E a BMF, um belo squeeze?
Esta semana o café terá na Bmf o final do contrato de café mês de março e o que poderá acontecer?
Ainda tínhamos esta semana mais de 2.000 contratos em aberto o que significa mais de 200.000 sacas de café tipo 4/5 para ser fixado, sabendo que esta quantidade não esta a disposição dos vendidos, pois quem tem este tipo de café certificado certamente irá especular mais com ele, portanto estamos esperando um descolamento da bolsa de Nova Iorque onde poderemos ter um aumento de negócios por parte dos vendidos, que terão que recomprar suas posições ou rolar, veremos um belo squeeze pela frente.
As noticias que os estoques das cooperativas de café estão diminuindo rapidamente para um patamar extremamente perigoso, mostra que o squeeze pode se transferir para o mercado físico com empresas prorrogando suas entregas o que trará mais gás para o mercado.
Com os diferencias subindo, ou seja, pagando se ágio pelo café a disposição por parte de quem precisa da mercadoria no mercado spot, para continuar com seu comercio sem parar, e sabendo que os contratos foram feitos com diferencias negativos a Ice bolsa de mercadorias de Nova Iorque, ou seja, vendeu se café mais barato, mas muito mais barato do que o mercado se pratica hoje, e sabendo que hoje estes diferencias chegam a ser positivo para alguns tipos de café, o prejuízo deve estar bem amargo.
Os fatos que levaram ao Egito uma mudança de poder e esta ocasionando uma revolução nos países Árabes mostram que a internet veio para ficar e informar a todos e a todos os setores de uma sociedade que a cada dia fica mais ativa e cobradora de seus direitos.
O setor cafeeiro que já foi no passado a maior fonte de renda no Brasil, perdeu sua importância nos anos 70 e final dos 80 quando fomos alijado do poder político do país, e hoje detendo de informações sobre estoques e consumo sabemos que o setor não teria sofrido tanto se tivesse liderança política que realmente estivesse interessada em um setor que emprega oito milhões de pessoas.
O setor precisa se organizar, não adianta fazer discurso para platéia, o setor é importante e tem muito para se avançar.
O mercado subiu quando apareceu um gargalo de café suaves, que são os cafés produzidos pela Colômbia e Centrais, mas os estoques que estão se desmanchando são de todas as qualidades, portanto a alta viria mais cedo ou mais tarde.
O aumento do consumo foi e é o salvador da pátria, mas o que fazer de agora em diante.
Simples organizar, fazer parcerias corrigir os erros e partir para um mercado firme e consolidado não podemos esquecer os tempos bicudos, pois ainda a maioria dos produtores não recebeu o preço alto que o mercado esta pagando, mas será que este preço é alto.
Se corrigirmos hoje as altas de décadas atrás por qualquer índice inflacionário será que o preço que bate a nossa porta ainda não estaria defasado.
Esta semana no Rio Grande do Sul no evento que abre a colheita do arroz, sindicatos, federações, e o próprio governador que também estava no evento se comprometeram em unir força para resolver o problema dos irmãos produtores de arroz, o setor cafeeiro tem que ver o exemplo e unir principalmente agora que o vento esta a favor, pois se não for feito anda agora o mercado novamente tomara conta dos preços e as viúvas virão aos borbotões pedindo arrego, a hora é de união parceria e montar uma estratégia de mercado, precisamos saber o que produz industrializa e exporta, acho que me torno um chato, pois sempre bato na mesma tecla, mas não consigo enxergar futuro sem organização disciplina e conhecimento, fomos salvos no ultimo round vamos aproveitar para não errar, vamos aproveitar que vamos ter lucro e nos fortalecer e não sairmos plantando café sem estudo é tiro no pé isto é suicídio.
Graficamente tivemos uma correção até as medias gerando um dos meus setup preferido a continuação de tendência e devemos ir testar o topo anterior como primeiro alvo.
Vamos aguardar os movimentos do mercado, acredito na continuação da tendência de alta, nada mudou no cenário a não ser que o aperto de café ficou ainda maior e os estoques perigosos.
Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
domingo, 27 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Market international coffee spot
Market international coffee spot
Colombians, UGQ, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from 15¢ to 20¢ over May “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from 21¢ to 26¢ over May “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Apr./May/June equal shipment from 6¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Apr./May/June equal shipment from 3¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Mar. through June equal shipment from 8¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Mar./Apr/May equal shipment from 31¢ to 29¢ under the relevant months “C,” depending on description.
