Nova rotulagem do café preocupa cafeicultores capixabas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e a Associação Brasileira de Indústria de Café – Abic classificarão o café brasileiro. Isso significa que será adotado um novo sistema de rotulagem para o produto industrializado: nos rótulos estará explícito a quantidade de café das variedades Arábica e Conilon, usadas na composição do produto moído.
A Abic e o Mapa justificam que a função da medida é informar aos consumidores a respeito da composição do café. A Comissão Técnica do Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo se posiciona contrária à nova rotulagem, pois acredita que poderá gerar discriminação contra algumas variedades, especialmente o Conilon, que é considerado de menor qualidade.
“A rotulagem do café pode gerar a depreciação do café produzido no Espírito Santo, principalmente o Conilon. Isso porque nós não sabemos o que o Mapa e a Abic vão avaliar”, declara o presidente da Comissão do Café da Faes, José Umbelino de Castro.
Nesta quarta-feira (04), a Faes levou à reunião da Comissão do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA uma solicitação para que representantes da Abic e do Mapa compareçam ao Estado a fim de explicarem melhor sobre os padrões adotados par a nova identificação nos rótulos do produto.
O Espírito Santo é o maior produtor de Conilon do Brasil, respondendo por 70% da produção nacional e ocupando 300 mil hectares, em 40 mil propriedades. Essa variedade do café é produzida em 64 dos 78 municípios capixabas. Ele representa 34% do PIB agrícola e movimenta, em média, R$ 1,1 bilhão anualmente.
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