Melitta planeja crescer até 5% no Brasil em 2009
(17/09/2009 18:43)
A Melitta do Brasil pretende ampliar de 4% a 5% o faturamento em 2009 e chegar a um patamar de R$ 630 milhões. A estratégia para atingir a meta, de acordo com o presidente empresa, Bernardo Wolfson, deverá envolver não apenas o crescimento orgânico da companhia como também o desenvolvimento de produtos específicos para as diversas regiões do país.
"A Melitta sempre está aberta a novas aquisições, mas uma estratégia seria o desenvolvimento de produtos que atendam os paladares locais." De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a Melitta é atualmente a quarta maior indústria do setor no País.
Este ano, a companhia decidiu ampliar a presença em Minas, considerado o segundo maior mercado consumidor de café no Brasil. Em abril deste ano foi lançado um novo produto, a partir de utilização da marca Bom Jesus. A nova linha foi desenvolvida com blend especial para atender ao paladar do consumidor mineiro. Apenas com a divulgação e marketing do novo produto, a companhia pretende investir R$ 1 milhão até abril de 2010. O total de investimentos previstos para este ano é de R$ 31 milhões.
A marca gaúcha Bom Jesus foi incorporada à Melitta em 2006 e atualmente é líder nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Desde que assumiu a presidência da companhia no Brasil, há quase seis anos, Wolfson traçou como meta a expansão da marca Melitta para outras regiões do País e a duplicação do faturamento em relação a 2002, quando o montante era de R$ 200 milhões. Em 2008, o faturamento da companhia cresceu pelo sexto ano consecutivo e saltou para R$ 598 milhões (incremento de 12% em relação a 2007).
A divisão de cafés foi responsável por cerca de 65% deste total e a de filtros, por aproximadamente 30%. No ano passado, a empresa lançou novas linhas de produtos. A primeira, denominada Sabor da Fazenda, em São Paulo e Paraná; a segunda, Regiões Brasileiras, com produto oriundo de três conceituadas regiões produtoras do País (Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro).
Nos últimos anos, o movimento de consolidação na indústria de café vem sendo bastante agressivo. A americana Sara Lee, atual líder no mercado, adquiriu cinco importantes marcas, como a Pilão, Café do Ponto, União, Caboclo e Seleto. No ano passado, foi anunciada a compra da torrefadora Café Moka, de Osasco (SP).
Atualmente, a companhia investe na disputa do mercado do Norte e Nordeste, depois de um acordo comercial com o grupo Maratá, de Sergipe, terceira maior torrefadora de café do Brasil, de acordo com a Abic. Já a Santa Clara, sediada no Ceará e segunda no ranking da Abic, é dona da marcas Pimpinella, no Rio de Janeiro, Santa Clara, no Nordeste, Kimimo e Três Corações, em Minas Gerais. O grupo detém a liderança no Nordeste do País e este ano anunciou a aquisição da Café Letícia, de Montes Claros, no Norte de Minas, para reforçar posição em outras regiões do Estado.
Wolfson destaca que, nos últimos anos, a partir da estabilidade econômica e do aumento do poder de compra, o foco na qualidade tem sido preponderante entre as empresas. No ano passado, apesar do agravamento da crise financeira mundial, o consumo do produto não diminuiu. De acordo com a Abic, o consumo de café cresceu 3,5% no ano passado, para 17,7 milhões de sacas, e deverá ter um novo incremento em 2009, de 3%, para um patamar de 18,2 milhões de sacas. "O Brasil é o primeiro produtor e o primeiro exportador de café, além de ser o segundo maior consumidor mundial. Com qualidade e inovação, se tornará o primeiro consumidor de café no mundo", aponta Wolfson.
As informações partem do Jornal do Commercio Brasil-RJ, conforme noticiou a Revista Cafeicultura.
Café e Mercado
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