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for Mar. shipment from 5.5¢ over May London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Mar./Apr. crossing from 20¢ to 22¢ over May “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Mar./Apr. shipment from 18¢ to 20¢ over May “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Mar. shipment from 28¢ over May “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Mar./Apr. shipment from $18 over May “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $24 to $25 over, per 46 kilos, May “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $33 to $35 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $32 over per 46 kilos, May “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $37 to $38 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Mar./Apr. shipment from $16 over May “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $22 over per 46 kilos, May “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr./May equal shipment from $24 over, per 46 kilos, May “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Mar./Apr. shipment were offered FOB from $20 to $21 over May “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr. shipment from $4 to $5 over May “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $7 to $9 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Apr. shipment, per 46 kilos, from $15 over May “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Apr. shipment, per 46 kilos, from $11 to $13 over May “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Mar. shipment from 15¢ over May London. Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 16¢ over May London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Mar. shipment from 6¢ over May London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Mar. shipment from 8¢ over May London.
Colombians, UGQ, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from 15¢ to 20¢ over May “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from 21¢ to 26¢ over May “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Apr./May/June equal shipment from 6¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Apr./May/June equal shipment from 3¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Mar. through June equal shipment from 8¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Mar./Apr/May equal shipment from 31¢ to 29¢ under the relevant months “C,” depending on description.
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for Mar. shipment from 5.5¢ over May London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Mar./Apr. crossing from 20¢ to 22¢ over May “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Mar./Apr. shipment from 18¢ to 20¢ over May “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Mar. shipment from 28¢ over May “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Mar./Apr. shipment from $18 over May “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $24 to $25 over, per 46 kilos, May “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $33 to $35 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $32 over per 46 kilos, May “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $37 to $38 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Mar./Apr. shipment from $16 over May “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr. shipment from $22 over per 46 kilos, May “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Mar./Apr./May equal shipment from $24 over, per 46 kilos, May “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Mar./Apr. shipment were offered FOB from $20 to $21 over May “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr. shipment from $4 to $5 over May “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Mar./Apr./May equal shipment from $7 to $9 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Apr. shipment, per 46 kilos, from $15 over May “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Apr. shipment, per 46 kilos, from $11 to $13 over May “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Mar. shipment from 15¢ over May London. Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 16¢ over May London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Mar. shipment from 6¢ over May London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Mar. shipment from 8¢ over May London.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
77,97, 11
77,97, 11
O que significam estes números 77,97 e 11 não é nenhuma charada ou nenhum resultado de estudo matemático, são os anos onde tivemos as maiores altas no setor cafeeiro.
Em 1.977 o preço do café teve a sua maior marca na bolsa Norte Americana atingindo o topo histórico na casa de $ 337,50 cents de dólar por libra peso, topo hoje respeitado e a ser batido em futuro próximo.
Naquele tempo 1.977, o mercado teve seu ápice devido a uma geada negra no Paraná estado brasileiro que então respondia pela maior produção do setor cafeeiro, geada esta que foi no ano de 1.975, que foi a pá de cal desta região cafeeira, depois disso a cafeicultura buscou por novas áreas produtoras, o consumo mundial ficava em 1.977 na casa de 75 milhões de sacas, para uma produção de café que se equilibrava na época com o consumo na casa também de 75 milhões de sacas, no ano da geada o estoque de passagem dos países produtores era de 44 milhões de sacas de café o que no ano de 1.977 caiu violentamente pelo fator climático citado acima 25 milhões de sacas, neste período da cafeicultura existia algumas particularidades que temos que destacar:
1- O acordo internacional do café onde não poderia se vender café abaixo de $1,20 dólar por libra peso o que daria o piso para o preço do café
2- Financiamento para abertura de novas áreas com prazo de sete anos de carência para pagamento, mostrando que a cafeicultura tinha uma política agrícola e estava em expansão.
3- Mão-de-obra abundante nas propriedades rurais e barata.
O estoque mundial mínimo de passagem desta época foi entre 1979 e 1980 que ficou em 30.450 milhões de sacas onde sua maior parte ainda ficava nos países produtores que detinham 25 milhões de sacas.
