526.083 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.780 lotes, com as opções tendo 1.717 calls e 1.642 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 219,95-220,00, 220,50, 221,00, 221,50, 222,00, 222,50, 222,90-223,00, 223,50, 224,00, 224,50, 224,90-225,00 e 225,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 212,35, 212,00, 211,50, 211,00, 210,50, 210,10-210,00, 209,50, 209,00, 208,50, 208,00, 207,50 e 207,00 centavos por libra.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dólar e café voltam de onde vieram


Dólar e café voltam de onde vieram
Os ânimos esfriaram novamente com relação à situação da União Européia. As reações são similares a injeções de estimulantes (quando da divulgação de alguma medida paliativa), que com o fim do efeito da dose faz os investidores cair na real e ficarem deprimidos novamente. Os mercados voltaram ao limbo com outra agência de risco falando em revisões negativas das dívidas soberanas, e de técnicos questionando a legalidade dos ajustes que serão “impostos” aos países da zona do Euro. Sorte para aqueles que há algum tempo estão apostando contra a moeda comum. A posição vendida dos fundos estava inclusive tão grande que muitos não dormiam preocupados com uma recuperação provocada por uma eventual cobertura das vendas. A consequência da fuga ao risco fez com que o dólar americano subisse forte na semana negociando aos maiores patamares desde janeiro deste ano. Com isso as principais bolsas de ações do mundo caíram entre 3% e 7%, e os índices das commodities escorregaram 4% em cinco dias. O café não ficou de fora e finalmente trabalhou abaixo de US$ 220.00 centavos por libra, encerrando a semana em Nova Iorque com queda de US$ 16.73 por saca. São Paulo caiu praticamente o mesmo tanto, também sentindo o efeito da desvalorização do real. Já em Londres o tombo foi menor, US$ 4.38 por saca. Os preços internos do café no Brasil entretanto têm se mantido “tabelados”, principalmente para as qualidades melhores que não baixam de R$ 500.00 reais a saca. O resultado é a firmeza do diferencial. Nas outras origens problemas climáticos têm atrasado a chegada de mais café, e problemas de qualidade têm sido mencionados por alguns participantes. Com os embarques vagarosos dos suaves, e a concentração dos estoques em mãos fortes, os países consumidores não terão outra alternativa além de torrar o que estiver por perto. Triste, mais uma vez, que isto não impacte os certificados da ICE, que diferentemente do que eu tinha imaginado vão fechar 2011 acima de 1.5 milhões de sacas. Enquanto isto novas estatísticas para a produção brasileira da safra de 2012/2013 continuam sendo divulgadas e nenhuma delas acredita em um número muito acima de 55 milhões de sacas. Pouco resolve falarmos de fundamentos quando o macro dita o tom da música. O fortalecimento da moeda americana, junto com uma figura técnica negativa para o café, e com os fundos colocando uma posição vendida nos seus livros, em nada ajudam o mercado a recuperar por ora, e com isto o nível de preço do final de 2011 está igual ao do fim de 2010. Mas falar que a situação de disponibilidade de café é confortável e por isso empurra o mercado mais para baixo é exagero dos baixistas. No ano que vem tem mais caros leitores. Aproveito este último relatório de 2011 para desejar a todos vocês um Natal harmonioso e um excelente 2012, repleto de saúde e sucesso. *Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

