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sábado, 23 de abril de 2011

TORREFAÇÃO - Lavazza aposta no consumo nos lares

Uma das mais tradicionais indústrias de café do mundo vai colocar na rua um plano para levar sua marca até as residências de seus consumidores. A partir do segundo semestre deste ano, a italiana Lavazza passará a comercializar café torrado e moído com a sua marca para o consumidor final. A estratégia do grupo é elevar de forma expressiva as vendas da empresa no Brasil, que no ano passado somaram R$ 27 milhões.

Não será, no entanto, na gôndola dos supermercados que o produto será posicionado. A empresa pretende fugir da selvagem concorrência do varejo e disponibilizar seu café moído nas cafeterias que já comercializam a bebida nas xícaras de expresso.

Até agora, a empresa vendia o café com a marca Lavazza apenas em grão nos canais de consumo "fora do lar". A ideia agora é ofertar o produto de uma forma que o consumidor possa levar o café para casa, mas apenas nos pontos de venda onde se comercializa o expresso. "Nosso papel é oferecer um café diferenciado e não disputar espaço no varejo. Não queremos ser mais uma marca na prateleira", afirma Mássimo Locatelli, diretor geral da Lavazza no Brasil.

A presença da Lavazza no segmento de café torrado e moído ao consumidor não é bem um estreia. Em 2008, o grupo italiano adquiriu o carioca Café Grão Nobre e o paulista Terra Brasil, que criaram a base para a empresa a passar a atuar a partir de agora com sua própria marca.

Segundo Locatelli, a empresa tem estudado o mercado brasileiro de café e identificado uma dinâmica bastante diferente da existente na Europa. "A demanda por produtos diferenciados está nascendo no Brasil apenas agora e nesse segmento temos algo a oferecer", afirma o executivo.

A estratégia acompanha o plano da empresa de construir uma fábrica no Brasil, na cidade carioca de Três Rios. A expectativa é que a unidade brasileira esteja produzindo café com a marca entre o fim de 2012 e o início de 2013. "O Brasil é muito grande e tem diferentes tipos de café, o que nos permite fazer diferentes blends e bem aceitos na Europa", afirma Locatelli. (AI)

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