Ainda em 1.977 tivemos a máxima de preço em $337,50 e uma mínima de $148,05 cents de dólar por libra peso o que mostra um total descontrole dos preços e a sua manipulação e uma total desinformação dos países produtores, pois, tivemos o menor estoque de passagem logo dois anos apos.
Em 1.997 tivemos novamente um novo pico de preço, aonde chegamos ao topo não histórico, mas da época em $3,18 cents de dólar por libra peso, novamente pico causado por uma geada que ocorreu no ano de 1.994, o mercado vinha de um período onde os estoques mundiais estavam muitíssimo altos e os preços estavam testando valores muito baixos, onde anos anteriores a geada o mercado trabalhava na bolsa entre mínima de 49,50 e máxima de 94,55.
Fatos que temos que levar em consideração é que durante a década de 80 o Brasil passava por uma grande crise financeira aonde chegamos a ter inflação de 80% ao mês, onde a aplicação financeira era o melhor negocio que existia, e era neste mercado que a cafeicultura se defendeu nestas aplicações e como toda inflação corroia os salários da época que ficaram muito barato, outro fator que deu sustentação a cafeicultura da época.
O consumo mundial ficava na casa de 108 milhões de sacas de café, para uma produção que ficava na casa de 95 milhões de sacas em anos anteriores a 1.997, e no ano de 1.997 respectivamente foi de 103 milhões de sacas de café, ou seja, abaixo do consumo mundial o que levou o preço a subir.
Fatores que devem ser destacados da cafeicultura da época:
1-o plano real acabou com a inflação onde a alta dos preços do café alavancou a produção da época e o plantio.
2-a mão-de-obra ainda era barata o que contribuiu com o aumento de produção.
3-O acordo internacional do café foi extinto em 1989 e o mercado era livre.
4-a extinção do Instituto Brasileiro do Café, IBC, pelo governo Collor de Melo em 1990.
Com estes preços em alta o produtor aumentou muito o seu plantio o que causou um grande problema em anos futuros.
O menor estoque de passagem neste período foi na safra de 1.999/00 onde caiu para 31.364 milhões de sacas, o que mostra que o mercado trabalha prevendo o futuro próximo, muito perto do menor estoque de passagem que tivemos no pico anterior em 1.977, o estoque de passagem só começou a ser reposto no ano de 2.002, ano que tivemos uma super safra, e ano que tivemos os piores preços da história, onde cravamos o fundo em 42,20 cents de dólar por libra peso e com uma política cambial flutuante e uma troca de governo, onde tivemos preço em reais e em dólares que chega ser ridículo se pensarmos no tamanho do estoque de passagem mundial da época novamente uma desinformação, falta de política cafeeira.
Deste fundo cravado em 2.002 o café começa em uma recuperação de preço em uma tendência de alta que estamos nela ate hoje.
Chegamos em 2.010 e 2.011 com a produção crescente, mas mesmo com o crescimento da produção e novas técnicas de produtividade, os produtores passaram por uma década de prejuízos e o desestimulo era geral não só no Brasil, mas em outros países produtores.
Este ano estamos vendo uma nova escalada nos preços provocados também por fatores climáticos, mas aí começa a diferença desta alta, entre as outras duas escaladas de preços, este fator climático não foi no Brasil e sim nos países da America Central e Colômbia.
Outra diferença é que estes países da America Central perderam a competitividade quando os EUA tiraram o subsidio que dava a estes países, para investir na guerra conta o terrorismo e estão sentindo o gosto do mercado livre.
A produção mundial este ano é recorde que devera fechar este ano safra em 139 milhões de sacas de café para um consumo de café que também é recorde de 138 milhões de sacas de café um muito perto do outro com um estoque de passagem na casa de 35 milhões e sacas de café.
Conclusão desta sopa de números.
1-O fator climático citado acima nos países produtores da America Central e Colômbia mostra ser apenas o pivot para esta escalada de preço, pois vemos um aumento do consumo muito grande baixando muito rápido os estoques.
2- os preços sobem em safra recorde brasileira e mundial.
3-aumento do preço de todas as commodities em geral e não só de café.
4- A Mao de obra se torna o principal fator para um aumento na produção cafeeira no Brasil e no mundo, mão-de-obra cara e escassa
5- A revolução da classe media mundial querendo melhorias no padrão social aumentando o consumo não só de café, mas também de todas as commodities.
