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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Café na ICE tem dia de altas amparado por parâmetros técnicos

Café na ICE tem dia de altas amparado por parâmetros técnicos

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com novas altas, após o mercado ter conseguido suplantar as resistências da semana anterior e ter, inclusive, ficado imune de realizações de lucro, sendo que a primeira posição na bolsa amealhou valorização de mais de 0,5%. No encerramento do dia, o maio teve alta de 155 pontos, com 136,80 centavos de dólar por libra peso, com a mínima em 136,80 e a máxima em 137,80 centavos por libra, com o julho tendo valorização de 70 pontos, com a libra a 136,85 centavos, sendo a máxima em 138,60 e a mínima em 135,55 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve alta de 10 dólares, com 1.408 dólares por tonelada, ao passo que o setembro teve oscilação positiva de 10 dólares, com 1.441 dólares por tonelada.

Os futuros de café na ICE continuam presos em um range entre 130 e 140 centavos, construído nas últimas semanas, sendo que alguns traders parecem se sentir confortáveis nesse patamar, apontou Jack Scoville, analista e vice-presidente da Futures Group, em Chicago. Por outro lado, o mercado futuro de café demonstra uma preocupação adicional sobre a safra de ciclo alto que o Brasil deverá colher em breve, o que poderá pressionar tal mercado nas próximas semanas. Operadores altistas buscam fazer o mercado bater na máxima de 4 de maio, quando testou os 138,70 centavos, mas falhou em atrair novas compras, pressionado por operadores baixistas que efetuaram algumas liquidações.

A falha do julho em superar as altas técnicas de 4 ce maio foi um sinal que sugeriu que os preços poderiam testar novos patamares de baixa, segundo apontou Spencer Patton, analista chefe de investimentos da Steel Vine Investments, em Chicago. "Nós verificamos que havia muita preocupação baixista por parte dos participantes", disse o operador. Quando os preços do café conseguiram se aproximar da resistência técnica no nível entre 139,00 e 141,00 centavos, o mercado automaticamente buscou uma correção para baixo, o que demonstraria que há uma barreira considerável nesse patamar, sustentou um analista internacional. "O julho precisa encerrar num nível acima desse bloco entre 139,00 e 141,00 centavos para consolidar uma força no mercado", disse Patton. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.638 sacas, indo para 2,39 milhões. "O dólar esteve em alta e o petróleo caiu num nível preocupante, no entanto, mesmo com esses indicadores negativos, verificamos que a maior parte das commodities softs estão demonstrando firmeza e o café segue essa tendência. Conseguimos romper a primeira resistência em 137,00 centavos e tínhamos a expectativa de podermos buscar, se continuarmos nesse ritmo, o nível de 140,00 centavos", disse um trader ao longo da sessão desta quarta em Nova Iorque.

As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 11, somaram 495.885 sacas, contra 341.102 sacas do mesmo período de abril, de acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os contratos em aberto na bolsa nova-iorquina tiveram uma retração de 658 contratos, totalizando 136.643, ao passo que o maio, cuja expiração se dará definitivamente no dia n8, continua tendo 48 posições em aberto. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimad em 17.901 lotes, com as opções tendo 2.171 calls e 1.887 puts. Tecnicamente, o maio tem uma resistência no patamar de 138,60, 139,00, 139,50, 140,00, 140,25, 140,50, 141,00 e 141,30 centavos por libra peso, com o suporte se localizando em 135,55-135,50, 135,00, 134,50, 134,00, 133,90, 133,50, 133,10-133,00 e 132,00 centavos por libra.

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