Análises - 16/12/2011
Em sessão esvaziada, café amplia perdas na ICE Futures US
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram mais um dia de perdas, com o café consolidando a sua pior cotação do ano e se aproximando da mínima de 12 meses. A sessão foi fraca, com um volume baixo de transações consolidadas. Depois de um início calmo e com a observação de alguns ganhos, a pressão vendedora foi retomada e, até com certa tranqüilidade, novas baixas foram observadas, ainda que o principal suporte para o março, em 213,75, mínima de 17 de dezembro de 2010, não tenha sido testado. A primeira posição aferiu uma perda de 5,55% ao longo da semana. As baixas no café foram técnicas e refletem momento baixista da commodity. Nos mercados externos, a calma prevaleceu, com as bolsas de valores nos Estados Unidos se mantendo próximas da estabilidade e com as commodities, em geral, registrando pequenos ganhos. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve queda de 265 pontos com 215,10 centavos, sendo a máxima em 219,05 e a mínima em 214,20 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 270 pontos, com a libra a 217,85 centavos, sendo a máxima em 221,30 e a mínima em 217,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 8 dólares, com 1.853 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 5 dólares, com 1.897 dólares por tonelada. Segundo analistas internacionais, a sexta-feira passou de um quadro de possível consolidação para nova pressão baixista, com o março batendo nos menores níves de preço do ano. Esses analistas indicaram que as perspectivas de longo prazo para o café continuam solidamente bearish (baixistas). O mercado vem, há meses, em uma composição de baixa, construindo um padrão bastante ordenado nas telas dos gráficos de cotação diária. O nível praticado hoje, por exemplo, está consideravelmente abaixo da média móvel de 200 dias, que um referencial bastante utilizado por operadores para avaliar a tendência para períodos mais extensos. No entanto, o RSI (Índice de Força Relativa) de nove dias mostra que o mercado está praticamente sobrevendido, com um nível em 31% em relação ao fechamento de quinta-feira. A definição de sobrevendido é quando o índice passa a flutuar abaixo dos 30%. Habitualmente, quando o mercado dá a sinalização de sobrevendido passa a operar para uma consolidação ou correção para cima, o que é uma forma segura de manutenção de parâmetros, principalmente com a pouca influência fundamental. Pete DeSario, analista técnico da Elliott Wave International, acredita que o mercado de café deve apresentar uma movimentação corretiva para cima. "No curto prazo nós deveremos operar dentro de um modo altista", disse o especialista que, por outro lado, também avalia o quadro de longo prazo como baixista. Na avaliação de mercado executada sob o esquema da Elliott Wave são levadas em conta ondas que formam determinados padrões. Dentro de um padrão de três ondas o café estaria se desvencilhando de uma segunda formação e, na visão de DeSario, a sexta pode ter sido o dia de mudança, sendo que uma nova onda de recuperação poderia ser formada, com essa tendência tendo uma força considerável, o que poderia fazer com que o mercado tivesse, inclusive, ambição de buscar um patamar próximo da resistência de 268,00 centavos. "Há um bom potencial para ganhos", disse. Em uma visão macro, o especialista destacou o comportamento do índice CRB, que estaria cumprindo um ciclo de ondas de baixa e poderia, assim, ter alguma correção para cima. "Todas as notícias e informações sobre os fundamentos do mercado de café continuam apontando para um equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. Os fundamentos do mercado de café deverão permanecer positivos em 2012. O mercado físico brasileiro de café provavelmente só voltará ao seu ritmo normal de trabalho na segunda semana de janeiro próximo", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 15, somaram 1.056.783 sacas, contra 939.960 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.994 sacas, indo para 1.525.914 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.772 lotes, com as opções tendo 2.450 calls e 998 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 219,05, 219,50, 219,90-220,00, 220,50, 221,00, 221,50, 222,00, 222,50, 222,90-223,00, 223,50, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00 e 227,50-227,60 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 214,20, 214,00, 213,75, 213,50, 213,00, 212,50, 212,00, 211,50, 211,00, 210,50 e 210,10-210,00 centavos por libra.

Artigos - 17/12/2011
Entrada em vigor da medida provisória 545/2011 trará transparência e igualdade
O mercado de café apresentou-se calmo e desinteressado nesta semana que antecede a de Natal. As bolsas de café trabalharam em baixa, acompanhando o desânimo e a desconfiança dos mercados ao redor do mundo com a crise da zona do euro. Ontem, durante evento em Washington, a diretora-gerente do FMI – Fundo Monetário Internacional afirmou que a crise da União Européia está aumentando e requer ação também de países de fora do bloco. No mercado físico brasileiro diminuiu o número de lotes oferecidos no mercado e foram esporádicos os negócios realizados. Compradores e vendedores consideram o ano terminado com a aproximação do período de festas e adiam novos negócios para o início de 2012, quando entrará em vigor a medida provisória 545/2011, de 29 de setembro de 2011. Esta medida provisória altera a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS) na cadeia produtiva do café. A entrada em vigor da medida provisória 545/2011 trará transparência e igualdade de condições para competir aos participantes da cadeia produtiva do café. Todas as notícias e informações sobre os fundamentos do mercado de café continuam apontando para um equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. Os fundamentos do mercado de café deverão permanecer positivos em 2012. O mercado físico brasileiro de café provavelmente só voltará ao seu ritmo normal de trabalho na segunda semana de janeiro próximo. A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 4.207.891 em 30 de novembro de 2011. Uma queda de 251.525 sacas em relação às 4.459.416 sacas existentes em 31 de outubro de 2011. Até o dia 15, os embarques de dezembro estavam em 889.105 sacas de café arábica, 46.645 sacas de café conillon, somando 935.750 sacas de café verde, mais 121.033 sacas de solúvel, contra 939.960 sacas no mesmo dia de novembro. Até o dia 16, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 1.617.220 sacas, contra 1.698.273 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 9, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 16, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 1.265 pontos ou US$ 16,73 (R$ 31,05) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 9 a R$ 544,09/saca e hoje, dia 16, a R$ 528,10/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 265 pontos. Escritório Carvalhaes