6- O aumento do consumo não se deu nos países mais ricos e sim em outros países principalmente nos BRICs com a expansão de suas economias.
7- Não esta havendo ainda um crescimento na área plantada, o que deve prolongar um pouco esta alta.
Bom para finalizar o que temos em cima desses dados é que como o mercado trabalha com uma previsão futura acreditamos que com o aumento do consumo o estoque de passagem ira ficar na casa de 31 milhões de sacas e com uma safra menor no Brasil e com a continuação do aumento do consumo previsto pela Abic acreditamos em um estoque de passagem para 2011/12 nos países produtores abaixo de oito milhões de sacas o menor de todos os tempos, portanto esta escalada ainda esta longe de se acabar.
O plantio devera começar novamente de forma agressiva no final deste ano de 2.011 o que poderá trazer uma safra recorde para o ano de 2.014 em torno de 65/70 milhões de sacas de café no Brasil, mas não sabemos se esta quantidade será suficiente para manter o consumo crescente, nem se haverá problemas climaticos para frustar isto.
Vamos aguardar os acontecimentos e nos manter informados para que o mercado não seja manipulado novamente por falta de informação, pois tivemos fundo de mercado sem ter ápice de estoque.
Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe.
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
O que significam estes números 77,97 e 11 não é nenhuma charada ou nenhum resultado de estudo matemático, são os anos onde tivemos as maiores altas no setor cafeeiro.
Em 1.977 o preço do café teve a sua maior marca na bolsa Norte Americana atingindo o topo histórico na casa de $ 337,50 cents de dólar por libra peso, topo hoje respeitado e a ser batido em futuro próximo.
Naquele tempo 1.977, o mercado teve seu ápice devido a uma geada negra no Paraná estado brasileiro que então respondia pela maior produção do setor cafeeiro, geada esta que foi no ano de 1.975, que foi a pá de cal desta região cafeeira, depois disso a cafeicultura buscou por novas áreas produtoras, o consumo mundial ficava em 1.977 na casa de 75 milhões de sacas, para uma produção de café que se equilibrava na época com o consumo na casa também de 75 milhões de sacas, no ano da geada o estoque de passagem dos países produtores era de 44 milhões de sacas de café o que no ano de 1.977 caiu violentamente pelo fator climático citado acima 25 milhões de sacas, neste período da cafeicultura existia algumas particularidades que temos que destacar:
1- O acordo internacional do café onde não poderia se vender café abaixo de $1,20 dólar por libra peso o que daria o piso para o preço do café
2- Financiamento para abertura de novas áreas com prazo de sete anos de carência para pagamento, mostrando que a cafeicultura tinha uma política agrícola e estava em expansão.
3- Mão-de-obra abundante nas propriedades rurais e barata.
O estoque mundial mínimo de passagem desta época foi entre 1979 e 1980 que ficou em 30.450 milhões de sacas onde sua maior parte ainda ficava nos países produtores que detinham 25 milhões de sacas.
Ainda em 1.977 tivemos a máxima de preço em $337,50 e uma mínima de $148,05 cents de dólar por libra peso o que mostra um total descontrole dos preços e a sua manipulação e uma total desinformação dos países produtores, pois, tivemos o menor estoque de passagem logo dois anos apos.
Em 1.997 tivemos novamente um novo pico de preço, aonde chegamos ao topo não histórico, mas da época em $3,18 cents de dólar por libra peso, novamente pico causado por uma geada que ocorreu no ano de 1.994, o mercado vinha de um período onde os estoques mundiais estavam muitíssimo altos e os preços estavam testando valores muito baixos, onde anos anteriores a geada o mercado trabalhava na bolsa entre mínima de 49,50 e máxima de 94,55.
Fatos que temos que levar em consideração é que durante a década de 80 o Brasil passava por uma grande crise financeira aonde chegamos a ter inflação de 80% ao mês, onde a aplicação financeira era o melhor negocio que existia, e era neste mercado que a cafeicultura se defendeu nestas aplicações e como toda inflação corroia os salários da época que ficaram muito barato, outro fator que deu sustentação a cafeicultura da época.
