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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Café tem valorização de 3,8% em março, diz OIC

Alexandre Inacio | De São Paulo

Março foi mais um mês de alta para o café no mercado internacional, segundo o índice medido pela Organização Internacional do Café (OIC). O levantamento, que considera preços médios em várias regiões de produção, mostra que o café fechou março a US$ 2,2433 por libra-peso, 3,8% acima do registrado em fevereiro. Com isso, o café alcançou o patamar mais elevado desde junho de 1977.

O relatório da OIC mostra que todas as categorias de café registra valorização em março. O destaque, no entanto, ficou por conta do café brasileiro que fechou março valendo US$ 2,6098 por libra-peso, com alta de 5,7% em comparação com o mês anterior.

Os fundamentos de oferta e demanda continuam dando um forte suporte aos preços. A OIC observa que a produção de café na Ásia e na Oceania, em especial na Indonésia, foi revista para baixo. Nessas regiões, os efeitos do fenômeno La Niña foram mais negativos do que o esperado.

A Colômbia, porém, começa a dar sinais de aumento da produção, depois de dois anos consecutivos de queda, segundo a OIC. A oferta colombiana tende a ficar acima dos 9 milhões de sacas.

Ontem, em decorrência da realização de lucros, os preços do café caíram 1,1% (305 pontos) na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho terminaram o dia a US$ 267,90 por libra-peso. A queda ocorre um dia após os preços terem subido 4,7% na bolsa, em função dos temores de que os estoques globais de café não sejam suficientes para atender a demanda.

Os membros da OIC informam que os estoques iniciais da safra 2010/11 são de apenas 13 milhões de sacas nos países exportadores. As estimativas são de que entre os países importadores, os estoques sejam de 18,3 milhões de sacas, segundo a OIC. "Convém notar que os fundamentos do mercado continuam a apoiar os preços. Os atuais patamares são remuneradores aos produtores o que tende a estimular o aumento da produção", conclui o relatório da OIC.

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