Notícias - 18/12/2011
Coréia : importações recorde de café este ano
As importações da Coréia do café saltaram para um recorde este ano como o consumo de cafés especiais se espalha entre os consumidores mais jovens, disse neste domingo a Korea International Trade Association,. Coréia importou um recorde no valor de 508,000 mil dólares de café entre janeiro e outubro, um aumento de US $ 307 milhões ano passado, a agência de comércio estatal disse. Os números de importação continuaram a crescer aqui desde 2000, atingindo a marca de US $ 300 milhões para a primeira vez no ano passado. Importações de café do Brasil representou o maior volume de US $ 100 milhões no ano passado, seguido pela Colômbia, com US $ 91 milhões, Vietnã, com 71 milhões dólares e Honduras, com US $ 65 milhões. Pessoas mais jovens desfrutando café Acredita-se que têm impulsionado o aumento das importações de café, a agência explicou, com cadeias de cafés especiais da casa surgindo em toda parte nos últimos anos. Havia 5.782 casas cadeia do café a partir do ano passado, dos quais as cinco maiores marcas Café Bene, Starbucks, Hollys, Coffee Bean e Angel-in-us café operam cerca de 2.000 localidades. Em meio a popularidade do café especial aqui, a importação de café vietnamita que é usado principalmente para fazer café solúvel diminuiu drasticamente, disse a agência. Café vietnamita viu seu declínio relação drasticamente de 34,8 por cento em 2008 para 13,8 por cento no ano passado, enquanto as importações de café a partir de países sul-americanos, onde os grãos de café arábica de qualidade são cultivadas aumentou durante o período.
Descrição: http://www.agnocafe.com.br/spacer.gif

domingo, 11 de dezembro de 2011

FÍSICO CALMO E FUTURO INDEFINIDO Por Rodrigo Costa


As agências de classificação de risco, que tantas críticas sofreram por não terem avaliado propriamente a situação das instituições em 2008, têm se mostrado mais ativas neste ano. Uma delas nesta semana além de rebaixar notas de alguns bancos europeus, também ameaçou diversos países da União Européia em colocá-los em revisão-negativa.
Os mercados acionários entretanto se contentaram com as medidas do Banco Central Europeu em prover crédito ilimitado durante 36 meses para os bancos da zona do Euro, cortar o requerimento de reservas bancárias em 1% e incrementar o número de ativos aceitos como colateral para empréstimos cedidos pelo próprio BCE.
Os índices das commodities por outro lado cederam nos últimos cinco dias, pesando com o desempenho negativo de 7.45% do gás-natural, 6.33% do trigo, 4.63% do cacau, e 4.31 do suco de laranja. Na verdade dos componentes do CRB só o níquel subiu na semana.
O café em Nova Iorque não saiu de dentro do intervalo entre US$ 225 e US$ 240 centavos, mais uma vez devolvendo ganhos de uma sessão para a outra, com volumes negociados relativamente baixos.
Com a proximidade das festas do final de ano, com diversos jantares e comemorações acontecendo, e uma movimentação fraca nas origens, nos dá a impressão de que as necessidades de compras e vendas no mercado físico estão equalizadas para as próximas semanas.
A divulgação das exportações brasileiras de 2,99 milhões de sacas em novembro, geraram mais uma rodada de discussões com relação ao tamanho da safra-corrente, e por consequência do potencial da seguinte. Os baixistas apontam para o fato dos embarques nos cinco primeiros meses do atual ano safra serem o 2º maior da história, acima inclusive de Jul-Nov de 2002.
Os altistas contra argumentam que o volume alto exportado até agora, tornará ainda mais apertado o quadro na primeira metade de 2012, já que as exportações cairão muito. Apenas para referência, na safra 02/03 o país exportou 29.49 milhões de sacas, número que se repetido não causa sobras significativas.
Outro país que deve exportar bastante é o Vietnã, que em dezembro deve embarcar algo próximo de 2.5 milhões de sacas.
Do lado dos suaves os números absolutos de exportação ficam pequenos, ainda que percentualmente o incremento de um ano a outro seja grande, como por exemplo Honduras, que no mês passado embarcou 123 mil sacas, bem mais do que os 40 mil exportados no ano anterior.
A Colômbia deve decepcionar mais uma vez, com a produção de 11/12 eventualmente nem chegando à casa dos 8 milhões de sacas.
Como o amigo leitor pode notar, não há muito a ser falado de novo. Embora as commodities tenham aparentemente descolado um pouco do movimento de outros ativos de risco, creio que inevitavelmente o macro continuará influenciando.
Tecnicamente o mercado está vacilando demais para subir, mesmo com fundos montando uma pequena posição comprada, o que não é muito animador. Mesmo assim os US$ 220 centavos continuam intactos, e o Euro, sabe-se lá o porquê, tem se mantido firme.
Portanto, ficar vendido não parece uma posição confortável.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tampar o sol com a peneira.