O consumo mundial ficava na casa de 108 milhões de sacas de café, para uma produção que ficava na casa de 95 milhões de sacas em anos anteriores a 1.997, e no ano de 1.997 respectivamente foi de 103 milhões de sacas de café, ou seja, abaixo do consumo mundial o que levou o preço a subir.
Fatores que devem ser destacados da cafeicultura da época:
1-o plano real acabou com a inflação onde a alta dos preços do café alavancou a produção da época e o plantio.
2-a mão-de-obra ainda era barata o que contribuiu com o aumento de produção.
3-O acordo internacional do café foi extinto em 1989 e o mercado era livre.
4-a extinção do Instituto Brasileiro do Café, IBC, pelo governo Collor de Melo em 1990.
Com estes preços em alta o produtor aumentou muito o seu plantio o que causou um grande problema em anos futuros.
O menor estoque de passagem neste período foi na safra de 1.999/00 onde caiu para 31.364 milhões de sacas, o que mostra que o mercado trabalha prevendo o futuro próximo, muito perto do menor estoque de passagem que tivemos no pico anterior em 1.977, o estoque de passagem só começou a ser reposto no ano de 2.002, ano que tivemos uma super safra, e ano que tivemos os piores preços da história, onde cravamos o fundo em 42,20 cents de dólar por libra peso e com uma política cambial flutuante e uma troca de governo, onde tivemos preço em reais e em dólares que chega ser ridículo se pensarmos no tamanho do estoque de passagem mundial da época novamente uma desinformação, falta de política cafeeira.
Deste fundo cravado em 2.002 o café começa em uma recuperação de preço em uma tendência de alta que estamos nela ate hoje.
Chegamos em 2.010 e 2.011 com a produção crescente, mas mesmo com o crescimento da produção e novas técnicas de produtividade, os produtores passaram por uma década de prejuízos e o desestimulo era geral não só no Brasil, mas em outros países produtores.
Este ano estamos vendo uma nova escalada nos preços provocados também por fatores climáticos, mas aí começa a diferença desta alta, entre as outras duas escaladas de preços, este fator climático não foi no Brasil e sim nos países da America Central e Colômbia.
Outra diferença é que estes países da America Central perderam a competitividade quando os EUA tiraram o subsidio que dava a estes países, para investir na guerra conta o terrorismo e estão sentindo o gosto do mercado livre.
A produção mundial este ano é recorde que devera fechar este ano safra em 139 milhões de sacas de café para um consumo de café que também é recorde de 138 milhões de sacas de café um muito perto do outro com um estoque de passagem na casa de 35 milhões e sacas de café.
Conclusão desta sopa de números.
1-O fator climático citado acima nos países produtores da America Central e Colômbia mostra ser apenas o pivot para esta escalada de preço, pois vemos um aumento do consumo muito grande baixando muito rápido os estoques.
2- os preços sobem em safra recorde brasileira e mundial.
3-aumento do preço de todas as commodities em geral e não só de café.
4- A Mao de obra se torna o principal fator para um aumento na produção cafeeira no Brasil e no mundo, mão-de-obra cara e escassa
5- A revolução da classe media mundial querendo melhorias no padrão social aumentando o consumo não só de café, mas também de todas as commodities.
6- O aumento do consumo não se deu nos países mais ricos e sim em outros países principalmente nos BRICs com a expansão de suas economias.
7- Não esta havendo ainda um crescimento na área plantada, o que deve prolongar um pouco esta alta.
Bom para finalizar o que temos em cima desses dados é que como o mercado trabalha com uma previsão futura acreditamos que com o aumento do consumo o estoque de passagem ira ficar na casa de 31 milhões de sacas e com uma safra menor no Brasil e com a continuação do aumento do consumo previsto pela Abic acreditamos em um estoque de passagem para 2011/12 nos países produtores abaixo de oito milhões de sacas o menor de todos os tempos, portanto esta escalada ainda esta longe de se acabar.
O plantio devera começar novamente de forma agressiva no final deste ano de 2.011 o que poderá trazer uma safra recorde para o ano de 2.014 em torno de 65/70 milhões de sacas de café no Brasil, mas não sabemos se esta quantidade será suficiente para manter o consumo crescente, nem se haverá problemas climaticos para frustar isto.
