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sábado, 29 de janeiro de 2011

PREÇOS SOBEM 1,73% NA TERCEIRA QUADRISSEMANA DE JANEIRO - IEA

PREÇOS SOBEM 1,73% NA TERCEIRA QUADRISSEMANA DE JANEIRO - IEA

SAFRAS (28) - O Indice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR)1,2 aumentou 1,73% na terceira quadrissemana do ano. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou alta de 3,31% e o IqPR-A (produtos de origem animal) queda de 2,21%. As informações são do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA-SP)

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice, devido a sua importância na ponderação dos produtos, o IqPR cai para 1,24%, mas o IqPR-V (cálculo somente dos produtos vegetais) eleva-se para 4,53%. Com isso, nota-se a considerável pressão dos preços dos produtos vegetais no período, como
efeito relevante da temporada de chuvas torrenciais de janeiro.

Os produtos do IqPR que registraram maiores altas na terceira quadrissemana de janeiro, em comparação com o período anterior foram: tomate (51,98%), café (14,58%) e laranja para mesa (7,31%).

No caso do tomate, numa situação de demanda aquecida e safra menor, as chuvas continuadas geraram perdas de colheita, com impacto conjuntural no abastecimento do produto, elevando seus preços.

No caso do café, os preços desta commodity se elevam devido às pressões da demanda internacional e doméstica e aos menores estoques, atingindo os níveis mais elevados dos últimos anos. Ademais, a redução em especial da safra colombiana abre espaço para vendas de café brasileiro de qualidade superior, elevando os preços médios no mercado interno de arábica, como o café paulista.

Os preços da laranja de mesa refletem o impacto da demanda típica do verão sobre o consumo de sucos naturais, numa conjuntura em que a oferta está dada e dimensionada como safra de menor oferta. De outro lado, há o efeito das chuvas dos últimos dias que dificultaram a colheita e o transporte.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços na terceira quadrissemana de janeiro foram: batata (11,85%), amendoim (10,56%), feijão (9,33%) e carne suína (9,22%).

No caso da batata a considerável quantidade ofertada no período levou a expressivas reduções conjunturais dos preços recebidos. De qualquer maneira essa queda expressiva, ao eliminar a rentabilidade desse produto perecível, prenuncia novo ciclo de alta nos meses seguintes.

Os preços do amendoim, que apresentaram forte recuperação durante o ano passado, estavam um pouco acima das médias de anos anteriores e agora retornam ao seu padrão, com a entrada da safra das águas.

Quanto aos preços do feijão, a concentração da colheita em função de que o atraso do plantio pela seca levou a que muitos semeassem ao mesmo tempo, produziu a entrada de volumes expressivos das colheitas da safra das águas, num mesmo momento conjuntural.

Os preços das carnes subiram acentuadamente em 2010. Entretanto, na entrada do ano, o incremento da oferta das demais carnes reduzindo preços levou à substituição mais acentuada da carne suína.

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