Tampar o sol com a peneira.


O mercado de café esta tecnicamente dentro de uma bandeira de baixa, e em uma clara tendência de baixa na bolsa onde fica clara a força vendedora e quem desde este período esta comandando este mercado, realmente um mercado bear.

Flamula conforme os ventos vão levando, uma noticia de possível melhora nas economias o mercado tenta reagir, mas logo a realidade bate forte.

A macro economia vem dando o tom desde a ultima alta, rebaixamento de notas por agencias de risco mostram o nervosismo do mercado e quão seria e esta crise.

O relatório de que o bloco econômico europeu cresceu no ultimo trimestre apenas 0,2% do seu PIB, so não foi prior do que o relatório do IBGE onde deu valor zero para economia brasileira.

Grandes instituições econômicas como Deuche Bank ou o Creidit Suisse esta semana mostra preocupação com as commodities, onde a alavancagem usada por empresas esta ameaçada e o financiamento também.

A exportação brasileira que foi Record na safra Record do ano passado transferiu estoques para os países consumidores, o que nos leva a acreditar que o mercado pode estar abastecido para passar este inverno, o que vemos claramente o desinteresse por parte das casas comercias em comprarem no físico.

O equilíbrio do mercado tem como o Brasil seu maior produtor mundial, como ancora, mas não podemos deixar de comentar que este ano, tivemos tsunami no Japão, e desaquecimento nas mais importantes economias mundiais, inclusive internamente e acreditar que o consumo se manterá inalterado me parece uma conclusão precipitada e infantil.

Os fundamentos me parecem ameaçados, café é uma bebida que não entra na classe de alimentos indispensáveis, a florada realmente foi boa, o tempo vem correndo bem, o abortamento em parte da florada, principalmente quando ela é grande, é normal, os tratos culturais estão acima da media, o que é natural pelo preço praticado pelo mercado acima da media neste ultimo ano safra, os produtores capitalizados estão conseguindo segurar mercadoria o que pode ser uma faca de dois gumes, ou seja, segurar café pode significar a união de duas safras, o que pode ser horrível para quem produz em relação a cotações futuras.

O mercado vem tecnicamente se consolidando, e o rompimento para um dos lados desta consolidação leva o mercado com muita força para um dos dois lados, mas para mim para que haja uma nova corrida de preços devemos ter algum fator climático que não esteje calculado, como uma seca no verão brasileiro, pois as chuvas nos países centrais já foram absorvidas, e os blends devidamente alterados.

Às vezes acredito que o mercado quer é que o produtor segure o café, pois é o único que teria condição de fazê-lo a estes preços, qualquer problema sobe-se o preço e compra o café.

O ano esta acabando, os produtores deve estar envolvido com os tratos culturais, o que é a única coisa que ele deve fazer cuidar do patrimônio, pois pior do que uma queda nos preços é não ter café para vender.

A crise realmente é seria todo cuidado neste momento é pouco.

Para os trader que querem pegar a onda esperar o rompimento da Ice de $2,20 para vender ou rompimento de $2,52 para comprar no momento nada a fazer.

Boa semana, e fiquem com Deus.

Wagner Pimentel

www.cafezinhocomamigos.blospot.com