Vamos aguardar os acontecimentos e nos manter informados para que o mercado não seja manipulado novamente por falta de informação, pois tivemos fundo de mercado sem ter ápice de estoque.
Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe.
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Market international
Market international
In the market for actuals here, Colombians, UGQ, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from 26¢ to 30¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from 31¢ to 35¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Feb. shipment from 4¢ over Mar. “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from 8¢ to 6¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from 12¢ to 11¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Feb. shipment from 32¢ to 29¢ under Mar. “C,” depending on description. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Feb./Mar. crossing from 20¢ over the relevant months “C.” Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 18¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 28¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Feb./Mar. shipment from $18 over the relevant months “C.”
Extra prime Guatemalas, were offered FOB for Feb. shipment from $21 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from $26 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb. through June equal shipment from $34 over the relevant months “C.” Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $30 to $33 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $38 to $42 over the relevant months “C.” Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $16 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $22 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $26 to $28 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Feb./Mar./Apr. equal shipment were offered FOB from $20 to $22 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $10 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb. through May equal shipment from $12 to $14 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Feb./Mar. shipment, per 46 kilos, from $16 to $17 over the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Feb. shipment from 15¢ over Mar. London. Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 16¢ over Mar. London
. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Feb. shipment from 6¢ over Mar. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Feb. sh
In the market for actuals here, Colombians, UGQ, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from 26¢ to 30¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from 31¢ to 35¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Feb. shipment from 4¢ over Mar. “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from 8¢ to 6¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from 12¢ to 11¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Feb. shipment from 32¢ to 29¢ under Mar. “C,” depending on description. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Feb./Mar. crossing from 20¢ over the relevant months “C.” Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 18¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 28¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Feb./Mar. shipment from $18 over the relevant months “C.”
Extra prime Guatemalas, were offered FOB for Feb. shipment from $21 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Feb. through June equal shipment from $26 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb. through June equal shipment from $34 over the relevant months “C.” Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $30 to $33 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $38 to $42 over the relevant months “C.” Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $16 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $22 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $26 to $28 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Feb./Mar./Apr. equal shipment were offered FOB from $20 to $22 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $10 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb. through May equal shipment from $12 to $14 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Feb./Mar. shipment, per 46 kilos, from $16 to $17 over the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Feb. shipment from 15¢ over Mar. London. Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 16¢ over Mar. London
. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Feb. shipment from 6¢ over Mar. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Feb. sh
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Os Números e a Cafeicultura.
Os Números e a Cafeicultura.
A matemática ciência exata onde os resultados são feitos em cima de cálculos com resultados previstos.
A cafeicultura tem sua própria ciência em cálculos onde os resultados nos deixa profundamente entediado e revoltado com tamanho descaso, por um setor que movimenta oito milhões de trabalhadores diretos e/ou indiretos em nosso país a fora.
Em um artigo esta semana um grande e conceituado comentarista de nosso agronegócio Rodrigo Costa diretor do setor café da New Hedge em Nova Iorque levanta novamente a questão dos números de safra brasileira, que vem ha mais de uma década digervindo entre os participantes deste mercado, enquanto se nos basearmos pelos números da entidade governamental a Conab que seria a responsável para manter a estatística do setor, estaríamos com um déficit entre produção e consumo, sem entrar na exatidão dos números apesar de não ser difícil de levantá-los, este déficit estaria na casa de 50 milhões de sacas de café nos últimos 10 anos de apuração do órgão, bom não precisa dizer que algo esta manipulado.
A grande safra brasileira ano safra 2.010/2.011 não seria diferente entre a Conab e o mercado estaria hoje esta divergência um hiato de pelo menos oito milhões de sacas.
Como a matemática é uma ciência exata nos trará resposta inexata quanto aplicamos números que divergem na execução das formulas.
Bom já sabendo que algo esta muito errado basta saber onde esta o erro, na produção, no comércio, na indústria ou na exportação, mas o que realmente interessa é quem estaria sendo beneficiado com esta manipulação.
O produtor a base desta cadeia vem há anos renovando sua divida e prorrogando o pagamento por fechar ano após ano no vermelho, portanto não seria ele o beneficiado o que resta a indústria e o comércio como vilão desta vergonha nacional.
O mercado responde de imediato quanto se encontra uma oportunidade de ganho, e alguns fundos com esta informação entraram na bolsa em meados do ano passado em plena safra “recorde” brasileira e enquanto casas comerciais vendiam para poder recomprar mais barato, sabendo da falência e da falta de informação dos produtores brasileiros, estes fundos compravam.
Se vendo dentro de uma verdadeira ratoeira estas empresas vêm pagando margens para estes fundos e rolando o prejuízo para vencimentos futuros esperando que se colha uma verdadeira safra “recorde” ou a quebra de um novo Leman Brother, o que fez desencadear a maior crise financeira do mundo em 2.008, onde estes fundos que já estavam comprados naquela época, na necessidade de fazer dinheiro pelo tamanho dos saques que estavam tendo venderam suas posições de comprado e salvaram estas empresas da ratoeira anterior.
No Brasil esta semana a Bmf bolsa de mercadoria e futuros mostrou que algo estaria errado com os números da vergonha, esta bolsa que trabalha com café natural diferente da bolsa norte americano que trabalha com café despolpado, ficou com diferencial positivo o que normalmente seria negativo, ou seja, pagou se ágio pelo café natural, ante a bolsa americana, e sabendo que são mercadorias diferentes e com preparos diferentes e valores comerciais diferentes mostra que tem algo estranho no ar.
Os fundos novamente aumentaram suas posições de comprado em Nova Iorque no rompimento da casa de 2,50 dólares por libra peso o que nos leva a crer que o mercado estaria longe de uma realização e deixando a cabeça dos vendidos um tanto mais dolorida.
O preço do nosso café que estamos hoje vivendo, realmente em momentos normais seria momentos bearish, e que os vendedores estariam rindo de orelha a orelha com seus lucros.
Mas já venho dizendo que são novos tempos, com consumo em alta, com estoques baixos, o que terá que ser estudado pelos economistas como o milagre “classe media”, o que é visto ao redor do mundo por todas as economias emergentes uma verdadeira avalanche de consumo, o que era privilegio dos países ricos e das comunidades ricas.
Com a safra brasileira entrando em ciclo de produtividade baixa, pois estaremos agora entrando nos próximos três anos com dois anos de ciclos baixos para um de alta, levará a crise de estoque por menos mais três anos.
Vejo ainda a tendência de alta por mais tempo o que trará em médio prazo o rompimento do topo histórico fato que também aconteceu há duas semanas com algodão outra commodity que esta em tendência de alta, estoque baixo e alto consumo.
A tendência de alta do café poderá ser duradoura ou simplesmente mais uma armadilha para que o produtor plante café desenfreado mente, mas isto é um tema para outro artigo.
O governo brasileiro tem que entender a oportunidade em que o mercado esta dando para levantar dados mais precisos de safra de estoque para que o produtor fique mais bem informado, e não entre de novo em período de perder seu patrimônio, o produtor deve cobrar do governo, das cooperativas, dos exportadores, mais clareza para poder administrar sua produção e patrimônio.
Acredito para esta semana em rali de recompra com o vencimento dos contratos de café na bolsa de Nova Iorque e que tenhamos mais uma semana de alta e firmeza no mercado, onde o próximo alvo da bolsa americana de café fica em 268,30, alvo geométrico de rompimento de consolidação. O que levara também a mais um rali na BMF.
Os produtores devem esperar por mais esta semana para fazer preços e para vender parte de sua safra vindoura.
Uma boa semana a todos e que Deus nos abençoe
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
A matemática ciência exata onde os resultados são feitos em cima de cálculos com resultados previstos.
A cafeicultura tem sua própria ciência em cálculos onde os resultados nos deixa profundamente entediado e revoltado com tamanho descaso, por um setor que movimenta oito milhões de trabalhadores diretos e/ou indiretos em nosso país a fora.
Em um artigo esta semana um grande e conceituado comentarista de nosso agronegócio Rodrigo Costa diretor do setor café da New Hedge em Nova Iorque levanta novamente a questão dos números de safra brasileira, que vem ha mais de uma década digervindo entre os participantes deste mercado, enquanto se nos basearmos pelos números da entidade governamental a Conab que seria a responsável para manter a estatística do setor, estaríamos com um déficit entre produção e consumo, sem entrar na exatidão dos números apesar de não ser difícil de levantá-los, este déficit estaria na casa de 50 milhões de sacas de café nos últimos 10 anos de apuração do órgão, bom não precisa dizer que algo esta manipulado.
A grande safra brasileira ano safra 2.010/2.011 não seria diferente entre a Conab e o mercado estaria hoje esta divergência um hiato de pelo menos oito milhões de sacas.
Como a matemática é uma ciência exata nos trará resposta inexata quanto aplicamos números que divergem na execução das formulas.
Bom já sabendo que algo esta muito errado basta saber onde esta o erro, na produção, no comércio, na indústria ou na exportação, mas o que realmente interessa é quem estaria sendo beneficiado com esta manipulação.
O produtor a base desta cadeia vem há anos renovando sua divida e prorrogando o pagamento por fechar ano após ano no vermelho, portanto não seria ele o beneficiado o que resta a indústria e o comércio como vilão desta vergonha nacional.
O mercado responde de imediato quanto se encontra uma oportunidade de ganho, e alguns fundos com esta informação entraram na bolsa em meados do ano passado em plena safra “recorde” brasileira e enquanto casas comerciais vendiam para poder recomprar mais barato, sabendo da falência e da falta de informação dos produtores brasileiros, estes fundos compravam.
Se vendo dentro de uma verdadeira ratoeira estas empresas vêm pagando margens para estes fundos e rolando o prejuízo para vencimentos futuros esperando que se colha uma verdadeira safra “recorde” ou a quebra de um novo Leman Brother, o que fez desencadear a maior crise financeira do mundo em 2.008, onde estes fundos que já estavam comprados naquela época, na necessidade de fazer dinheiro pelo tamanho dos saques que estavam tendo venderam suas posições de comprado e salvaram estas empresas da ratoeira anterior.
No Brasil esta semana a Bmf bolsa de mercadoria e futuros mostrou que algo estaria errado com os números da vergonha, esta bolsa que trabalha com café natural diferente da bolsa norte americano que trabalha com café despolpado, ficou com diferencial positivo o que normalmente seria negativo, ou seja, pagou se ágio pelo café natural, ante a bolsa americana, e sabendo que são mercadorias diferentes e com preparos diferentes e valores comerciais diferentes mostra que tem algo estranho no ar.
Os fundos novamente aumentaram suas posições de comprado em Nova Iorque no rompimento da casa de 2,50 dólares por libra peso o que nos leva a crer que o mercado estaria longe de uma realização e deixando a cabeça dos vendidos um tanto mais dolorida.
O preço do nosso café que estamos hoje vivendo, realmente em momentos normais seria momentos bearish, e que os vendedores estariam rindo de orelha a orelha com seus lucros.
Mas já venho dizendo que são novos tempos, com consumo em alta, com estoques baixos, o que terá que ser estudado pelos economistas como o milagre “classe media”, o que é visto ao redor do mundo por todas as economias emergentes uma verdadeira avalanche de consumo, o que era privilegio dos países ricos e das comunidades ricas.
Com a safra brasileira entrando em ciclo de produtividade baixa, pois estaremos agora entrando nos próximos três anos com dois anos de ciclos baixos para um de alta, levará a crise de estoque por menos mais três anos.
Vejo ainda a tendência de alta por mais tempo o que trará em médio prazo o rompimento do topo histórico fato que também aconteceu há duas semanas com algodão outra commodity que esta em tendência de alta, estoque baixo e alto consumo.
A tendência de alta do café poderá ser duradoura ou simplesmente mais uma armadilha para que o produtor plante café desenfreado mente, mas isto é um tema para outro artigo.
O governo brasileiro tem que entender a oportunidade em que o mercado esta dando para levantar dados mais precisos de safra de estoque para que o produtor fique mais bem informado, e não entre de novo em período de perder seu patrimônio, o produtor deve cobrar do governo, das cooperativas, dos exportadores, mais clareza para poder administrar sua produção e patrimônio.
Acredito para esta semana em rali de recompra com o vencimento dos contratos de café na bolsa de Nova Iorque e que tenhamos mais uma semana de alta e firmeza no mercado, onde o próximo alvo da bolsa americana de café fica em 268,30, alvo geométrico de rompimento de consolidação. O que levara também a mais um rali na BMF.
Os produtores devem esperar por mais esta semana para fazer preços e para vender parte de sua safra vindoura.
Uma boa semana a todos e que Deus nos abençoe
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
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